Cidadania romana: diferenças entre revisões

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{{quote|Sou um cidadão romano|[[Cícero]], [[In Verrem]], 11, V, 162. Atribuída também ao apóstolo [[Paulo de Tarso|Paulo]], [[Actos dos Apóstolos]] 16,37 e 22,27|[[Civis romanus sum]]|língua=la}}
[[Ficheiro:Roman toga 20-30 CE Glyptothek Munich.jpg| thumb|200px|direita|Estátua de jovem romano usando toga ([[20|20 d.C.]]-[[30|30d.C.]]. A toja denota sua condição de cidadão romano. [[Glyptothek]] de [[Munique]].]]
O ''status'' de '''cidadão romano''' ([[latim]]: ''civitas'') pertencia aos membros da comunidade [[política]] [[Império Romano|romana]] na qualidade de cidadãos da [[cidade]] de [[Roma]] (''civis romanus''), Não era uma condição vinculada à residência em um dos domínios do [[Império Romano]] até a ''[[Constitutio Antoniniana]]'', emanada pelo imperador [[CaracallaCaracala]] em [[{{DC|212 d.C.]]|x}}, que concedia a cidadania a todas as populações que habitavam territórios dentro dos limites do Império <ref>{{Referência a livroimpério
<ref name=KULIKOWSKI>{{Citar livro
| Autor = KULIKOWSKI, Michael
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| Título = Guerras Góticas de Roma
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| Local de publicação = São Paulo
| Editora seção = Madras
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| Ano = 2008
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==Características do cidadão romano==
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==Concessão, origem e perda da cidadania==
===A concessão politica===
Inicialmente os romanos dividiam as pessoas em duas classes: ''cives'' (cidadãos) e ''peregrini'' (peregrinos), que eram os que não tinham nenhum direito político. Com o tempo, foram adotadas definições mais abrangentes dos peregrinos para diferenciá-los dos escravos.<ref name=WILLIAMSMITH>{{Citar livro
A concessão da cidadania também aos estrangeiros começou a se tornar um problema e uma necessidade no momento no qual Roma deu início à sua fase de expansão, seja territorial como comercial, entrando em contacto com povos que tinham de tolerar a série de privilégios que lhe eram negados. A partir de então, a concessão da cidadania começou a ser também um instrumento de controle [[política|político]] além de ser uma ferramenta de poder. Um caso clássico é a concessão da cidadania, depois da conquista e de largos períodos de tensões e conflitos, aos itálicos, isto é, aos habitantes da [[Península Itálica]] e da [[Gália Cisalpina]], com uma ''[[lex Iulia]]'' que foi precedida pela célebre [[Guerra Social (91–88 a.C.)]].
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|sobrenome = Smith
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|seção = Civitas
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A concessão da cidadania também aos estrangeiros começou a se tornar um problema e uma necessidade no momento no qual Roma deu início à sua fase de expansão, seja territorial como comercial, entrando em contacto com povos que tinham de tolerar a série de privilégios que lhe eram negados. A partir de então, a concessão da cidadania começou a ser também um instrumento de controle [[política|político]] além de ser uma ferramenta de poder. Um caso clássico é a concessão da cidadania, depois da conquista e de largos períodos de tensões e conflitos, aos itálicos, isto é, aos habitantes da [[Península Itálica]] e da [[Gália Cisalpina]], com uma ''[[lex Iulia]]'' que foi precedida pela célebre [[Guerra Social (91–88 a.C.)]].
 
Um caso clássico é a concessão da cidadania, depois da conquista e de largos períodos de tensões e conflitos, aos itálicos, isto é, aos habitantes da [[península Itálica]] e da [[Gália Cisalpina]], com uma ''[[lex Iulia]]'' <ref name=WILLIAMSMITH/> que foi precedida pela célebre [[Guerra Social (91–88 a.C.)]].
 
A ''[[Constitutio Antoniniana]]'' foi somente o último passo deste desenvolvimento das concessões, paralelamente ao esvaziamento dos privilégios do cidadão romano: [[Caracalla]], [[de facto]], limitou-se a unificar o ''status'' de todos os habitantes do império na condição de súditos, membros não mais de uma comunidade política organizada em base a uma relativa participação (com as consequentes vantagens no plano público), mas de um [[estadoEstado]] sempre mais [[absolutismo|absolutista]], no qual o poder era inteiramente concentrado nas mãos do Soberanosoberano e de sua classe [[burocracia|burocrática]].<ref name=WILLIAMSMITH2>{{Citar livro
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A legislação de [[Justiniano I]] por fim terminou com essa divisão de classes, deixando todos os indivíduos como súditos de [[César (título)|césar]] ou escravos.<ref name=WILLIAMSMITH2/>
A ''[[Constitutio Antoniniana]]'' foi somente o último passo deste desenvolvimento das concessões, paralelamente ao esvaziamento dos privilégios do cidadão romano: [[Caracalla]], [[de facto]], limitou-se a unificar o ''status'' de todos os habitantes do império na condição de súditos, membros não mais de uma comunidade política organizada em base a uma relativa participação (com as consequentes vantagens no plano público), mas de um [[estado]] sempre mais [[absolutismo|absolutista]], no qual o poder era inteiramente concentrado nas mãos do Soberano e de sua classe [[burocracia|burocrática]].
 
===A concessão como mérito e reconhecimento===
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* [[Latinos]]
 
{{Ref-sectionReferências}}