O Primeiro de Janeiro: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
HRO'Neill (discussão | contribs)
m
HRO'Neill (discussão | contribs)
m Desfeita a edição 32563459 de HRO'Neill
Linha 19:
'''''O Primeiro de Janeiro''''' é um jornal diário que se publicou na cidade do [[Porto]] pela primeira vez em 1 de Dezembro de [[1868]]. A publicação deve o seu título às manifestações da [[Janeirinha]], que em [[1 de Janeiro]] de [[1868]] iniciaram o processo que levou ao fim da [[Regeneração]]. No cabeçalho indicava tratar-se do órgão do [[Centro Eleitoral Portuense]].
 
[[António Augusto Leal]] era proprietário de uma tipografia, tendo decidido criar um novo jornal na cidade do Porto, em conjunto com [[Joaquim França de Oliveira Pacheco]]. O jornal não teve grande sucesso na altura, apenas sobrevivendo com o auxílio de um comerciante regressado do Brasil, [[Gaspar Baltar]], o qual, em 1869 se tornou administrador daquela publicação, ficando o seu filho homónimo com a direcção editorial. Com uma visão empresarial mais moderna e uma preocupação de realizar bom jornalismo, pai e filho não apenas salvaram o jornal, como o mesmo se tornou numa referência no sector.
 
Em 1870 dá-se o grande salto, passando a dispor de boas instalações na rua de Santa Catarina. Com o deflagrar da [[Guerra Franco-Prussiana]] em 1870 o Primeiro de Janeiro consegue o seu primeiro grande sucesso, ao aceitar um proposta de receber os telegramas de correspondentes alemães. É que a concorrência, de tendência afrancesada, recusou tal ideia e apenas transmitia informações, muito controladas, por parte dos franceses. Assim, quando os alemães entraram em Paris foi uma surpresa para os leitores dos outros jornais, enquanto os de O Primeiro de Janeiro acompanhavam muito mais realisticamente o desenrolar da guerra. Com esse prestígio a tiragem passou de 3 mil exemplares em 1870 para 15 mil no final da mesma década.
 
Contou entre os seus colaboradores dos mais prestigiados intelectuais da época: [[Camilo Castelo Branco]], [[Alberto Pimentel]], [[Guilherme de Azevedo]], [[Guerra Junqueiro]], [[Latino Coelho]], [[Ramalho Ortigão]], [[Antero de Quental]], [[Oliveira Martins]], [[Eça de Queirós]], [[Gomes Leal]] ou [[António Nobre]].
 
Com a morte de Gaspar Baltar (pai) em 1899, o seu filho, juntamente com [[Joaquim França de Oliveira Pacheco]] dão continuidade ao jornal, até que em 1919, fruto de dificuldades financeiras, o jornal é vendido a um grupo de investidores de Lisboa, passando a ter jornalista [[Jorge de Abreu]] vindo de [[O Século]] como novo director.
 
Em 1923 é novamente adquirido por um conjunto de empresários, liderados por [[Manuel Pinto de Azevedo]] e [[Adriano Pimenta]]. [[Manuel Pinto de Azevedo Júnior]], assume a direcção do jornal em 1936, dirigindo-o nos 40 anos seguintes, tornando-o numa referência nacional. A aposta que fez no noticiário internacional (único jornal a abrir com tal secção), bem como o pendor fortemente favorável aos Aliados durante a [[II Guerra mundial]] granjearam-lhe grande prestígio e popularidade.