Arquitetura de Porto Alegre: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Porto-alegre-centro.jpg|thumb|350px|Ângulo do centro histórico de Porto Alegre sintetizando as principais fases evolutivas da arquitetura da cidade, com a exceção da primeira, a colonial.]]
A '''arquitetura de Porto Alegre''', capital do [[Rio Grande do Sul]], no [[Brasil]], como acontece com outras cidades modernas, mas dotadas de alguma história, é um mosaico de estilos antigos e modernos. Essa característica se mostra mais visível no [[Centro (Porto Alegre)|centro da cidade]], o núcleo urbano histórico, onde sobrevivem alguns exemplares de [[arquitetura]] do século XIXXVIII eà do período chamado áureo da arquitetura portoalegrense, entre 1900 e 1930, aproximadamentecontemporaneidade.<ref name="DOBERSTEIN">Doberstein, Arnoldo Walter. ''Estatuária e Ideologia: Porto Alegre 1900-1920''. Porto Alegre: SMC, 1992</ref> Entretanto, muito das edificações mais antigas desapareceu ao longo do século XX para dar lugar a uma urbanização de linhas [[Modernismo|modernistas]].
 
A evolução arquitetônica de [[Porto Alegre]] não se diferencia da maioria das outras cidades brasileiras. Iniciou sob o [[arquitetura colonial brasileira|estilo colonial português]], atravessou as escolas [[neoclassicismo no Brasil|neoclássica]], [[arquitetura eclética|eclética]] e [[modernismo no Brasil|modernista]], e agora se renova sob a influência do [[pós-modernismo]] e da [[globalização]], desenvolvendo um estilo híbrido e internacionalizante, o que tem dado margem a críticas sobre a descaracterização de sua identidade, que se somam àquelas que deploram a extensa destruição de arquitetura histórica valiosa e insubstituível na onda de modernização do século XX, e que ainda agora continua a fazer estragos em um patrimônio histórico em ameaça constante.
Hoje, [[Porto Alegre]] divide sua atenção entre a preservação do seu patrimônio histórico e a renovação de sua paisagem urbana com exemplares significativos de arquitetura contemporânea, fazendo face aos desafios de crescimento de uma das maiores capitais do Brasil, atualmente com quase 1,5 milhões de habitantes.<ref name="KIEFER2">Kiefer, Flávio. [http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq037/arq037_00.asp ''Plano Diretor e Identidade Cultural em Porto Alegre'']. Arquitextos, Portal Vitruvius</ref><ref name="ENTREVISTA">{{Citar web |url=http://www.aplauso.com.br/site/portal/anteriores.asp?campo=541&secao_id=50 |título=Porto Alegre, cidade brega?'' Entrevista com Henrique Rocha, Carlos Eduardo Comas, Carlos Maximiliano Fayet, Pedro Gabriel e Sérgio Marques. Revista Aplauso, nº 99, 27/03/2006 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
 
Hoje, a cidade reorganiza sua paisagem urbana com grandes obras de infraestrutura, especialmente viária, e ergue exemplares significativos de arquitetura contemporânea. Mas ao mesmo tempo enfrenta com sucesso desigual os desafios de crescimento de uma das maiores capitais do Brasil, atualmente com quase 1,5 milhões de habitantes, havendo ainda grande população a viver em [[favela]]s e sem acesso a serviços básicos, e haja crescente insatisfação com os rumos que a administração pública recente tem adotado nas áreas de [[urbanismo]], habitação popular, uso de áreas especiais, combate à [[especulação imobiliária]], [[mobilidade urbana]], preservação da natureza e outras.
 
== O estilo colonial português ==
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[[Ficheiro:IN01.jpg|thumb|Igreja de Navegantes, uma das primeiras construções neogóticas.]]
 
