Taifa: diferenças entre revisões

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O termo '''taifa''', no contexto da história [[Península Ibérica|Ibéricaibérica]], refere-se a um principado muçulmano independente, um [[Emirado|emirato]] ou pequeno reino existente na [[Penínsulapenínsula Ibérica]] (o ''[[Al-Andalus]]'') após o o derrocamento do califa [[Hisham III]] (da [[dinastia]] [[Omíadas|omíada]]) e a abolição do [[Califado de Córdoba]] em [[1031]].
 
O termo deriva da expressão árabe ''muluk at-ta'waif'', «os reis das facções» (simplificada em ''ta'waif'', donde a facção, o reino).
{{História PT-ES|imagem=[[Ficheiro:Taifas.gif|center|250px]]|legenda=Na legenda lê-se: '''Mapa político da ''Ibéria'' em [[1031]]''', a vermelho estão representados os domínios de [[Sancho III de Pamplona]].}}
As '''taifas''' ibéricas foram até trinta e nove pequenos reinos (ملوك الطوائف). Posteriormente, após o enfraquecimento dos [[almorávidas]] e os [[almóadas]], surgiram os chamados segundos ([[1144]] e [[1170]]) e terceiros Reinosreinos de Taifas ([[século XIII]]).
 
== Primeiros Reinos de Taifas ==
Com a [[guerra civil no Al-Andalus]], desde que o [[califa]] [[Hisham II]] foi obrigado a abdicar em [[1009]] até a abolição formal do califado em [[1031]] sucedem-se no trono de [[califado de Córdova|Córdova]] nove califas, das dinastias [[omíadas|omíada]] e [[hamúdida]], no meio de uma anarquia total que se reflete na independência paulatina das taifas de [[taifa de Almeria|Almeria]], [[Reino de Múrcia|Múrcia]], [[Alpuente]], [[Arcos de la Frontera|Arcos]], [[taifa de Badajoz|Badajoz]], [[Carmona(Espanha)|Carmona]], [[Taifa de Denia|Denia]], [[Reino de Granada|Granada]], [[Huelva]], [[Taifa de Morón|Morón]], [[Taifa de Silves|Silves]], [[taifa de Toledo|Toledo]], [[Tortosa]], [[Taifa de Valência|Valência]] e [[Taifa de Saragoça|Saragoça]]. Quando o último califa [[Hisham III]] é deposto e proclamada em [[Córdova (Espanha)|Córdova]] a república, todas as ''[[Cora (divisão territorial)|cora]]'' (províncias) de [[Al-Andalus]] que ainda não se independentizaram autoproclamam-se independentes, regidas por clãs [[árabes]], [[berberes]] ou [[eslavos]].
 
As razões encontravam-se em problemas profundos. Por um lado, as lutas pelo trono do califado não faziam senão reproduzir as lutas internas que sempre assolaram o emirato e o califado por causas raciais (árabes, berberes, muladis ou eslavos, escravos livres de origem centro-europeia ou do norte peninsular). Também influíam a maior ou menor presença populacional moçárabe, a ânsia independentista das áreas com maiores recursos econômicos, bem como a agoniante pressão fiscal necessária para financiar o custo dos esforços bélicos.
 
Cada taifa foi identificada a princípio com uma família, clã ou dinastia. Assim surgem a taifa dos [[amirida]] (descentes de [[Almançor]]) em Valência; a dos [[tuyibidas]] em Saragoça; a dos [[Aftásidas]] em Badajoz; a dos [[birzalidas]] em [[Carmona]]; a dos [[ziridas]] em Granada; a dos [[hamádidas]] em [[taifa de Algeciras|Algeciras]] e [[taifa de Málaga|Málaga]]; e a dos [[abádida]] em [[Sevilha]]. Com o passo dos anos, as taifas de [[taifa de Sevilha|Sevilha]] (que conquistara toda a Andaluzia ocidental e parte da oriental), [[taifa de Badajoz|Badajoz]], [[taifa de Toledo|Toledo]] e [[Taifa de Saragoça|Saragoça]], constituíam as potências islâmicas peninsulares.
 
Durante o apogeu dos reinos de taifas ([[século XI]] e depois em meados do [[século XII]]), os reis das taifas competiram entre si não somente militarmente, senão sobretudo em prestígio. Para isso, visaram patrocinar os mais prestigiosos [[poeta]]s e [[artesão]]s.
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== {{Ver também}} ==
* [[Invasão muçulmana da Penínsulapenínsula Ibérica]]
* [[Al-Andalus]]
* [[Lista de reis de Granada]]