Primicério: diferenças entre revisões

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== Uso eclesiástico ==
 
Na [[Igreja Católica|Igreja Romana]] o ''primicerius'', junto com o ofício de ''secundicerius'', eram as mais altas dignidades do palácio papal e atuavam como juízes de todos os ofícios subordinados. Além disso, devido a influência destes títulos, seus titulares tornaram-se os concelheiros do [[papa]], bem como seus ministros-chefe. Estes tinham os privilégios de durante o canto matinal serem chamados para a oitava lição e, durante um [[coro]], podiam sentar-se junto dos [[bispo]]s. A partir do ''primicerius'', novos títulos como o ''primicerius scholae cantorum'' (presidente do Colégio dos Cantores), ''primicerius defensorum'' (oficial militar encarregado de proteger os estabelecimentos papais) e o ''primicerius notariorum'', copiado no século VI de seu original romano, foram criados.{{harvref|Miley|1850|p=448-449}} Este último era o chefe dos clérigos inferiores, tendo equivalência com o título de [[arquidiácono]] ({{langx|it|''arcidiacono vel primicerio''}} em certas [[catedral|catedrais]], de reitor em certos [[mosteiro]]s e colegiados{{harvref|Vauchez|2000|p=1184}} e de [[chantre|precentor]], ou seja, o mestre do coro.{{harvref|Weiss|2010|p=344}}
 
Quando jovens clérigos foram agregados em escolas de formação no serviço eclesiástico em diferentes distritos da Igreja Ocidental (a partir do século V ou VI), os diretores dessas escolas também comumente receberam esse título. [[Isidoro de Sevilha]] trata das obrigações dos ''primicerii'' clérigos mais baixos em sua "''Epistola ad Ludefredum''". A partir desta posição o ''primicerius'' também derivava certos poderes no sentido das funções litúrgicas.