Recuo dos glaciares desde 1850: diferenças entre revisões

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O '''recuo dos [[glaciar]]es desde 1850''', de forma global e rápida, afecta a disponibilidade de [[água doce]] para [[irrigação]] e uso doméstico, as actividades de montanha, animais e plantas que dependem da água produzida durante os períodos de degelo, e num prazo mais alargado, o nível dos [[oceano]]s.
 
Estudada pelos [[glaciologia|glaciólogos]], a coincidência temporal do ''recuo dos glaciares'' com o aumento medido da concentração de [[gases do efeito estufa]] na atmosfera é muitas vezes citada como pilar da evidência do [[aquecimento global]] [[antropogénico]]. As cordilheiras montanhosas das zonas temperadas como os [[Himalaias]], [[Alpes]], [[Montanhas Rochosas]], [[Cordilheira das Cascatas]] e os [[Andes]] meridionais, bem como cumes tropicais isolados como o [[Montemonte Kilimanjaro]] na [[África]], apresentam, proporcionalmente, a maior diminuição da extensão dos glaciares.
<ref>Intergovernmental panel on climate change, [http://www.grida.no/climate/ipcc_tar/wg1/fig2-18.htm Graph of 20 glaciers in retreat worldwide]. ''Climate Change 2001 (Working Group I: The Scientific Basis)''</ref><ref>Thomas Mölg, [http://www.realclimate.org/index.php?p=129 Worldwide glacier retreat]. ''RealClimate''</ref>
 
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[[Ficheiro:Glacier at summit of Mt Kilimanjaro 001.JPG|left|200px|thumb|[[Glaciar Furtwängler]] no cume do [[Kilimanjaro]] (em primeiro plano)]]
A norte do Kilimanjaro situa-se o [[Montemonte Quénia]], que com os seus 5 199 m de altitude é a segunda montanha mais alta do continente africano. O Montemonte Quénia tem vários pequenos glaciares que perderam pelo menos 45% da sua massa desde meados do [[século XX]]. De acordo com dados compilados pelo [[U.S. Geological Survey]] (USGS), em [[1900]] existiam dezoito glaciares no Montemonte Quénia e em [[1986]] apenas restavam onze. A área total coberta pelos glaciares era 1.6&nbsp;km² em 1900, porém em 2000 apenas cerca de 25% (ou 0.4&nbsp;km²) desta área subsistia.<ref>U.S. Geological Survey, [http://www.nrmsc.usgs.gov/research/glaciers.htm Glacier Monitoring in Glacier National Park]</ref>
A ocidente dos montes Kilimanjaro e Quénia, erguem-se a uma altitude de 5 109 m os [[Montesmontes Ruwenzori]]. Evidências fotográficas deste conjunto de elevações mostram uma redução marcada das áreas cobertas por glaciares durante o século passado. No período de 35 anos compreendido entre [[1955]] e [[1990]], os glaciares nos Montesmontes Ruwenzori recuaram cerca de 40%. Dada a sua proximidade à forte humidade da região do [[Congo]], crê-se que os glaciares nos Montesmontes Ruwenzori possam ter um ritmo de recuo mais lento que os do Kilimanjaro e Quénia.<ref>Andrew Wielochowski, [http://www.kilimanjaro.cc/rwenzoriglaciers.htm Glacial recession in the Rwenzori]</ref>
 
=== América ===
Um estudo efectuado por [[glaciologia|glaciólogos]] na [[América do Sul]], revela outro recuo. Mais de 80% de todo o gelo glaciar nos Andes setentrionais encontra-se concentrado nos picos mais altos em pequenos glaciares com cerca de 1&nbsp;km² de superfície. Uma observação efectuada aos glaciares de [[glaciar Chacaltaya|Chacaltaya]] na [[Bolívia]] e Antizana no [[Equador]] entre 1992 e 1998 indica que a taxa de perda de espessura em cada um destes glaciares se situou entre 0.6 e 1.4 m por ano. Os números referentes ao glaciar de Chalcataya mostram uma perda de 67% do seu volume e de 40% da sua espessura durante o mesmo período. Desde 1940 o glaciar de Chacaltaya perdeu cerca de 90% da sua massa e espera-se que desapareça totalmente entre 2010 e 2015. Outros estudos indicam que desde meados da [[década de 1980]], o ritmo de recuo destes glaciares tem aumentado.<ref>Bernard Francou, [http://unisci.com/stories/20011/0117013.htm Small Glaciers Of The Andes May Vanish In 10–15 Years], UniSci, International Science News</ref>
 
