Ana Petrovna da Rússia: diferenças entre revisões

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| cidadefalecimento= [[Kiel]], Schleswig-Holstein, [[Alemanha]]
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Sua Alteza Imperial, a '''Grã-duquesa Ana Petrovna da Rússia''', czarevna da Rússia (em russo: Анна Петровна), ([[27 de Janeirojaneiro]] de [[1708]] - [[4 de Marçomarço]] de [[1728]]) foi a filha mais velha do Imperador [[Pedro I da Rússia]] e da sua segunda esposa, a Imperatriz [[Catarina I da Rússia]]. A sua irmã, [[Isabel da Rússia]], reinou como Imperatriz entre [[1741]] e [[1762]]. O seu filho [[Pedro III da Rússia|Pedro]] reinou como Imperador em [[1762]], sendo o herdeiro de Isabel. Era também Duquesa de Schleswig-Holstein-Gottorp por casamento.
 
== Vida ==
Ana nasceu bastarda e foi legitimizada após o casamento dos seus pais em [[1712]]. Mesmo assim a sua legitimidade inicial sempre foi um problema e fez com que várias alianças de casamento fossem recusadas. Foi finalmente decidido que Ana se casaria com Carlos Frederico, Duque de Holstein-Gottorp, um sobrinho de [[Carlos XII da Suécia]].
 
A [[17 de Marçomarço]] de [[1721]], Carlos Frederico chegou à [[Império Russo|Rússia]] Imperial para conhecer a sua futura esposa e sogro. O objectivo dele era garantir o apoio russo para os seus planos de adquirir o ducado de [[Schleswig]], pertencente à [[Dinamarca]]. Também tinha esperanças de receber ajuda russa para os seus direitos ao trono sueco, no entanto de acordo com o [[Tratado de Nystad]], a Rússia tinha-se comprometido a não intervir em questões de política interna da Suécia, por isso essas esperanças não tinham fundamento.
 
Outro possível candidato para marido de Ana foi o neto do rei [[Luís XIV da França]], [[Luís, Duque d'Orleães|Luís d'Orléans, Duque de Orleães]], o filho do Regente de França para o rei [[Luís XVI de França|Luís XV]] e também neto da [[Madame de Montespan]]. A proposta de casamento foi mais tarde ignorada devido à diferença nos títulos de cada um. Ana era uma Alteza Imperial enquanto Luís não passava de uma Alteza Sereníssima.
 
=== Casamento ===
A [[22 de Novembronovembro]] de [[1724]] foi assinado o contracto matrimonial. Segundo este, Ana e Carlos Frederico renunciavam a todos os direitos ao trono russo em favor de si próprios e dos seus descendentes. Com esta clausula, o Imperador assegurava o seu direito que escolher qualquer dos seus descendentes para o suceder enquanto o Duke de Holstein aceitou a vontade imperial sem quaisquer condições.
 
Alguns meses depois, em Janeiro de [[1725]], [[Pedro, o Grande]] ficou mortalmente doente. De acordo com uma história, no seu leito de morte, ele conseguiu pronunciar as palavras: "deixo tudo...", mas não conseguiu prosseguir e mandou chamar Ana para lhe dizer a sua última vontade. No entanto, quando a Duquesa chegou, o Imperador já não conseguia pronunciar qualquer palavra. Baseados nesta história, alguns historiadores especularam que o desejo de Pedro era o de deixar o trono para Ana, mas isto não pode ser confirmado.
 
Ana casou-se depois da morte de Pedro, a [[21 de Maiomaio]] de [[1725]] na [[Igreja da Trindade]] em [[São Petersburgo]]. O casal teve apenas um filho:
 
* [[Pedro III da Rússia|Pedro Feodorovich de Holstein-Gottorp]] ([[21 de Fevereiro]] de [[1728]] - [[17 de Julho]] de [[1762]])
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Carlos Frederico foi admitido no recém-criado Concilio Supremo Secreto e exercia uma certa influência sobre a política russa. A morte de [[Catarina I da Rússia|Catarina I]] em [[1727]] tornou a sua posição precária, uma vez que o poder foi transferido para as mãos de [[Alexandre Danilovitch Menchikov|Alexandre Menshikov]], que planeava um casamento entre o jovem Imperador [[Pedro II da Rússia|Pedro II]] e a sua filha. Um desentendimento entre Carlos Frederico e Menshikov resultou no regresso do Duque a Holstein a [[25 de Julho]] de [[1727]].
 
Foi aí que Ana morreu no dia [[4 de Marçomarço]] de [[1728]], vários dias depois de dar à luz o seu filho Pedro, o futuro Imperador da Rússia e progenitor de todos os Romanov do século XIX. Ela tinha acabado de fazer vinte anos. Antes da sua morte, Ana pediu para ser enterrada na Rússia, perto das sepulturas dos seus pais na Catedral da Fortaleza Pedro e Paulo. O seu desejo foi cumprido no dia [[12 de Novembro]] do mesmo ano.
 
De acordo com os seus contemporâneos, Ana era muito parecida com o seu famoso pai. Era inteligente e bonita, bem-educada, falava fluentemente Francês, Alemão, Italiano e Sueco. Sabe-se também que Ana era devota a crianças e tomou conta do seu sobrinho Pedro Alekseevich, negligenciado durante o reinado de Catarina I.