Tomás Xavier Ferreira de Menezes: diferenças entre revisões

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inclusão da história da construção da ferrovia para o Corcovado e outras
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== Biografia ==
Nascido em Ponte da Barca, [[Portugal]], era membro da [[Família Gonçalves de Menezes]], da Casa de [[Nine]], [[Vila Nova de Famalicão|Famalicão]]. Foi filho dedo primeiro casamento do tabelião João Gonçalves de Menezes ([[1787]] - [[1850]]) e decom Rosalina Angélica das Dores de Almeida Pinto Ferreira ([[1797]] - [[1825]]), irmão inteiro do Pe. Antonio Manuel Ferreira de Menezes, e meio-irmão dos gêmeos Antonio e [[Casimiro D'Ascensão de Sousa e Menezes]].
 
Passou de [[Reino de Portugal|Portugal]] para o [[Império do Brasil|Brasil]], durante o [[século XIX]], em companhia de seu primo Joaquim Gonçalves de Menezes, estabelecendo-se no [[comércio]] na nova corte, e desenvolvendo também a atividade de transporte urbano, decorrente da concessão recebida do Imperador das linhas entre o [[Campo de São Cristóvão]] e a ponta do [[bairro do Caju]], e a Cancela e a Rua do Pedregulho, atualmente Rua São Luis Gonzaga. Os primos Thomás e Joaquim de Menezes chegaram a contar com uma frota de mais de 150 carros, quando, além das linhas citadas, passaram a promover também o transporte entre o [[bairro de São Cristóvão]] e o [[Largo de São Francisco de Paula]]. Além das atividades comerciais e de transporte urbano, Menezes foi um dos mais importantes construtores do Império. Era titular de uma [[empresa]] de construções, voltada principalmente para obras públicas, dentre as quais destaca-se a construção da estrada de ferro para o morro do [[Corcovado]].
 
No ano de [[1882]], D. [[Pedro II do Brasil]] autorizou a construção da estrada de ferro para o morro do [[Corcovado]]. Sob a responsabilidade dos especialistas em engenharia de ferroviária e urbanismo [[Francisco Pereira Passos]], diretor da Ferrovia Pedro II, e João Teixeira Soares, chefe da linha e em substituição a [[Francisco Bicalho]], a obra foi entregue a Tomás Xavier Ferreira de Menezes, e foi considerada um milagre da engenharia, pois a linha percorria um terreno totalmente ingrime, e só foi efetuada no exíguo prazo de dois anos vencendo o trajeto entre o Cosme Velho e as Paineiras, e em mais um ano para atingir finalmente o topo do [[Corcovado]], graças ao uso da então moderna tração por cremalheira, invenção do suiço Riggenbach. A inauguração do primeiro trecho se deu em [[9 de outubro]] de [[1884]], com a presença do Imperador e da família imperial, e do trecho final um ano após, totalizando os 3824 metros lineares da obra.
 
No Brasil foi agraciado com o grau de comendador da [[Imperial Ordem da Rosa]].
 
Uma vez viúvo, retornouRetornou a Portugal, onde recebeu o grau de comendador da [[Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa]] em [[1863]], instituída por [[João VI de Portugal|Dom João VI]] em [[1818]], casando-se pela segunda vez.
 
Retornou ao [[Rio de Janeiro]], onde veio a falecer em [[1891]], na Imperial Quinta da Ponta do Cajú, deixando gerações de seus dois casamentos. De seu primeiro casamento, com Carlota Joaquina de Oliveira Guimarães, deixou geração no Rio de Janeiro, e de seu segundo casamento, com Francisca Felisbina da Fonseca Paschoal, deixou um único filho de nome Ernesto Xavier Ferreira de Menezes, em Portugal. Da geração brasileira originaram-se os '''Oliveira de Meneses''', do Rio de Janeiro, de quem descendeu Heloisa Eneida de Menezes Paes Pinto, mais conhecida como [[Helô Pinheiro]], a musa inspiradora da canção [[Garota de Ipanema]].
 
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* Almanake Administrativo Mercantil e Industrial da Corte da Provincia do Rio de Janeiro; Laemmert, Eduardo; 1852.
* ''Dicionário das Famílias Brasileiras'', Tomo I, Vol. I, Barata,C.E. e Cunha Bueno, A.H., 2001.
* São Cristóvão: um bairro de contrastes - Coleção Bairros Cariocas - Departamento Geral de Patrimônio Cultural / Departamento Geral de Documentação e Informação Cultural, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes, 1991.
* Dicionário Biográfico Ilustrado de Personalidades da História do Brasil, pg. 848, Ermakoff, George, G.Ermakoff Casa Editorial, 2012.
 
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