Guilherme de Santa-Rita: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m →Obra |
|||
Linha 32:
Formado pela [[Academia Real de Belas-Artes]], parte para Paris como bolseiro do Estado em Abril de 1910. [[Monárquico]] convicto, perde a bolsa dois anos mais tarde devido a um conflito com o [[embaixador]] [[republicano]] [[João Pinheiro Chagas|João Chagas]]. Em Paris priva com [[Mário de Sá-Carneiro]] (que se inspirará nele para um personagem de ''A confissão de Lúcio'', 1914); contacta com círculos artísticos de vanguarda, nomeadamente com [[Marinetti]], assistindo às suas conferências na Galerie Berheim-Jeune. O impacto de Marinetti e do seu [[manifesto futurista]] é reforçado, em 1912, pela visita à exposição dos pintores futuristas italianos nessa mesma galeria, levando-o a aderir ao movimento. <ref>FRANÇA, José Augusto – '''A arte em Portugal no século XX'''. Lisboa: Livraria Bertrand, 1974, p. 54, 544</ref>.
De personalidade paradoxal, Santa-Rita era, segundo Sá-Carneiro, "''um tipo fantástico''", "''ultramonárquico''", ''"intolerável''", "''insuportavelmente vaidoso''" <ref>FRANÇA, José Augusto – '''A arte em Portugal no século XX'''. Lisboa: Livraria Bertrand, 1974, p. 54</ref>. Regressa a Portugal em 1914, ano de eclosão da [[1ª Guerra Mundial]]. Sensível à glorificação da máquina de Marinetti e à sua apologia de uma arte totalmente nova e diferente, em rutura com o passado retrógrado, Santa-Rita será, a par de Mário de Sá-Carneiro,
Um dos seus objetivos
Dirigida oficialmente por Carlos Filipe Porfírio e tendo como editor nominal S. Ferreira, Portugal Futurista era, na realidade, obra de Santa-Rita; era ele quem orquestrava todo o processo nos bastidores. Uma fotografia sua de grande formato abria a publicação e um texto de Bettencourt Rebelo sagrava-o como "''o artista que o génio da época produziu''" e o "''grande iniciador do movimento futurista português''"; a ilustrar o texto, quatro reproduções de obras suas, entre as quais um trabalho mais antigo, Orpheu nos Infernos. "''De qualquer modo, os três outros quadros reproduzidos avantajam-se às duas obras expressionistas'' […] ''de Amadeo, decerto propositadamente mal escolhidas, para evitar concorrência…''" <ref>FRANÇA, José Augusto – '''A arte em Portugal no século XX'''. Lisboa: Livraria Bertrand, 1974, p. 68, 69</ref>.
|