Segue-lhe em imponência, mas sobrepujando-o largamente em fama, o [[Theatro São Pedro (Porto Alegre)|Theatro São Pedro]], cujo projeto foi elaborado no [[Rio de Janeiro]] e executado por [[Phillip von Normann]]. Inaugurado em [[27 de junho]] de 1858, com capacidade para 700 espectadores e decoração em veludo e ouro, numa época em que Porto Alegre tinha pouco mais de vinte mil habitantes, é o mais antigo teatro da cidade. Sofreu uma degradação acentuada e quase foi demolido nos anos 1970, mas felizmente está recuperado. O Theatro foi concebido com um edifício gêmeo, que se levantou do outro lado da rua, o antigo [[Palácio da Justiça (Porto Alegre)|Tribunal de Justiça]], mas este foi consumido pelo fogo nos anos 1950. O neoclassicismo mais puro deixou escassos remanescentes, entre eles a [[Casa Torelly]] e a [[Capela Nosso Senhor Jesus do Bom Fim (Porto Alegre)|Capela do Bonfim]]. <ref name="FRANCO"/>
 
Logo o Ecletismo predominaria. Um imponente exemplo é o [[Mercado Público de Porto Alegre|Mercado Público]], planejado pelo engenheiro [[Frederico Heydtmann]] em 1861. A construção teve sua pedra fundamental lançada em 1864, sendo inaugurado em 1869, e substituiu o mercado anterior, mais acanhado. O conjunto sofreu modificação substancial nos anos 1910 com a adição de um segundo piso, preservando porém o estilo.<ref name="FRANCO"/> De caracterização estilística semelhante são o [[Museu do Comando Militar do Sul]], um edifício de grandes dimensões, inaugurado em 1867, construído pelo mestre-de-obras Manoel Alves de Oliveira como um anexo do Arsenal de Guerra;<ref>[http://www.cms.eb.mil.br/ Museu do Comando Militar do Sul]</ref> o prédio da [[8ª Circunscrição de Serviço Militar]], erguido sobre uma construção anterior que abrigava os Armazéns Reais, e o [[Palácio do Ministério Público|Palácio Provisório]], cujo desenho, do engenheiro Francisco Nunes de Miranda, foi posteriormente modificado pelo engenheiro Antônio Mascarenhas Telles de Freitas. As obras do Palácio Provisório iniciaram em 1857 e o projeto incluía soluções estruturais avançadas para a época, como a laje de cobertura com sistema de perfis em aço duplo "T " combinado com tijolos por compressão, formando pequenos arcos. Outro grande edifício eclético foi a Casa de Correção, mais tarde demolida, de distribuição neoclássica e detalhamento que remetia à arquitetura militar.<ref>Ministério Público do Rio Grande do Sul. [http://www.mp.rs.gov.br/memorial Memorial].</ref> Mas o exemplo mais monumental do Ecletismo portoalegrense é o conjunto histórico do [[Hospital Psiquiátrico São Pedro]], que segundo os técnicos do [[IPHAE]] é
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=== A "fase áurea" da arquitetura em Porto Alegre ===
De um Ecletismo mais ornamentado é o [[Paço Municipal de Porto Alegre|Paço Municipal]], projetado por [[Giovanni Colfosco]], um italiano, e iniciado em 1898. Seria um dos primeiros exemplos arquitetônicos a exibir a influência do [[Positivismo]], percebida na complexa rede de [[alegoria]]s representadas na estatuária decorativa da fachada. Também seria um dos primeiros edifícios públicos monumentais do que se chamou de "fase áurea" da arquitetura portoalegrense.<ref name="DOBERSTEIN">Doberstein, Arnoldo Walter. ''Estatuária e Ideologia: Porto Alegre 1900-1920''. Porto Alegre: SMC, 1992</ref> Segundo Beatriz Thiesen,
[[Ficheiro:Prefeitura velha de porto alegre.jpg|thumb|Paço Municipal.]]
[[Ficheiro:Fachada-margs---esculturas-.jpg|thumb|Decoração na fachada da antiga Delegacia Fiscal, atualmente o Museu de Arte do RS, com as estátuas alegóricas da Pecuária e da Navegação.]]
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[[Ficheiro:Senac-portoalegre.jpg|thumb|Faculdade de Tecnologia do [[SENAC]], 1979.]]
[[File:Prédio da Receita Federal.JPG|thumb|Prédio da Receita Federal, apelidado "Chocolatão", anos 80.]]
O ''Plano'' de 1979 não foi inteiramente bem-sucedido em sua aplicação. Estabelecendo novos índices construtivos, as mudanças deram origem a uma série de atritos entre moradores das zonas residenciais e deles com o poder público e com agentes imobiliários, pela autorização de espigões em áreas de predominância térrea, rompendo o tecido residencial de alguns bairros tradicionais por edifícios de até 20 pavimentos. A polêmica levou a uma nova reformulação da legislação nos anos 1980. Foi então que se entendeu definitivamente que seria necessária uma aliança mutuamente compreensiva não só entre arquitetura e [[urbanismo]] para um crescimento geral harmonioso, sendo preciso atrair outras áreas do saber para a discussão e imaginar soluções mais dinâmicas, realistas e adaptáveis ao perfil cada vez mais fluente da sociedade, desenvolvendo-se planos estratégicos fundamentados nos eixos de estruturação e mobilidade urbana, nas formas de uso do solo privado, na qualificação ambiental, na promoção econômica e em uma série de critérios mais atualizados de planejamento, e levando em conta aspectos de memória coletiva, identidade cultural e convívio humano. O êxito das propostas nesse sentido, que se sucederam à medida que os anos passavam, incluindo novas revisões do ''Plano Diretor'', tem-se revelado muito controverso, com avanços e recuos. Ainda existem zonas de ocupação polêmica, a especulação imobiliária continua a pressionar o poder público e influenciar decisões, e permanecem sérios problemas de habitação popular a serem resolvidos.<ref name="KIEFER2">Kiefer, Flávio. [http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq037/arq037_00.asp ''Plano Diretor e Identidade Cultural em Porto Alegre'']. Arquitextos, Portal Vitruvius</ref><ref name="KIEFER3"/>
 
