Decano (Roma Antiga): diferenças entre revisões

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'''Decano''' ({{langx|la|''Decanus''}}), significa "chefe de dez", em [[latim tardio]]. O termo se originou no [[exército romano]] tardio e passou a ser usado posteriormente para os funcionários subalternos no [[Império Bizantino]], bem como para diversos cargos na Igreja, de onde deriva o título [[deão]].
 
O decano era originalmente o líder de um ''[[contubernium]]'',{{harvref|Vegécio|século V|p=II.8.13}} o pelotão de oito [[Legião romana|legionários]] que viviam na mesma tenda. Não deve ser confundido com [[decurião (militar)|decurião]], que era um título dado aos funcionários civis e os líderes de esquadrões (''[[Turma|turmae]]'') de cavalaria, com 30 homens. Nos textos gregos, é equivalente ao posto de ''dekarchos'' ("comandante dos dez"). A partir do século IV, o termo passou a ser usado para mensageiros do palácio, em particular os do serviço do imperador. Eles também aparentemente serviram como guardas dos portões e, no século VI, [[João, o Lídio]] os igualou aos antigos [[lictor]]es.{{harvref|name=Kazh601|Kazhdan|1991|p=601}} No ''[[Kletorologion]]'' de Filoteu, o decano ({{langx|el|δεκανός||''dekanos''}}) foi um funcionário de nível médio, servindo sob um ''[[protasekretis]]''. De acordo com o ''[[De Ceremoniis]]'', de meados do século X, o decano ficava "encarregado dos trabalhos imperiais", quando o imperador estava em campanha.{{harvref|Bury|1911|p=98}} Evidência sigilográfica para os ''dekanoi'' bizantinos é relativamente raro, embora alguns são retratados em [[manuscrito]]s iluminados, onde a sua aparência varia consideravelmente, de acordo com as suas diferentes funções.<ref name=Kazh601 />
 
Na Igreja, o termo foi usado em monastérios para os chefes de grupos dos dez outros monges, os subalternos de baixo-escalão oficiais do patriarca de Constantinopla, e para os ''fossores'' eclesiásticos ("coveiros").<ref name=Kazh601 />