Metabolômica: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 106:
Paralelamente ao desenvolvimento científico da metabolômica, aplicações a outras áreas surgiram. Em [[toxicologia]], por exemplo, o perfil metabólico (especialmente de amostras de urina ou plasma sanguíneo) pode ser usado para detectar alterações fisiológicas provocadas pela administração de um produto químico. Em outros casos, as alterações observadas podem denunciar síndromes específicas, como por exemplo lesões em determinados [[Órgão (anatomia)|órgãos]] como o [[fígado]] ou os [[rins]]. Esta possibilidade tem particular relevância para empresas farmacêuticas que querem testar a toxicidade de substâncias candidatas a se tornarem fármacos: se uma substância pode ser descartada antes de chegar aos ensaios clínicos em razão de toxicidade adversa, isto economizaria despesas adicionais com ensaios.<ref name=DGRref/>
 
A metabolômica tem papel fundamental na [[genômica funcional]], especialmente para a determinação de fenótipos gerado por [[manipulação genética]], tais como a deleção ou inserção do [[gene]]s. Às vezes este objetivo pode ser por si só suficiente - por exemplo, para detectar qualquer alteração fenotípica em uma planta geneticamente modificada para consumo [[humano]] ou [[animal]]. Mais interessante é a possibilidade de prever a função de genes desconhecidos por comparação com as perturbações metabólicas causadas por deleção/inserção de genes conhecidos. ''[[Saccharomyces cerevisiae]]'' e ''[[Arabidopsis thaliana]]'' são os principais [[Organismo modelo|organismos modelos]] utilizados neste tipo de pesquisa. Pesquisadores do laboratório Cravatt no The Scripps Research Institute, aplicaram recentemente a metabolômica em [[mamífero]]s, e identificaram N-aciltaurinas não caracterizadas anteriormente e que são [[Substrato (química)|substrato]]s endógenos para a [[enzima]] FAAH ([[hidrolase]] de [[amida]] de [[ácido graxo]]), além de [[éter]]es de monoacilglicerol (MAGEs) que são substratos endógenos de uma enzima hidrolase ainda não caracterizada, a KIAA1363.<ref>{{cite journal |author=Saghatelian A, Trauger SA, Want EJ, Hawkins EG, Siuzdak G, Cravatt BF |title=Assignment of endogenous substrates to enzymes by global metabolite profiling |journal=Biochemistry |volume=43 |issue=45 |pages=14332–9 |year=2004 |month=novembro |pmid=15533037 |doi=10.1021/bi0480335 |url=}}</ref><ref>{{cite journal |author=Chiang KP, Niessen S, Saghatelian A, Cravatt BF |title=An enzyme that regulates ether lipid signaling pathways in cancer annotated by multidimensional profiling |journal=Chem. Biol. |volume=13 |issue=10 |pages=1041–50 |year=2006 |month=outubro |pmid=17052608 |doi=10.1016/j.chembiol.2006.08.008 |url=}}</ref>
 
A '''nutrigenômica''' é um termo genérico que une [[genômica]], [[transcritoma|transcriptômica]], [[proteômica]] e metabolômica para estudar a [[nutrição humana]]. Em geral a composição do metaboloma de determinado fluido corporal é influenciada por fatores endógenos, tais como [[idade]], [[sexo]], composição tecidual e [[genética]], bem como [[patologia]]s subjacentes. A [[Flora intestinal|microflora]] do [[intestino grosso]] também é um fator importante que pode ocasionar distorções em interpretações de perfis metabólicos e pode ser classificada tanto como um fator endógeno como exógeno. Os principais fatores exógenos são dieta e drogas. Metabolômica é um meio de determinar um parâmetro biológico, ou impressão digital metabólica, que reflete o equilíbrio de todas essas forças sobre o metabolismo de um indivíduo.<ref>{{cite journal |author=Gibney MJ, Walsh M, Brennan L, Roche HM, German B, van Ommen B |title=Metabolomics in human nutrition: opportunities and challenges |journal=Am. J. Clin. Nutr. |volume=82 |issue=3 |pages=497–503 |year=2005 |month=setembro |pmid=16155259 |doi= |url=}}</ref>
 
=== Metabolômica Ambiental ===