Paralelamente, com a criação em 1981 da Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural, pouco depois vinculada à Coordenação da Memória Cultural da Secretaria Municipal da Cultura, iniciou-se um processo de estudo e resgate dos bens culturais de propriedade do Município de especial interesse histórico, social e arquitetônico, sistematizando os tombamentos municipais, que haviam iniciado poucos anos antes, em 1979. Essa atuação foi fortalecida pela instalação do escritório regional do [[IPHAN]], cuidando dos interesses nacionais na área de patrimônio histórico em todo o estado, e da Coordenadoria do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, antecessora do [[IPHAE]], ambas em 1979, instituições que vêm realizando na cidade vários tombamentos e ações de preservação em nível federal e estadual.<ref>Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre. [http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?reg=8&p_secao=87 ''Tombamentos'']</ref><ref>Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre. [http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?p_secao=87 ''Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural'']</ref><ref>[http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=12746&sigla=Institucional&retorno=detalheInstitucional 12ª Superintendência Regional - Rio Grande do Sul]. Página do IPHAN</ref><ref>[http://www.iphae.rs.gov.br/Main.php?do=HistoricoAc&item=25 Histórico do IPHAE]</ref> Também se reconheceu a existência do "[[Centro Histórico de Porto Alegre|centro histórico]]", propondo-se medidas de conservação e desenvolvimento sustentável, o mesmo ocorrendo com outras áreas já estabilizadas como os bairros da "cidade-jardim" e zonas de especial interesse cultural.<ref name="BELLO"/> Nasceu então uma nova consciência para com os prédios antigos e as áreas verdes, e com isso se salvaram muitas edificações seculares que estavam na lista de demolições.<ref name="KIEFER2"/> O caso da [[Capela Nosso Senhor Jesus do Bom Fim (Porto Alegre)|Capela do Bonfim]] é exemplar nesse sentido. Depois de muitos anos de abandono e degradação, incendiou no que se suspeitou ser um fogo criminoso. Nele perderam-se elementos importantes como o altar-mor entalhado, e sob o pretexto de estar muito arruinada quase foi demolida, mas a sociedade reagiu, e toda a polêmica subsequente contribuiu para um marcar na consciência de todos, cidadãos e poder público, o valor da memória, da arte, da história e de seus testemunhos materiais. A Capela acabou sendo tombada e restaurada em 1983.<ref>''Cadernos de Restauro II: Capela Nosso Senhor Jesus do Bom Fim''. Porto Alegre: Prefeitura Municipal, 1989</ref>
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Entretanto, a atuação das instâncias oficiais de preservação do patrimônio histórico ainda é frequentemente tolhida por interesses particulares contrários, pela morosidade dos processos de tombamento e por uma crônica insuficiência de verbas. Assim, ainda que os trabalhos nesse sentido tenham avançado bastante, com a intensificação das ações municipais e o recente arrolamento de mais de 130 imóveis do centro histórico pelo [[Programa Monumenta]], do [[Ministério da Cultura (Brasil)|Ministério da Cultura]], é preocupante que os poderes públicos tenham tardado tanto para proteger prédios da importância da Igreja da Conceição e do complexo Catedral-Cúria (tombados em 2007 e 2009 respectivamente), que imóveis já protegidos ainda sejam demolidos à revelia da lei e que um bom número de outros edifícios históricos ainda não receba qualquer cuidado oficial <ref name="KIEFER3"/><ref>[http://www.mp.rs.gov.br/memorial/clips/id13722.htm ''Um patrimônio para se ter orgulho'']. Clipping Cultural do Memorial do Ministério Público, 26/03/2008</ref><ref>[http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?reg=104224&p_secao=3&di=2009-03-11\ ''Catedral e Cúria são tombadas pelo município'']. Prefeitura Municipal, Agência POA Multimídia, 11/03/2009</ref><ref>[http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?reg=83114&p_secao=3&di=2007-11-30 ''Igreja Nossa Senhora da Conceição é patrimônio da capital'']. Prefeitura Municipal, Agência POA Multimídia, 30/11/2007</ref><ref>[http://www.agenciachasque.com.br/ler04.php?idsecao=5ee6faf36e6244674fe4169a86bab576&&idtitulo=0c83fe2452ed6b7fa45da494617e354d ''RS: Novas denúncias contra "espigão" em Porto Alegre'']. Chasque Agência de Notícias, 08/10/08</ref>
 
