Estaca de tortura: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Justus Lipsius Crux Simplex 1629.jpg|thumb|100px|''Crux simplex''.]]
 
== DefiniçãoOpinião dos Críticos ==
 
A palavra grega traduzida por “cruz” em muitas versões modernas da Bíblia (“estaca de tortura” na [[Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas|TNM]]) é σταυρός (''stau‧rós''). No grego clássico, esta palavra significava meramente uma estaca reta, ou um poste. Mais tarde, veio também a ser usada para uma estaca de execução com uma peça transversal.
 
=== Opinião dos Críticos ===
Para os críticos de que ''staurós'' seja uma estaca de tortura e não uma cruz é considerar um erro de tradução da [[Bíblia]] tomar ''staurós'' como estaca de tortura e, baseando-se nisto, dizer que [[Jesus]] foi pregado em uma estaca ao invés de uma cruz.<ref name="Nortão"/> Isto pois, na época que se diz ser a da morte de Jesus, o significado da palavra já havia passado a abranger duas estacas cruzadas.<ref name="Nortão">{{citar web |url=http://www.onortao.com.br/ler.asp?id=48541 |título=A cruz de Cristo |acessodata=11 de novembro de 2011 |data=4 de novembro de 2011 |publicado=O Nortão |citação=Outro erro refere-se à cruz. Afirma-se que a cruz é um símbolo pagão e que Jesus teria sido pregado em uma estaca e com as mãos transpassadas por um só prego. Isso porque traduz-se a palavra grega “staurós” por estaca ou estaca de tortura e não por cruz. Originalmente, “staurós” significava poste, conforme se pode ver em Homero, Esíquio e outros. Porém, passou a significar duas traves (uma vertical e outra horizontal) atravessada uma na outra. E tanto os escritores pagãos como os cristãos nos apresentam a cruz no tempo de Cristo usada para punir os criminosos: havia uma trave vertical chamada “stipes” ou “staticulum”, e uma outra dita “patibulum”, que era fixada à anterior em sentido horizontal. O réu era preso à trave horizontal com os braços abertos e depois fixo ao poste vertical.}}</ref><ref>{{citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=sJaT48CX2lUC&lpg=PA5&ots=n41T34nO9r&dq=staur%C3%B3s&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PA59#v=onepage&q&f=false |título=Fé e Escritura |acessodata=29 de dezembro de 2011 |data=novembro de 1995 |publicado=Google Books |páginas=59 |citação=Objeção: Homero usa a palavra staurós com o significado de peça vertical de madeira, ou um prego de madeira. Resposta: Temos de recordar que Homero escreveu no século IX a.C., enquanto Cristo foi crucificado no século I da nossa era, de acordo com a Lei Romana. Por outro lado, todos os estudos, rolos, documentações e escavações assim como o Novo Testamento provam que Cristo foi crucificado sobre duas peças de madeira. É verdade que o vocábulo staurós significava inicialmente uma peça vertical de madeira, mas, logo depois, referia-se a abas as peças de madeira conectadas, usando a parte para descrever o todo (metonímia). Nos evangelhos, é evidente que "Cristo saiu carregando sua cruz", mas se esta "cruz" (staurós) fosse apenas uma longa peça vertical de madeira, teria sido impossível carregá-la, porque teria de ser arrastada para a frente e não carregada e nós somos informados pelos evangelistas que Simão de Cirene foi obrigado a "carregar a cruz de Jesus". Portanto Cristo não "carregou" a peça vertical de madeira conhecida como staurós pelos gregos, mas antes "o patíbulo". Os Evangelistas empregam o termo cruz (staurós) para designar ambas as peças, a vertical e a horizontal. Portanto, quando dizem que Jesus carregou a "cruz", estão se referindo ao patíbulo (peça horizontal). Quando dizem que Ele foi crucificado "na cruz", estão se referindo a ambas as peças [...].}}</ref><ref>{{citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=BQS-rhVFp94C&lpg=PA20&ots=bj753TGcXo&dq=staur%C3%B3s&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PA34#v=onepage&q&f=false |título=O Paradoxo da Cruz |acessodata=29 de dezembro de 2011 |data=2002 |publicado=Google Books |páginas=34 |citação=Paulo apóstolo, por ser de origem grega, explorou e consolidou o termo "staurós" para designar a Cruz ou fazer referência a mesma.}}</ref> Assim, Jesus foi pregado em um madeiro fixado transversalmente ao ''staurós''.<ref>{{citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=6_yjS7BST5UC&lpg=PA11&ots=bHXAFPOlmw&dq=staur%C3%B3s&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PA57#v=onepage&q&f=false |título=A Foice da Lua no Campo das Estrelas |acessodata=29 de dezembro de 2011 |data=2004 |publicado=Google Books |páginas=57 |citação=O termo grego empregado nos evangelhos para designar a cruz é staurós. Tratava-se de um pau ou um poste que era cravado verticalmente no chão. Uma espécie de coluna à qual prendiam-se os criminosos, expondo-os à ignomínia pública. No staurós era fixado o madeiro transversal dos supliciados, em geral carregados por eles próprios até o local.}}</ref><ref>{{citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=WK5LzLBj8I8C&lpg=PA151&ots=mDS_kAPv2P&dq=staur%C3%B3s&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PA71#v=onepage&q&f=false |título=CORPO |acessodata=29 de dezembro de 2011 |data=Outubro de 2007 |publicado=Google Books |páginas=71-72 |citação=A palavra cruz, em grego staurós, designa o poste, o pau cravado verticalmente no chão, essa espécie de coluna à qual se prendiam os criminosos, expondo-os à ignomínia pública. [...] No staurós era colocado o madeiro transversal dos supliciados, que Jesus carregou nos ombros.}}</ref>
 
=== Opinião dos Defensores ===
 
O livro [[The Non-Christian Cross]] (A Cruz Não-Cristã), de [[John Denham Parsons]], declara: “Não existe uma única sentença em qualquer dos inúmeros escritos que formam o Novo Testamento que, no grego original, forneça sequer evidência indireta no sentido de que o stauros usado no caso de Jesus fosse diferente do stauros comum; muito menos no sentido de que consistisse, não em um só pedaço de madeira, mas em dois pedaços pregados juntos em forma de uma cruz. . . . É um tanto desencaminhante, da parte de nossos mestres, traduzirem a palavra stauros por ‘cruz’ ao verterem os documentos gregos da Igreja para a nossa língua nativa, e apoiarem tal medida por incluírem ‘cruz’ em nossos léxicos como sendo o significado de stauros, sem explicarem cuidadosamente que esse, de qualquer modo, não era o significado primário dessa palavra nos dias dos Apóstolos, que não se tornou seu significado primário senão muito depois disso, e só se tornou tal, se é que se tornou, porque, apesar da falta de evidência corroborativa, presumiu-se, por uma razão ou outra, que o stauros específico em que Jesus foi executado tinha esse determinado formato.” — Londres, 1896, pp. 23, 24.