Autocrator: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Renato de carvalho ferreira moveu Autokrator para Autocrator
 
Linha 1:
[[Imagem:Porphyrogenetus.jpg|thumb|right|Placa de [[marfim]] mostrando o [[imperador bizantino]] {{Lknb|Constantino|VII|Porfirogênito}} sendo coroado por [[Cristo]]; a legenda diz: "Constantino, [fiel] em Deus, ''autokratōr'' e ''basileus'' dos romanos".]]
 
'''''AutokratōrAutocrator''''' (em [[Língua grega{{langx|el|grego]]: αὐτοκράτωρ||Autokratōr}}, lit. "auto-governante", "aquele que governa sozinho") é um [[epíteto]] [[Grécia Antiga|grego]] aplicado a um indivíduo que exerce o poder absoluto e irrestrito. Num contexto histórico, foi aplicado a [[Comandante-em-chefe|comandantes-em-chefe]] [[militar]]es e a [[Imperador romano|imperadores romanos]] e [[Império Bizantino|bizantinos]] como tradução do título [[Latim|latino]] ''[[imperator]]''. Suas conotações com o [[absolutismo]] bizantino deram origem aos termos modernos [[autocrata]] e [[autocracia]] (neste contexto, veja [[autocrátor]]). No [[grego moderno]] a palavra significa "[[imperador]]"; sua forma feminina é '''''autokrateira''''' (αὐτοκράτειρα).
 
== História ==
O título surgiu na [[Grécia Clássica]], no fim do [[século V a.C.]], e foi utilizado por [[general|generais]] que recebiam autoridade independente, isto é, comandantes supremos ([[estratego]] autocrator). Na [[Atenas Clássica]], os estrategos autocratores (''stratēgoi autokratores'') foram generais que receberam o poder autônomo de comando, ou seja, estavam autorizados a tomar certas decisões diplomáticas e militares sem fazer qualquer tipo de consulta prévia à [[Assembleia Ateniense]]. Isto ocorria quando o general encontrava-se longe de Atenas, como por exemplo durante a [[Expedição Siciliana]]. Ainda assim, os generais permaneciam responsáveis por prestar contas à assembleia por sua conduta ao retornarem.<ref>{{citar livro | título =The Greek state at war | autor = Pritchett, William Kendrick | editora =University of California Press |ano =1974 |id = ISBN 978-0520025653 | url=http://books.google.gr/books?id=IZHifHPsi20C | página =42}}</ref> Práticas semelhantes eram adotadas por outras cidades-Estado gregas, como [[Siracusa]], onde o cargo serviu como base de poder para diversos dos [[tirano]]s da cidade. Os ''stratēgoiestrategos autokratores''autocratores também foram indicados por diversas das ligas formadas por estas cidades-Estado, para liderar seus exércitos combinados. Foi assim que [[Filipe II da Macedônia]] foi declarado ''[[hegemon|hēgemōn]]'' e ''stratēgosestratego autokratōr''autocrator dos Estados gregos meridionais pela [[Liga de Corinto]],<ref>[[Diodoro Sículo]], XVI.89.1-3</ref> um cargo ocupado posteriormente por seu filho, [[Alexandre, o Grande]].<ref>[[Diodoro Sículo]], XVII.4.9; [[Arriano]], ''[[Anábase de Alexandre]]'', I.1.1-3</ref>
 
{{referências}}