Em termos estéticos nesses últimos decênios se verificou o declínio da escola modernista e sua substituição pelos valores do [[Pós-Modernismo]], fazendo a releitura de estilos históricos pré-modernistas e criando um novo senso de ecletismo, liberdade e democracia formal. Os exemplos mais paradigmáticos dessa tendência são os controversos ''[[shopping center]]s'' que nos últimos anos têm pontuado a paisagem, muitos deles com soluções formais ousadas, decoração extravagante e um espírito ''high-tech'', mas cujo gosto e pertinência para a paisagem às vezes são postos sob suspeita. Alguns críticos se recusam a reconhecer uma arquitetura realmente viva no presente em Porto Alegre, não encontram mais obras que possam se erguer em referências culturais e marcos urbanos, e denunciam uma crise de identidade na produção local. Mas para outros o alto nível do debate sobre arquitetura, que atrai personalidades internacionais, o sucesso de projetos de revitalização de áreas e estruturas antigas, como o Centro Comercial Nova Olaria por arquitetos locais, e a atuação na cidade de projetistas estrangeiros de renome, como [[Álvaro Siza]], responsável pelo prédio da [[Fundação Iberê Camargo]], considerado uma obra-prima, bastam para indicar que a arquitetura de Porto Alegre mantém um apreciável dinamismo e está integrada ao que se passa no restante do mundo.<ref name="ENTREVISTA">[http://www.aplauso.com.br/site/portal/anteriores.asp?campo=541&secao_id=50 "Porto Alegre, cidade brega?"] Entrevista com Henrique Rocha, Carlos Eduardo Comas, Carlos Maximiliano Fayet, Pedro Gabriel e Sérgio Marques. In: ''Revista Aplauso'', 27/03/2006; (99)</ref><ref name="KIEFER3"/><ref>Wilskoszynski, Artur do Canto. [http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.php?nrb=000569332&loc=2007&l=34887b97a2fa1d8f ''Imagens da Arquitetura: Narrativas do Imaginário Urbano em Porto Alegre'']. Porto Alegre: UFRGS, 2006</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.vitruvius.com.br/institucional/inst200/inst200.asp/ |título=Sede da Fundação Iberê Camargo: Arquiteto Álvaro Siza''. |língua= |autor= |obra=Portal Vitruvius |data= |acessodata=}}</ref> Esta fase mais recente da evolução da arquitetura portoalegrense está, contudo, ainda carente de estudo e documentação mais aprofundados, sendo escassas as publicações qualificadas.<ref>Marques, Sergio Moacir. [http://www.uniritter.edu.br/w2/arquitetura/acervo/Artigo.pdf ''Documentação e conservação: O novo velho problema da pesquisa em arquitetura (moderna)'']. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UniRitter, sd.</ref>
 
