Francisco Álvares Machado: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|pelo nobre português|Francisco Alves Machado, Conde de Agarez}}
{{Info/Político
 
|nome =Francisco Álvares Machado
|nome_alt =Francisco Álvares Machado de Vasconcelos
|imagem =
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|título = [[Anexo:Lista de governadores do Rio Grande do Sul|Presidente da província do Rio Grande do Sul]]
|mandato =1840 — 1841
|antecessor =[[Francisco José de Sousa Soares de Andréa]]
|sucessor =[[Saturnino de Sousa e Oliveira Coutinho]]
|nascimento_data = {{dni|lang=br|21|12|1791|si}}
|nascimento_local= {{BRAb}} [[São Paulo]]
|morte_data = {{nowrap|{{morte|lang=br|4|7|1846|21|12|1791}}}}
|morte_local= {{BRAb}} [[Niterói]]
|partido =[[Partido Liberal (Brasil Império)|Partido Liberal]]
}}
'''Francisco Álvares Machado'''<ref>Seu nome completo era '''Francisco Álvares Machado de Vasconcelos''', segundo se vê na [[Genealogia Paulistana]], de [[Luís Gonzaga da Silva Leme]]</ref> ([[São Paulo]], {{dni|lang=br|21|12|1791|si}} — [[Niterói]], {{morte|lang=br|4|7|1846}}) foi um [[político]] [[brasil]]eiro.
 
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Como o pai, era cirurgião, nomeado em 1814 por [[Dom João VI]]. Oculista, dos primeiros a tratar da [[catarata]] com instrumentos que ele próprio fabricava, clinicou na Corte, em [[Itu]], [[Porto Feliz]] e [[Campinas]]. Nessa última cidade, ocupou diversos cargos de governo; ali foi um dos chefes do [[Partido Liberal (Brasil Império)|Partido Liberal]]. Tomou assento na [[Assembleia Legislativa de São Paulo|Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo]], tendo composto, também, o conselho da província. Mais tarde, elegeu-se deputado geral, exercendo mandatos nas 4ª, 6ª e 8ª [[legislatura]]s.
 
Foi presidente da província do [[Rio Grande do Sul]], de 30 de novembro de 1840 a 17 de abril de 1841. Foi um dos presidentes mais bem quistos no Rio Grande do Sul, sobretudo pelos farroupilhas.<ref name=spald_epo/> Com sua nobreza de caráter inspirou confiança aos farroupilhas para iniciar tratativas de paz.<ref name=spald_epo>{{citar livro|autor=[[Walter Spalding|SPALDING, Walter]]|titulo=A epopeia farroupilha|ano=1963|editora=Biblioteca do Exército Editora|local=Rio de Janeiro|páginas=392}}</ref> Como presidente da província, ofereceu a [[Bento Gonçalves da Silva]] anistia plena para negociar um tratado. Bento respondeu em carta, em 7 de dezembro de 1840, propondo que: as dívidas contraídas pela república fossem pagas pelo governo imperial; os escravos que haviam sido alistados como soldados republicanos fossem libertados e que os oficiais revolucionários fossem garantidos em seus postos, quando aproveitados em serviço da [[Guarda Nacional]]. Para melhor firmar o tratado, Bento Gonçalves solicitou uma conferencia com o presidente, porém Álvares Machado negou-a por saber que os farrapos tentavam aliciar à sua causa diversos legalistas. A recusa da conferencia importou em suspensão da anistia e consequente continuação da luta.<ref>[http://www.archive.org/details/memoriashistoric02vieiuoft VIEIRA, Damasceno. Memórias históricas brazileiras (1500-1837), Bahia Officinas dos Dois Mundos, 1903.]</ref> Segundo Spalding, Álvares não teria conseguido avançar nas discussões sobre a pacificação devido a serem muito restritas suas atribuições.<ref name=spald_epo/>

Pelos serviços que prestou ao governo central durante a [[Revolução Farroupilha]], foi agraciado com o oficialato da [[ordem do Cruzeiro]].
 
Embora não fosse jornalista, muito influenciou a nascente imprensa campineira; do [[Rio de Janeiro]], levou a Campinas a primeira tipografia da cidade, dirigida pelo seu genro [[Hércules Florence]], o pioneiro da [[fotografia]] na [[América Latina]].