Tempo de Dificuldades: diferenças entre revisões

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'''Tempo de Dificuldades''' ([[Língua russa|russo]]: '''Смутное время''', ''Smutnoye Vremya'') foi um período da [[História da Rússia|história russa]] que compreende os anos de [[interregnum]] entre a morte do último dos [[Dinastia Rurik|Rurikides]] de Moscou, o [[Tsar]] [[FeodorTeodoro I da Rússia|FeodorTeodoro Ivanovich]], em [[1598]] e o estabelecimento da [[Dinastia Romanov]] em [[1613]]. [[Imagem:Appeal of Minin.jpg|thumb|Minin convoca as pessoas de [[Nizhny Novgorod (cidade)|Nizhny Novgorod]] para formar um exército de voluntários contra os [[Polônia|poloneses]].]]
 
Após a morte de FeodorTeodoro sem deixar descendentes, seu cunhado e conselheiro mais íntimo, [[Boris Godunov da Rússia|Boris Godunov]], foi eleito seu sucessor pela Grande Assembléia Nacional. Seu curto reinado ([[1598]]–[[1605]]) não teve tanto sucesso quanto a sua administração nos tempos do fraco FeodorTeodoro. O [[Oligarquia|partido oligárquico]], encabeçado pelos [[Romanov]]s, considerou uma desgraça ter que obedecer a um simples [[boiardo]]; conspirações eram freqüentes, as áreas rurais estavam devastadas pela fome e pragas, grandes bandos armados vagavam pelo país cometendo todo o tipo de atrocidades, os [[Cossacos]] na fronteira estavam inquietos e o governo mostrava-se incapaz de manter a ordem.
 
Sob a influência dos grandes nobres que tinham sido contrários à eleição de Godunov, o descontentamento geral tomou a forma de hostilidade chamando o atual tsar de usurpador e rumores foram ouvidos de que o irmão mais novo do último tsar, [[Dmitry Ivanovich|Dimitri]], supostamente morto, ainda estava vivo e escondido. Em [[1603]] um [[Demétrio II da Rússia|homem dizendo-se ser Dimitri]] e reivindicando o direito ao trono, apareceu na [[República das Duas Nações]]. Na realidade o filho mais novo de [[Ivan o Terrível]] tinha sido estrangulado antes da morte de seu irmão por ordem (foi dito, mas nunca provado) de Godunov e o misterioso indivíduo que se fazia passar por ele era um impostor; mas ele foi considerado o herdeiro legítimo por grande parte da população e conseguiu apoio tanto na [[Moscóvia]] quanto fora de suas fronteiras, na [[República das Duas Nações|República]] e no [[Vaticano]].
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A severidade da crise produziu um remédio, na forma do surgimento de um sentimento patriótico sob a liderança de [[Kuzma Minin]], um comerciante de [[Nizhny Novgorod (cidade)|Nizhny Novgorod]] e do [[Dmitry Pozharsky|Príncipe Pozharsky]]. Após o avanço para Moscou em [[22 de outubro]] (segundo o [[historiador]] russo [[Sergey Solovyov]]), ou [[1 de novembro]] (conforme [[Nikolay Kostomarov]]), os invasores se retiraram do Kremlin e em 24-27 de outubro (Solovyov) ou 3-6 de novembro (Kostomarov) os invasores se renderam para o triunfante Pozharsky. Em [[4 de novembro]] a [[Federação Russa]] celebra oficialmente o [[Dia da Unidade Nacional]].
 
Uma Grande Assembléia Nacional elegeu como tsar [[Miguel I da Rússia|Miguel Romanov]], o filho mais novo do Patriarca Filaret (FeodorTeodoro Romanov), que estava unido pelo casamento com a antiga dinastia e tinha sido salvo dos inimigos por um heróico camponês, chamado [[Ivan Susanin]].
 
As guerras [[Dimitríades]] contra a [[República das Duas Nações]] ainda durariam até o [[Armistício de Deulino]] em [[1619]] e a [[Guerra ingriana]] contra os [[Suécia|suecos]] durou até o [[Tratado de Stolbovo]] em [[1617]]. Ambos forçaram a [[Moscóvia]] a fazer algumas concessões territoriais, embora a maioria delas seriam resgatadas ao longo dos séculos. O mais importante foi que a crise serviu de instrumento para a união de todas as classes da sociedade russa em volta dos [[tsar]]es [[Romanov]].