Em anos recentes a administração pública tem empreendido grandes obras de renovação de infraestrutura, em termos de mobilidade urbana, urbanismo de espaços públicos, criação e preservação de áreas verdes, e outras, e têm se tornado notórias as obras realizadas em função da [[Copa do Mundo de 2014]]. Porém, ao mesmo tempo em que as instâncias oficiais fazem grande propaganda dessa atividade, apontando para alegados benefícios sociais, ambientais e culturais, as críticas se avolumam, denúncias de erros técnicos, irregularidades diversas, corrupção e violações de [[direitos humanos]] se multiplicam, e setores influentes da população alegam que não estão sendo ouvidos, desencadeando muitos protestos, até de rua, que acabaram às vezes em violência.<ref>Floresta, Cleide. [http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/197/o-futuro-aponta-para-o-centro-181294-1.aspx "O futuro aponta para o centro"]. In: ''AU'', 2010; (197)</ref><ref>Prestes, Felipe. "Cem primeiros dias de Fortunati em Porto Alegre têm obras e protestos como marcas". ''Sul21'', 10/04/2013</ref><ref>"Pessoas não utilizam as árvores no Gasômetro, diz Fortunati". ''Correio do Povo'', 07/02/2013</ref><ref>"Manifestantes queimam boneco com a cara de Fortunati durante noite de protestos em Porto Alegre". ''Zero Hora'', 01/08/2013</ref><ref>Cassol, Daniel. "De Copa em Copa". In: ''Revista Adusp'', 2013, 55:18-29</ref><ref>"Remoção para obras da Copa preocupa especialistas em Porto Alegre". Portal 2014, 17/03/2011</ref><ref>Mombach, Hiltor. "Resposta de Fortunati". ''Correio do Povo'', 15/08/2011</ref><ref>Ministério Público Federal. ''Ata da Audiência Pública sobre o impacto do Megaevento Copa do Mundo 2014 no direito à moradia'', 25/05/2010</ref><ref>"Moradores da rua Anita denunciam Prefeitura de Porto Alegre ao Ministério Público". Ecoagência, 05/07/2013</ref><ref>Ilha, Flávio. "Porto Alegre anuncia projeto de redução da tarifa um dia após protestos violentos". ''Notícias UOL'', 18/06/2013</ref>
 
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