[[Ficheiro:Puncak Jaya icecap 1936.jpg|250px|right|thumb|Calota de [[Puncak Jaya]] em 1936 (USGS)]][[Ficheiro:Puncak Jaya icecap 1972.jpg|250px|right|thumb|Glaciares de Puncak Jaya em 1972. Da esq. para a dir.: Northwall Firn, Glaciarglaciar Meren e Glaciarglaciar Carstensz. (USGS)]]
 
Mais para sul, no [[Peru]], os Andes atingem de um modo geral altitudes mais altas, existindo aqui cerca de 722 glaciares que cobrem uma área de 723&nbsp;km². A investigação sobre esta zona dos Andes é menos extensa e aponta para um recuo total de 7% entre 1977 e 1983.<ref>U.S. Geological Survey, U.S.Department of the Interior, [http://pubs.usgs.gov/prof/p1386i/peru/occident.html Peruvian Cordilleras]</ref>
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=== Europa ===
[[Ficheiro:Glacier des Bossons 2 100 0033.JPG|thumb|250px|Término do glaciar dos Bossons, França, 2007]]
O ''[[World Glacier Monitoring Service]]'' (WGMS) elabora, a cada 5 anos, relatórios sobre as mudanças no ponto terminal dos glaciares, isto é, na sua extremidade menos elevada.<ref>[[World Glacier Monitoring Service]], [http://www.geo.unizh.ch/wgms/fog.html Homepage]</ref> No seu relatório de 1995-2000, foram registadas variações no ponto terminal de vários glaciares dos Alpes. No período de cinco anos entre 1995 e 2000, 103 dos 110 glaciares examinados na [[Suíça]], 95 dos 99 na [[Áustria]], a totalidade de 69 na [[Itália]] e 6 na [[França]], encontravam-se em recuo. Os glaciares franceses sofreram um recuo abrupto no período 1942-53 seguido de avanços até [[1980]], e logo novo recuo a partir de 1982. Como exemplo, desde 1870 o glaciar Argentiére e o glaciar do [[Montemonte Branco]] recuaram 1150 e 1400 m respectivamente. O maior glaciar francês, o [[Mermer de Glace]], com 11&nbsp;km de extensão e 400 m de espessura, perdeu 8.3% do seu comprimento (ou 1&nbsp;km), em 130 anos e diminui a sua espessura ao longo da secção média em 27% (ou 150 m) desde [[1907]]. O [[glaciar dos Bossons]] em [[Chamonix]], [[França]], recuou 1200 m relativamente à sua extensão em princípios do século XX. Em 2005, dos 91 glaciares suiços estudados, 84 recuaram relativamente à posição dos seus pontos terminais em 2004 e os restantes 7 não apresentavam alterações.<ref>MSNBC, [http://www.msnbc.msn.com/id/11254319/ Swiss glaciers continue shrinking, report finds]</ref>
 
