Boécio: diferenças entre revisões

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Acabou por se tornar amigo e confidente daquele rei, o que o não livraria de no ano de [[523]] ser preso por sua ordem. A prisão ocorreu supostamente por Boécio ter defendido abertamente o senador Albino, caído em desgraça e acusado de traição por ter escrito uma missiva ao imperador bizantino [[Justino I]] queixando-se da governação de Teodorico. Outras fontes acusam-no de estar envolvido numa conspiração para restaurar a república, com o favor do imperador [[bizantino]].
 
Estas acusações têm como enquadramento a profunda rivalidade política e religiosa existente entre [[Justino I]], um cristão ortodoxo [[imperador de [[Bizânciobizantino]] e Teodorico, que defendia as teses do [[arianismo]] e pretendia manter o domínio sobre Roma. Apesar de no ano de [[520]] se ter conseguido ultrapassar o cisma religioso existente entre Bizâncioo Império Bizantino e Roma, as relações eram tensas e seguramente o helenismo de Boécio fazia dele um alvo óbvio. Foi acessoriamente acusado de magia, por estar envolvido em estudos de [[astrologia]], algo então considerado como [[sacrilégio|sacrílego]], mas que ele negou veementemente, atribuindo a sua prisão a difamação pelos seus rivais pessoais.
 
Qualquer que tenha sido a causa, foram-lhe retiradas todas as honras, viu os seus bens confiscados e foi aprisionado em [[Pavia]], onde foi torturado. Ainda assim, pôde escrever na prisão a obra ''De Consolatione Philosophiae'', um dos seus melhores trabalhos, na qual reflecte sobre a instabilidade de um Estado cujo governo depende de um único homem, como era o caso do rei Teodorico, e sobre conceitos [[Metafísica|metafísicos]], entre os quais o conceito de ''[[eternidade]]''.