Idácio de Chaves: diferenças entre revisões

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Ao longo da ''Crónica'', a principal preocupação de Idácio é demonstrar a dissolução da sociedade, e em particular a desagregação do próprio [[Império Romano]] na Hispânia. Pinta um quadro negro da vida do século V, que bem poderia advir da sua crença iminente no fim do [[Mundo]], com a segunda vinda de [[Cristo]] – tal como relatado numa carta [[livros apócrifos|apócrifa]] do [[apóstolo]] [[São Tomé (apóstolo)|Tomé]] que Idácio terá lido, e onde se dizia que o mundo acabaria em Maio de [[482]]. Se Idácio realmente acreditava que estava a escrever a sua ''Crónica'' pouco antes do fim do Mundo, então não é de estranhar o pessimismo demonstrado na sua escrita.
 
Isso tê-lo-á levado, sem dúvida, a descrever de modo muito obscuro certos acontecimentos que constituem o verdadeiro clímax da sua narração – como por exemplo, o [[saque]] da capital suévica, [[Braga]], no ano de [[456]], pelo rei visigodo [[Teodorico II]] (actuando este ao serviço do [[imperador romano]] [[AvitoÁvito]]).
 
Esta obra, pelo seu estilo, constitui a primeira do género na Península, e antecede (se é que não inspirou) em cerca de cento e cinquenta anos a famosa ''[[Historia de regibus Gothorum, Vandalorum et Suevorum]]'' de [[Isidoro de Sevilha|Santo Isidoro de Sevilha]].