Outros investigadores descobriram que os glaciares alpinos parecem estar a recuar a um ritmo mais rápido que o de há algumas décadas. Em 2005, dos 91 glaciares observados, 84 estavam em recuo e nenhum em avanço. O glaciar Trift, recuou mais de 500 m em apenas 3 anos (2003 a 2005), o que equivale a 10% da sua extensão total. O [[glaciar de Aletsch]], o maior glaciar da Suíça, recuou 2600 m desde 1880. Esta velocidade de recuo também aumentou desde 1980, com 30% (ou 800 m) do recuo total a ocorrer nos últimos 20% do período de tempo considerado.<ref name="Swiss Glacier Monitoring Network">Swiss Federal Institute of Technology Zurich, [http://glaciology.ethz.ch/messnetz/glacierlist.html Swiss Glacier Monitoring Network ], Variations of Grosser Aletschgletscher</ref> De igual modo, dos glaciares situados nos Alpes italianos, apenas um terço se encontravam em recuo em 1980, enquanto que em 1999 os glaciares em recuo constituíam 89% do total. Os investigadores descobriram que entre 2004 e 2005 todos os glaciares nos Alpes italianos se encontravam em recuo.<ref>Italian Glaciological Committee, [http://www.disat.unimib.it/comiglacio/glaciologicalcommittee.htm Glaciers], Glaciers in Italy</ref> Fotografias repetidas ao longo do tempo em vários pontos dos Alpes, são uma evidência clara de que os glaciares desta região recuaram significativamente nas últimas décadas
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Os Himalaias e outras cadeias montanhosas da [[Ásia Central]] apresentam grandes regiões glaciares. Estes glaciares fornecem água que é vital para países áridos como a [[Mongólia]], [[China]] ocidental, [[Paquistão]] e [[Afeganistão]]. Tal como sucede com outros glaciares por todo o mundo, os glaciares asiáticos atravessam um período de declínio rápido da sua massa. A perda destes glaciares produziria um tremendo impacto no ecossistema desta região.{{carece de fontes}}
 
Um relatório elaborado pelo [[WWF]], concluiu que 67% dos glaciares dos Himalaias estão em recuo. O exame de 612 glaciares na China entre [[1950]] e [[1970]], mostra que 53% dos glaciares estudados estão em recuo. Depois de 1990, as medições destes glaciares mostram que 95% deles estão em recuo, indicando que o recuo destes glaciares se tornava mais generalizado.<ref>Sandeep Chamling Rai, Trishna Gurung, et alia, [http://assets.panda.org/downloads/himalayaglaciersreport2005.pdf An Overview of Glaciers, Glacier Retreat and Subsequent Impacts in Nepal, India and China], WWF Nepal Program</ref> Os glaciares na região do [[Montemonte Everest]], nos Himalaias, encontram-se todos em estado de recuo. O [[glaciar Khumbu]], que é uma das principais rotas de acesso à base do [[Montemonte Everest]], recuou 5&nbsp;km desde [[1953]]. O [[glaciar Rongbuk]], que drena a face norte do Everest para o [[Tibete]], está em recuo ao ritmo de 20 m por ano. Na [[Índia]], o [[glaciar Gangotri]], que é uma fonte principal da água do [[rio Ganges]], recuou 34 m por ano entre 1970 e 1996 e 30 m por ano desde o ano 2000. Com o recuo dos glaciares nos Himalaias, foram criados vários lagos glaciares. Fonte de crescente preocupação são as possíveis inundações causadas pela rotura das [[morena terminal|morenas terminais]] que retêm as águas destes lagos glaciares. Investigadores estimam que cerca de 20 lagos no [[Nepal]] e 24 no [[Butão]] constituem um perigo para populações humanas em caso de ocorrerem roturas. Um dos lagos identificado como potencialmente perigoso é o Raphstreng Tsho no Butão, com 1.6&nbsp;km de comprimento, 0.96&nbsp;km de largura e 80 m de profundidade em 1986. Em 1995 o lago havia-se expandido para 1.94&nbsp;km de comprimento, 1.13&nbsp;km de largura e 107 m de profundidade. Em 1994, uma inundação provocada por uma rotura no Luggye Tsho, um lago glaciar adjacente ao Raphstreng Tsho, matou 23 pessoas.<ref>United Nations Environment Programme , [http://www.unep.org/Documents.multilingual/Default.asp?DocumentID=245&ArticleID=3042&l=en Global Warming Triggers Glacial Lakes Flood Threat – 16 April 2002], UNEP News Release 2002/20</ref>
 
