Pietro Stangherlin: diferenças entre revisões
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Lazzari apontou como características de seu estilo uma obediência sistemática aos cânones iconográficos consagrados pela Igreja Católica, de cunho em geral erudito, ainda que em certos casos haja desvios, que são explicados mais provavelmente pela sua ignorância de certas convenções e não por qualquer desejo de inovar. Suas estátuas, especialmente as femininas, mostram em regra rostos arredondados e cheios, de feições que lembram as camponesas italianas, com corpos sólidos, robustos e um pouco atarracados, de pescoços largos e mãos de dedos curtos, dando considerável atenção aos detalhes na face, mas permanece sempre visível uma certa rusticidade na execução e uma certa rigidez nos gestos, típicas da produção popular amadora.<ref name="Lazzari"/>
É possível que tenha aprendido algo, informalmente, com o concorrente Zambelli, que era diplomado pela Escola de Belas Artes de Milão e tinha uma produção mais requintada. Seu estilo revela uma evolução nítida ao longo dos anos no sentido de um maior refinamento, embora seja difícil definir até onde isso deriva de influência
Diversas de suas esculturas foram repintadas em tempos posteriores, o que prejudica seu estudo estético e histórico e altera as intenções originais do criador, visto que o próprio Stangherlin se encarregava da policromia, empregando uma paleta de cores vivas e contrastantes, com grande sutileza na [[encarnação e estofamento|encarnação]] das faces, características de autenticidade valiosas, mas perdidas nas "restaurações" inadequadas que tantas sofreram nas mãos de amadores das comunidades. As imagens conservadas no Museu Municipal, por outro lado, permanecem com suas cores primitivas, possibilitando a íntegra apreciação do vigoroso efeito plástico conseguido pelo artista, e dando uma medida mais exata do seu talento.<ref name="Lazzari"/><ref name="Damasceno"/>
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