Górgias: diferenças entre revisões

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Górgias também acreditava que seus "encantamentos mágicos" trariam cura à [[psiquê]] humana ao controlar as emoções fortes. Dedicava atenção especial aos sons das palavras, que, como na poesia, podiam cativar plateias. Seu estilo flórido e rimado parecia hipnotizar aqueles que o ouviam.<ref>Herrick 42.</ref> Seu lendário poder de persuasão sugere que tinha uma influência sobrenatural sobre seu público e suas emoções.
 
Ao contrário de outros sofistas (especialmente [[Protágoras de Abdera|Protágoras]]), Górgias não professava ensinar ''arete'' ("excelência", ou "virtude"). Acreditava não haver uma forma absoluta de ''arete'', mas que o conceito era relativo a cada situação (por exemplo, a virtude num escravo não equivale à virtude num estadista). Sua crença era a de que a retórica, a arte da persuasão, é a rainha de todas as ciências, na medida em que é capaz de persuadir qualquer curso de ação. Embora a retórica existiaexistisse no currículo de cada um dos sofistas, Górgias colocouatribuiu-alhe mais emmaior proeminência do que qualquer um deles.
 
Muito do que já se debateu sobre a natureza e o valor da retórica se iniciou em Górgias. O diálogo de [[Platão]] chamado ''[[Górgias (diálogo)|Górgias]]'' apresenta um contra-argumento à aceitação incondicional da retórica por Górgias, sua forma elegante, e sua natureza performática.<ref>Wardy 2.</ref> O diálogo tenta mostrar que a retórica não satisfaz as condições necessárias para que seja considerada uma ''technê'', sendo apenas uma habilidade um tanto perigosa de se ter, tanto para o próprio orador como para seu público, pois dá a um ignorante o poder de parecer ter mais conhecimento do que alguém que efetivamente o tem.