Nas montanhas de [[Ak-Shirak]] no [[Quirguistão]], os glaciares sofreram uma pequena perda entre [[1943]] e [[1977]] e uma perda acelerada de 20% da sua massa entre 1977 e 2001.<ref>T. E. Khromova, M. B. Dyurgerov and R. G. Barry, [http://www.agu.org/pubs/crossref/2003/2003GL017233.shtml Late-twentieth century changes in glacier extent in the Ak-shirak Range, Central Asia, determined from historical data and ASTER imagery (abstract)], American Geophysical Union</ref> Nas montanhas de [[Tian Shan]], nas fronteiras do Quirguistão com a China e [[Cazaquistão]], os estudos efectuados na sua porção norte mostram que os glaciares que fornecem água a esta região árida perderam cerca de 2&nbsp;km³ de gelo por ano entre 1955 e 2000. Este estudo da [[Universidade de Oxford]] relatou ainda que em média, 1.28% do volume destes glaciares tinha sido perdido entre 1974 e 1990.<ref>Alex Kirby, [http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/3077422.stm Kazakhstan's glaciers 'melting fast'], BBC News</ref>
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Tão recentemente como em 1975, muitos glaciares de North Cascades encontravam-se em avanço devido ao tempo mais frio e precipitação superior ao normal que se verificaram entre [[1944]] e [[1976]]. No entanto, em [[1987]] todos os glaciares de North Cascades encontravam-se em recuo e a sua velocidade de recuo tem aumentado em cada década relativamente à década precedente, desde meados da [[década de 1970]]. Entre [[1984]] e [[2005]], os glaciares de North Cascades perderam, em média, mais de 12.5 m da sua espessura e entre 20 e 40% do seu volume.<ref>Mauri S. Pelto (Nichols College), [http://www.nichols.edu/departments/glacier/diseqilibrium.html The Disequilibrium of North Cascade, Washington Glaciers 1984–2004] In "Hydrologic Processes"</ref>
 
Os glaciólogos que estudam os glaciares de North Cascades concluíram que todos os 47 glaciares monitorizados encontram-se em recuo e que quatro deles - os glaciares Spider, Lewis (na imagem), Milk Lake e David - desapareceram totalmente desde 1985. O glaciar de White Chuck é um exemplo particularmente dramático. Este glaciar encolheu de 3.1&nbsp;km² de área em 1958 para 0.9&nbsp;km² em 2002. De igual modo, o [[glaciar Boulder]] no flanco sudeste do [[Montemonte Baker]] recuou 450 m entre 1987 e 2005. Este recuo ocorreu durante um período de reduzida queda de neve no inverno e com temperatura mais alta que o normal durante o verão. Nesta região das Cascatas, a acumulação de neve durante o inverno decresceu 25% desde [[1946]], enquanto a temperatura de verão subiu 0.7 ℃ durante este mesmo período. A redução na acumulação de neve aconteceu apesar de um pequeno aumento da precipitação no inverno, o que reflecte temperaturas mais altas no inverno com a consequente queda de chuva e derretimento dos glaciares mesmo durante o inverno. Em 2005, 67% dos glaciares de North Cascades que foram objecto de observação encontravam-se em desequilíbrio e não suportarão a continuação das condições climáticas actuais. Estes glaciares acabarão por desaparecer, a menos que as temperaturas baixem e que a quantidade de precipitação gelada aumente. Os restantes glaciares deverão estabilizar, desde que o clima não se torne mais quente, mas encontrar-se-ão muito reduzidos no seu tamanho.<ref>Mauri S. Pelto; Cliff Hedlund, [http://www.nichols.edu/departments/glacier/terminus_behavior_and_response_t.htm Terminus behavior and response time of North Cascade glaciers, Washington, U.S.A.] In "Journal of Glaciology" 47 (158) 497-506.</ref><ref>Mauri S. Pelto (Nichols College), [http://www.nichols.edu/departments/glacier/north%20cascade%20glacier%20retreat.htm North Cascade Glacier Terminus Behavior]</ref>
 
