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'''Loricifera''' (do latim ''lorica'', couraça (usada pelos antigos soldados romanos); e do grego ''phora'', portador de) é um [[filo]], hoje geralmente aceito como pertencente ao superfilo [[Ecdysozoa]]. Seus parentes mais próximos provavelmente são os [[Kinorhyncha]] e [[Priapulida]], juntos eles constituem o táxon [[Scalidophora]]. Os três filos dividem quatro características em comum: cutícula quitinosa, anéis de escálidos no introverto, floscúlios, e dois anéis de retração do introverto. Um grupo chamado Introverta é formado com os [[Kinorhyncha]], [[Priapulida]], [[Nematoda]], e [[Nematomorpha]].<br />
 
É um pequeno filo [[Animalia|animal]], composto por vinte e duas [[espécie]]s classificadas em oito géneros, sem contar as centenas de animais que foram coletados mas nunca foram descritos. São animais que habitam nos sedimentos marinhos. Por serem animais minúsculos, que se fixam a grãos de areia ou outras partículas nas quais vivem com extremo vigor, até hoje só podem ser isolados por imersão em [[Água_doce|água doce]]. O choque osmótico causa uma separação do [[substrato]] que resulta na morte desses animais, portanto, com exceção de uma única larva, até agora nenhum animal vivo pôde ser estudado. Acerca da fisiologia, alimentação, locomoção, comportamento ou desenvolvimento destes animais, praticamente nada se conhece. Os dados moleculares também não estão disponíveis até o momento, por exemplo, até o começo do século XXI nem um único gene foi sequênciado.
 
Este filo foi descoberto por [[Reinhardt Kristensen]], em [[1983]], na cidade de [[Roscoff]], na [[França]]. Devido às circunstâncias apontadas e devido à relativa população reduzida, os loricíferos, apesar de já conhecidos desde a década de 1970 na costa Atlântica francesa, somente tiveram sua primeira descrição em 1983, sendo a primeira espécie nomeada ''Nanaloricus mysticus''. Desde então eles vêm sendo continuamente estudados, e também foram incluídos dois gêneros descobertos. Ocorre em todo o mundo, mas há poucos [[Biólogo|biólogos]] especialistas nesse grupo de animais.
Este filo foi descoberto por [[Reinhardt Kristensen]], em [[1983]], na cidade de [[Roscoff]], na [[França]].
 
Não possuem [[sistema circulatório]] nem [[sistema endócrino]] e podem sobreviver em condições de completa falta de oxigênio.<ref name="Danovaro">{{citar web|url=http://www.biomedcentral.com/content/pdf/1741-7007-8-30.pdf|titulo=The first ''metazoa'' living in permanently anoxic conditions|ultimo=Danovaro ''et al''|data=2010|obra=BMC Biology|lingua=inglês|acessodata=30/04/2012}}</ref>
 
Tem menos de 0,5mm de comprimento e têm até 10.000 células. Possuem introverte anterior para fixação no [[substrato]], [[tórax]] e [[tronco]]. O cone oral não é eversível, mas, sim, protrável. Tem [[cutícula]] quitinosa, [[epiderme]] e [[célula muscular|células musculares]] individuais. O introverte pode ser retraído para dentro da extremidade anterior da [[lorica]], que é composta por placas cuticulares longas. Há a presença de 300 [[escálide]]s sensórias e locomotivas. Vivem firmemente aderidos nos espaços intersticiais de [[cascalho]] marinho de [[conchas]], sendo assim de difícil coleta ainda vivos.Os primeiros espécimes foram coletados na [[década de 1970]] mas só foram descritos na [[década de 1980]]. São encontrados em todas as latitudes. Não se sabe muito sobre o ciclo de vida, visto que todos os estudos se dão em organismos conservados.
 
Esses animais têm uma [[cabeça]], [[boca]] e [[sistema digestório]] como um conjunto de "sombrinhas" no esqueleto especializado com escalas entre cada parte e usadas para mover o animal.Não têm sistema circulatório nem endócrino. A maioria de suas larvas são acelomadas, com alguns adultos sendo pseudocelomados, e outros permanecendo acelomados. Os animais são [[hermafrodita]]s e provavelmente [[ovíparo]]s. Eles têm um ciclo de vida muito complexo. As espécies que vivem nas partes mais profundas do mar podem se reproduzir por partenogênese ou reprodução pedogenética. Não há registros fósseis deles.