Nobreza do Império do Brasil: diferenças entre revisões

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A '''Nobreza brasileira''' compreendia a [[família imperial brasileira]], os detentores dos [[título nobiliárquico|títulos nobiliárquicos]] agraciados durante o [[Império do Brasil]] (1822-1889), ouos detentores de títulos de nobreza agraciados durante o [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves]] (1815-1822) e que foram confirmados pelo [[imperador do Brasil]] após a [[Independência do Brasil|independência brasileira]] (1822), bem como os membros não-titulados de famílias nobres brasileiras. Quase todos os agraciados com títulos nobiliárquicos da nobreza do Império do Brasil têm origem [[Portugal|portuguesa]]. Tendo a nobreza brasileira, geralmente, ascendência na [[fidalguia]] e na baixa e, por vezes, média [[nobreza portuguesa]].
 
Os titulados durante a [[transferência da corte portuguesa para o Brasil]] (1808-1815), quando o Brasil ainda atendia por [[Estado do Brasil]] (1621-1815), período em que o território brasileiro constituía-se em uma [[colónia (possessão)|colônia]] do [[Império Português]], e, portanto, do [[Reino de Portugal]] (1139-1910), até ser elevado a reino unido com o último, em 1815, pelo então [[Rei de Portugal]], não são considerados parte da nobreza brasileira, mas sim da nobreza portuguesa. No entanto, os nobres titulados durante a transferência supracitada (1808-1815) e que continuaram a viver em território brasileiro mesmo depois da independência do Brasil (1822), tiveram seus títulos confirmados por [[Pedro I do Brasil|Dom Pedro I]] - o primeiro imperador do Brasil -, fazendo deles, portanto, membros da nobreza brasileira.
 
Também, somente nobres brasileiros podiam ser [[veador]]es e [[dama de companhia|damas de companhia]] da [[Família imperial brasileira|Casa Imperial]], oficiais-mores ([[camareiro-mor]], [[mordomo-mor]], [[capitão-mor]]), condecorados com as [[Ordens honoríficas do Brasil|imperiais ordens honoríficas]], oficiais da [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]], [[fidalgo]]s, membros da [[1º Regimento de Cavalaria de Guardas|Imperial Guarda de Honra (chamados Dragões da Independência)]] e [[Oficial general|oficiais generais]] do [[exército brasileiro]] e da [[marinha do Brasil]]. A nobreza brasileira tinha como ofícios principais a [[política]], [[medicina]], [[diplomacia]], senhorio de [[propriedade rural]] [[Latifúndio|latifundiária]], [[comércio]] em larga escala, [[magistratura]], [[promotoria]], [[procuradoria]], [[Hierarquia militar (Brasil)|oficialato]] das [[Forças Armadas do Brasil|Forças Armadas]], inspetoria da [[Alfândega]], [[engenharia]], [[advocacia]], certos tipos de [[arte]], [[sacerdote católico|sacerdócio católico]], e [[intelectual|intelectualismo em geral]], visto que, à época, no Brasil a [[educação]] era muito cara e escassa. Os filhos da nobreza também tinham o direito de entrar na marinha do Brasil diretamente no posto de [[aspirante]] e no exército brasileiro como [[cadete]].<ref name="Moura319">[[MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de]]. ''O visconde de Guaratinguetá''. Studio Nobel, 2002, pg. 319.</ref>
 
A formação da nobreza do Brasil teve como base a [[nobreza portuguesa]], tendo os títulos nobiliárquicos de [[duque]], [[marquês]], [[conde]], [[visconde]] e [[barão]]. Hierarquicamente, os membros da elite do país pertencentes à nobreza encontravam-se acima da elite não nobre, pois pertencer ao [[estamento]] servia como forma de ostentação de poder [[político]] e/ou origem familiar ilustre.