Nas encostas abrigadas dos picos mais altos do [[Parque Nacional Glacier (Estados Unidos da América)|Parque Nacional Glacier]] (GNP), em [[Montana]], os glaciares estão rapidamente a diminuir a sua extensão. A área de cada glaciar tem sido cartografada ao longo de décadas pelos [[National Park Service]] e [[U.S. Geological Survey]]. A comparação de fotografias obtidas em meados do [[século XIX]] com imagens actuais, fornece evidências claras de que os glaciares deste parque recuaram muito desde [[1850]]. Os glaciares maiores apresentam actualmente um terço do tamanho que tinham em 1850, e muitos glaciares mais pequenos pura e simplesmente desapareceram. Apenas 27% dos 99&nbsp;km² de superfície do parque cobertos por glaciares em 1850 assim permaneciam em 1993.<ref>U.S. Geological Survey [http://www.nrmsc.usgs.gov/research/glaciers.htm Glacier Monitoring in Glacier National Park ]</ref> Os investigadores acreditam que pelo ano [[2030]], grande parte do gelo glaciar do Parque Nacional Glacier terá desaparecido a não ser que os padrões climáticos actuais invertam o seu curso.<ref>U.S. Geological Survey, U.S.Department of the Interior [http://nrmsc.usgs.gov/research/glacier_retreat.htm Glacier Retreat in Glacier National Park, Montana ]</ref> O [[glaciar Grinnell]] é apenas um dos muitos glaciares do Parque Nacional Glacier bem documentados fotograficamente ao longo de décadas. As fotografias abaixo mostram claramente o recuo deste glaciar desde 1938.{{carece de fontes}}
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=== Canadá ===
[[Ficheiro:Bylot Islandedit.png|thumb|right|280px|Calota gelada de Bylot, na ilha Bylot, uma das [[Arquipélago Ártico Canadiano|ilhas canadenses no Ártico]], 14 de Agostoagosto de 1975 (USGS)]]
As [[Arquipélago Ártico Canadiano|ilhas canadenses do Ártico]] têm várias calotas geladas de grande dimensão, incluindo as calotas de Penny e Barnes na [[ilha Baffin]], a calota de Bylot na [[ilha Bylot]] e a calota de Devon na [[ilha de Devon]]. Todas estas calotas encontram-se em adelgaçamento e recuo lentos. A calotas de Penny e Barnes têm perdido espessura à razão de cerca de 1 m/ano nos seus pontos de menor elevação entre 1995 e 2000. Em termos globais, entre 1995 e 2000, as calotas geladas no Ártico canadiano perderam 25&nbsp;km³ por ano.<ref>W. Abdalati et alia, [http://www.agu.org/pubs/crossref/2004/2003JF000045.shtml Elevation changes of ice caps in the Canadian Arctic Archipelago (Abstract)] American Geophysical Union</ref> Entre 1960 e 1999, a calota de Devon perdeu 67&nbsp;km³ de gelo, sobretudo devido à perda de espessura. Todos os principais glaciares de descarga ao longo da margem oriental da calota de Devon recuaram 1&nbsp;km desde 1960.<ref>David O. Burgess and Martin J. Sharpa, [http://www.bioone.org/bioone/?request=get-abstract&issn=1523-0430&volume=036&issue=02&page=0261 Recent Changes in Areal Extent of the Devon Ice Cap, Nunavut, Canada] BioOne, 36 (2) pp. 261-271</ref> No [[planalto]] de Hazen da [[ilha Ellesmere]], a calota de Simmon perdeu cerca de 47% da sua área desde 1959.<ref>Braun, Carsten; Hardy, D.R.; and Bradley, R.S., [http://www.geo.umass.edu/faculty/bradley/braun2004.pdf Mass balance and area changes of four High Arctic plateau ice caps, 1959–2002] Geografiska Annaler, 86 (A) pp. 43-52</ref> Se as condições climáticas actuais se mantiverem, o restante gelo glaciar do planalto de Hazen terá desaparecido por volta de 2050. Em 13 de Agosto de 2005 a [[plataforma de gelo Ayles]] com 66&nbsp;km² de extensão separou-se da costa norte da ilha de Ellesmere, flutuando em direcção ao [[Oceano Ártico]].<ref>National Geographic, [http://news.nationalgeographic.com/news/2006/12/061229-arctic-ice_2.htm Giant Ice Shelf Breaks Off in Canadian Arctic] National Geographic</ref> Esta separação seguiu-se à partição da [[plataforma de gelo Ward Hunt]] em 2002. A plataforma de gelo de Ward Hunt perdeu 90% da sua extensão no último século.<ref>Mueller, Vincent and Jeffries, [http://www.agu.org/pubs/crossref/2003/2003GL017931.shtml Break-up of the largest Arctic ice shelf and associated loss of an epishelf lake]</ref>