Primicério: diferenças entre revisões

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O termo latino '''''primiceriusPrimicerius''''', henelizado como '''prim(m)ikērios''' (em grego ''{{langx|el|πριμ(μ)ικήριος''||prim(m)ikērios}}) foi um título aplicado nodo [[Império Romano|Império Romano Tardio]] e no [[Império Bizantino]] para os chefes dos serviços administrativos, e também usado pela igreja para designar os chefes de varias faculdades. Etimologicamente o termo deriva de ''primus'' em cera'', ou seja, o que quer dizer em '' in tabula cerata'', o primeiro nome em uma lista de classe de oficiais, que normalmente era inscrito em uma tabuleta encerada.
 
== Uso civil e militar ==
 
[[FicheiroImagem:Notitia Dignitatum - Primicerius notariorum.jpg|thumb|200 px|itensItens utilizados pelo Primicerius''primicerius notariorum'', como descrito no ''[[Notitia Dignitatum]]''.]]
 
De sua origem no período do [[Dominato]] houve vários severos ''primicerii'' (''primikērioi'' em grego, do [[século XII]] geralmente soletrado ''primmikērioi''). Na corte, havia o ''primicerius sacri cubiculi'' (na [[Império Bizantino|época bizantina]], o ''primikērios'' do ''kouboukleion''), encarregado dos aposentos do imperador, sendo quase sempre um [[eunuco]]. O título também foi dado aos oficiais da corte, em combinação com outros serviços ligados ao imperador, como o tesouro privado (''eidikon'') ou o guarda-roupa imperial (''vestiarion''). Outro ''promiceriiprimicerii'' chefiava alguns dos ''scrinia'' (departamentos) do palácio, principalmente o ''[[Notarius|notarii]]'' (''notarioi'' ou ''taboularioi'' em fontes bizantinas).<ref name=ODB>{{cite book harvref| first name= Alexander (Ed.) Kazh1720| last = Kazhdan | title = [[Oxford Dictionary of Byzantium]] | publisher = Oxford University Press | year = 1991 | isbn p= 9781719-0-19-504652-6 | pages=1719–17201720}}</ref>
 
No exercito, o uso do termo também foi restrito as unidades associadas à corte imperial, principalmente guardas imperiais. Assim, do [[século IV]] ao [[século VI|VI]] houve o ''promiceriiprimicerii'' dos ''[[Domesticus (Império Romano)Domestikos|protectores domestici]]'' e dos ''[[Scholae Palatinae]]''. No [[Bizâncio sob a Dinastia Comneno|período comneno]], os ''primmikērioi'' apareceram como comandantes dos regimentos palacianos dos ''[[Manglavitaimanglavitai]]'', ''[[Vardariotaivardariotai|Vardariōtai]]'', ''[[Vestiaritaivestiaritai]]'' e ''[[Vareguesvaregues]]''<ref name=ODBKazh1720 />
 
No final do [[século XI]], a dignidade de ''megas prim(m)ikērios'' (“Grande"grande Primicerius”''primicerius''") foi criado, sendo classificado dentro do alto grau hierárquico da corte no [[Bizâncio sob a Dinastia Paleólogo|período Paleólogopaleólogo]], funcionando como chefe de cerimônias. ''Primmikērioi'' continuou a estar evidente dentro do [[Império Bizantino]] e do [[Despotado da Moreia]] até a sua queda para os [[Império Otomano|otomanos]].<ref name=ODBKazh1720 />
 
== Uso eclesiástico ==
 
No uso eclesiástico, o termo foi dado aos chefes dos colégios de ''[[Notarii]]'' e ''[[Defensores]]'', que ocupou um lugar importante na administração da [[Igreja Católica|Igreja Romana]] da [[Antiguidade Tardia]] e [[Alta Idade Média]]. Quando jovens clérigos foram agregados em escolas de formação no serviço eclesiástico em diferentes distritos da Igreja Ocidental (a partir do século V ou VI), os diretores dessas escolas também comumente receberam esse título. [[Isidoro de Sevilha]] trata das obrigações dos ''primicerii'' clérigos mais baixos em sua "''Epistola ad Ludefredum''". A partir desta posição o ''primicerius'' também derivava certos poderes no sentido das funções litúrgicas.
 
No regulamento da vida comum do clero nas igrejas colegiadas e catedrais, de acordo com a Regra de [[Chrodegang de Metz|Chrodegang]] e os estatudosestatutos de [[AmalarioAmalário de Metz]], o ''promiceriusprimicerius'' aparece como o primeiro capitular após o [[arcediago|arquidiácono]] e [[Presbítero|arquipresbítero]], controlando os clérigos menores e dirigindo as funções litúrgicas e de canto. O ''promiceriusprimicerius'' tornou-se assim um dignitário especial de muitos capítulos de um gradual desenvolvimento da posição do promiceriusprimicerius antigo da ''scola cantorum'' ou ''lectorum''
Quando jovens clérigos foram agregados em escolas de formação no serviço eclesiástico em diferentes distritos da Igreja Ocidental (a partir do [[século V]] ou [[século VI|VI]]), os diretores dessas escolas também comumente receberam esse título. [[Isidoro de Sevilha]] trata das obrigações dos ''promicerius'' clérigos mais baixos em sua "Epistola ad Ludefredum". A partir desta posição o ''promicerius'' também derivava certos poderes no sentido das funções litúrgicas.
 
Na [[Igreja Ortodoxa]], o título foi usado para os chefes das faculdades de ''notarioi'' e ''taboularioi'' na burocracia da Igreja, mas também para os leitores chefes, cantores, etc. de uma igreja.<ref name=ODBKazh1720 />
No regulamento da vida comum do clero nas igrejas colegiadas e catedrais, de acordo com a Regra de [[Chrodegang de Metz|Chrodegang]] e os estatudos de [[Amalario de Metz]], o ''promicerius'' aparece como o primeiro capitular após o [[arcediago|arquidiácono]] e [[Presbítero|arquipresbítero]], controlando os clérigos menores e dirigindo as funções litúrgicas e de canto. O ''promicerius'' tornou-se assim um dignitário especial de muitos capítulos de um gradual desenvolvimento da posição do promicerius antigo da ''scola cantorum'' ou ''lectorum''
 
{{referências}}
Na [[Igreja Ortodoxa]], o título foi usado para os chefes das faculdades de ''notarioi'' e ''taboularioi'' na burocracia da Igreja, mas também para os leitores chefes, cantores, etc. de uma igreja.<ref name=ODB/>
 
== Bibliografia ==
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* {{Citar livro|sobrenome=Kazhdan|nome=Alexander Petrovich|título=The Oxford Dictionary of Byzantium|editora=Oxford University Press|local=Nova Iorque e Oxford|ano=1991|isbn=0-19-504652-8|ref=harv}}
 
[[Categoria:Títulos romanos]]