Aslan Maskhadov: diferenças entre revisões

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Em [[17 de outubro]] de [[1996]] Maskhadov foi nomeado primeiro-ministro da República Chechena, e permaneceu ao mesmo tempo Chefe do Estado Maior e Ministro da Defesa. Maskhadov se candidatou a presidente em [[3 de dezembro]] de [[1996]], nas eleições livres e democráticas presidenciais e parlamentares tidas no país em janeiro de [[1997]] sob a égide da OSCE, principalmente contra [[Shamil Basayev]] e Zelimkhan Yandarbiyev.
 
As eleições se desenvolveram com base na Constituição chechena entrada em vigor em março de [[1992]], segundo a qual a República Chechena era um Estado independente. Os observadores das eleições provinham de outros 20 estados, das [[ONU]] e da OSCE. Candidato junto a Vakha Arsanov, que se tornou o seu vice-presidente, Maskhadov obteve uma maioria de 60 por cento e recebeu as congratulações do presidente russo [[BórisBoris Yeltsin]], que se empenhou em trabalhar pela reconstrução das relações com o país. Maskhadov iniciou o mandato em [[12 de fevereiro]] de [[1997]]. Ao tempo tempo assumiu o cargo de primeiro ministro e aboliu o cargo de ministro da defesa. Ficou comandante supremo das forças armadas republicanas. Em [[12 de março]] de [[1997]] alcançou o ápice da sua própria carreira política quando assinou o tratado de paz com Yeltsin no [[Kremlin]].
 
=== Entre as duas guerras chechenas ===
Ao fim de [[1996]], quando Maskhadov entrou no cargo, quase meio milhão de pessoas, isto é, 40 por cento da população chechena antes da guerra estava desolada no interior do país e vivia em campos de refugiados. A economia estava destruída e os senhores da guerra não tinham intenção de perder as próprias milícias, tornando de fato a Chechênia uma espécie de paraíso criminal aos olhos da comunidade internacional. Nessas circunstâncias, a sorte política de Maskhadov começou a declinar. A sua posição política em relação ao país se torna sempre menos segura na medida que perdia o controle em favor de Basayev e dos outros senhores da guerra. Também o seu vice-presidente Arsanov virou um rival político. Como nos anos da presidência de Dudayev antes da Primeira Guerra Chechena, para contrastar o crime organizado, a administração de Maskhadov recorreu a diversas penas, inclusive execuções públicas de criminosos<ref>[http://web.amnesty.org/library/Index/ENGEUR460251997?open&of=ENG-373 Chechen Republic: Amnesty International condemns public execution | Amnesty International<!-- Bot generated title -->]</ref><ref>[http://www.mfa.gov.lv/en/news/press-releases/1997/sep/2089/ Latvia Condemns Public Executions in Chechnya] [[23 de setembro]] [[1997]]</ref>. Foi introduzida a [[Sharia]] em fevereiro de [[1999]].
 
Maskhadov tentou também, com pouca sorte, limitar o crescimento do [[Wahhabismo]] e de outros grupos de fundamentalistas islâmicos apoiados por Basayev e Yandarbiyev, criando uma divisão no movimento separatista checheno entre fundamentalistas islâmicos e nacionalistas laicos. O presidente sobreviveu a diversas tentativas de homicídio. Em [[23 de julho]] de [[1998]], [[21 de março]] e [[10 de abril]] de [[1999]] assaltantes usaram mísseis anti-carro e bombas. É possível que esses ataques tenham sido organizados por algum senhor da guerra ou pela ala ultra radical dos separatistas chechenos, se bem que oficialmente foi culpado o serviço secreto russo, o Federal'naja Služba Bezopasnosti (FSB).
 
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