Teodoro Estudita: diferenças entre revisões

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No início de 808 d.C., Teodoro se ofereceu, numa série de cartas, para explicar o seu ponto de vista para o imperador e, se fosse o caso, para realizar a habitual ''[[proskynesis]]'' aos seus pés, o que Nicéforo recusou, preferindo partir para as campanhas militares do verão<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=159–161}}.</ref>. No inverno do mesmo ano, o irmão de Teodoro, José de Tessalônica, o visitou em Constantinopla, mas se recusou a comparecer à [[missa de Natal]] em Santa Sofia, que tinha a presença do imperador, do patriarca e de José. Como resultado, ele foi deposto de seu arcebispado<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=162–163}}.</ref>. Por volta da mesma época, uma pequena divisão militar foi enviada para o Mosteiro de Stoudios para prender Teodoro, José de Tessalônica, que se refugiara ali, e Platon<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|p=167}}.</ref>. Um sínodo foi realizado em janeiro de 809 d.C., no qual Teodoro e seus seguidores foram [[anátema|anatemizados]] como [[cisma|cismáticos]]<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=170–171}}.</ref>. Os três foram, por isso, banidos para as [[Ilhas dos Príncipes]]: Teodoro para [[Heybeliada|Chalke]], José para [[Kınalıada|Prote]] e Platon para [[Sivriada|Oxeia]]<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|p=173}}.</ref>.
 
[[Ficheiro:53-manasses-chronicle.jpg| thumb| 350px| direita| A derrota de [[Miguel I Rangabe]] na [[Batalha de Versinikia]] (813) nas mãos do ''[[khancã da Bulgária|cã]]'' [[Krum da Bulgária]].<br><small>[[Iluminura]] na crônica de [[Constantino Manasses]], do século XIV.</small>]]
Em 811 d.C., o novo imperador [[Miguel I Rangabe]] chamou de volta os estuditas. O padre José foi novamente expulso e Teodoro se reconciliou, pelo menos superficialmente, com o patriarca [[Nicéforo I de Constantinopla|Nicéforo]]<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|p=183}}.</ref>.
 
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Há, porém, indicações de que uma certa rivalidade entre os dois persistiu. Em 812 d.C., Miguel I resolveu perseguir alguns [[heresia|heréticos]] na [[Frígia]] e na [[Licaônia]], os [[paulicianos]] e os ''athinganoi'', por vezes identificados com os [[Rom (povo)|Rom (ciganos)]]. Teodoro e Nicéforo foram convocados pelo imperador para debater a legalidade de se punir a heresia com a morte, com Teodoro argumentando contra e Nicéforo, a favor. Teodoro venceu<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=189–191}}.</ref>.
 
Outra situação de atrito estava relacionada com o tratado de paz proposto pelo ''[[khan]]'' [[Krum da Bulgária]], também em 812 d.C., pelo qual os estados bizantinos e búlgaros iriam trocar refugiados. É provável que o ''khan'' estivesse atrás de certos búlgaros que o tinham traído para os bizantinos. Desta vez, Teodoro argumentou contra a troca, pois ela iria requerer que cristãos fossem abandonados aos [[bárbaros]], enquanto que Nicéforo implorou ao imperador para que aceitasse o tratado. Uma vez mais a opinião de Teodoro prevaleceu, embora desta vez com consequências mais sérias. Krum atacou e tomou [[Mesembria]] em novembro do mesmo ano<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=192–196}}.</ref>. No ano seguinte, Miguel liderou uma campanha contra os invasores que terminou em derrota e, como resultado, ele abdicou do trono em julho, abrindo caminho para [[Leão V, o Armênio]] ser coroado imperador<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=196–199}}.</ref>
 
Em 4 de abril de 814, o tio de Teodoro, Platon, morreu no Mosteiro de Stoudios após uma longa doença. Teodoro compôs uma extensa oração funerária, conhecida como ''Laudatio Platonis'', que é até hoje uma das mais importantes fontes históricas sobre a família deles.<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|p=201}}</ref>
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