História da Sicília: diferenças entre revisões

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=== Conquista bizantina ===
No início do [[século VII]], a Sicília tornou-se um [[thema]] por ordem do Imperadorimperador [[Heráclio de Bizâncio]], o [[Thema da Sicília]]. Ainda no século VII, os [[árabes]] iniciaram incursões na Sicília, considerada por eles um ponto estratégico, de onde se podia controlar todo o [[mar Mediterrâneo]].
 
=== Primeira tentativa de invasão árabe ===
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A desagregação do Império Bizantino e sua debilidade se faziam sentir na Sicília, alimentando um descontentamento, em uma área que sempre, seja politicamente seja culturalmente, se sentia mais vizinha e atraída por [[Roma]] e pelo [[Império Romano do Ocidente]] que por [[Constantinopla]] e pelo Império Bizantino.
 
Entre [[803]] e [[820]], a eficiência bizantina no quadrante central do Mediterrâneo começou a decrescer vistosamente, na época do governo da [[Imperador|imperatriz]] [[Irene de BizâncioAtenas]].
 
O [[turmarca]] da frota bizantina [[Eufêmio de Messina]], que havia tomado o poder na Sicília com a ajuda de vários nobres pede ajuda aos [[árabes]] em [[825]] para apoiar seu domínio sobre a ilha. Os bizantinos reagiram duramente sob a liderança de [[Fotino (general)|Fotino]] e Eufêmio, derrotado em [[Siracusa]], escapou a [[Ifriqiya]]. Lá encontrou refúgio sob o [[Emirado|emir]] Aghlabidi de [[Qayrawan|Qayrawān]], [[Ziyadat Allah I|Ziyādat Allāh I]], a quem pediu ajuda para realizar um desembarque na Sicília e caçar os odiados bizantinos.
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=== Tentativa de reconquista bizantina ===
[[Imagem:Le conquiste di Giorgio ManiaceBis..jpg|thumb|right|200px|As conquistas de Jorge Maniace na [[Sicília]] em vermelho tracejado.]]
Sabe-se que [[Basílio II]] de [[BizâncioBulgaróctone]] em [[1025]] tinha planejado a reconquista da Sicília. Mas não pode iniciá-la porque morreu no mesmo ano. O plano de Basílio foi esquecido por alguns anos, mas depois o imperador [[Miguel IV]], deo BizâncioPaflagônio]], reencontrando as cartas do projeto de Basílio, e tão logo os viu se entusiasmou, e quis iniciar logo esta campanha de reconquista, que foi confiada ao grande general bizantino [[Jorge Maniace]].
 
Durante o [[século XI]], houve na [[Sicília]] muçulmana uma profunda crise política que opôs o [[Imame|imã]] [[Califado Fatímida|fatímida]] aos governadores [[Kalbidi]], que ao final foram vencidos. Do conflito se aproveitaram os bizantinos que, em [[1038]], empreenderam um efêmero intento de reconquista da ilha.
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No verão de [[1282]], Messina foi posta sob assédio por [[Carlos I de Anjou]], que sabia que não poderia avançar ao interior da Sicília sem haver dominado a cidade sobre o estreito. O assédio durou até o final de setembro, mas a cidade não foi derrotada.
 
Catânia foi um dos centros da revolta contra os [[Casa de Anjou|anjevinos]]: os cataneses, que haviam sofrido injustiças e danos econômicos devido ao fechamento do porto da cidade, contribuíram valorosamente para derrubar os "maus senhores". Os mais importantes nomes que conduziram a revolta em Catânia foram Palmiero, abade de [[Palermo]], Gualtiero da Caltagirone, Alaimo da Lentini e [[Giovanni da Procida]]. Este último, em [[1280]], disfarçado de monge, recorreu ao [[papa Nicolau II]], ao imperador de Bizânciobizantino [[Miguel VIII Paleólogo]] e ao rei [[Pedro III de Aragão]], para pedir: ao papa para não apoiar Carlos de Anjou em caso de revolta; ao imperador Miguel o apoio externo contra o inimigo comum; e ao rei de Aragão para fazer valer o seu direito ao trono da Sicília enquanto marido de Constança, filha de Manfredo, o último dos Hohenstaufen.
 
[[Imagem:Saluto.jpg|thumb|left|200 px|''Saluto'' de prata de Carlos I]]