Gália Narbonense: diferenças entre revisões
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Na metade do século II a.C., a [[República Romana]] estava profundamente envolvida comercialmente com a [[colônia grega]] de [[Massália]] ([[Marselha]]), na costa sul da Gália. Esta colônia, fundada por colonos de [[Foceia]], já tinha, naquela época, séculos de idade e era muito próspera. Roma se aliou com ela e concordou protegê-la contra os ataques dos [[gauleses]], dos vizinhos [[aquitanos]], dos piratas [[cartagineses]] e de outros rivais em troca de uma estreita faixa de terra que os romanos precisavam para construir uma [[estrada romana|estrada]] até a [[Hispânia]], necessária para o transporte das tropas. Os massalianos, por sua vez, importavam-se mais com a prosperidade econômica do que com a integridade territorial em seus domínios. Nesta faixa de terra, os romanos fundaram a cidade de [[Narbo Márcio]], que se tornou um grande entreposto comercial adversário de Massália. Foi a partir daí que se desenvolveu a Gália Transalpina.
Durante este período, os assentamentos mediterrâneos na costa estavam sendo ameaçados pelas poderosas tribos gaulesas do norte, especialmente os
Vizinha imediata da [[Itália romana|Itália]], a nova província deu à República Romana diversas vantagens, como o controle da rota terrestre entre a Itália e a [[península Ibérica]]. Além disso, a província servia como um [[estado tampão|tampão]] entre a Itália e as tribos gaulesas e dava aos romanos o controle sobre as lucrativas rotas comerciais do vale do [[Ródano]], por onde passavam bens vindos da Gália para Massália. Foi a partir de
Em 40 a.C., durante o [[Segundo Triunvirato]], [[Marco Emílio Lépido (triúnvir)|Marco Emílio Lépido]] recebeu o comando da Gália Narbonense (juntamente com a Hispânia e a [[África romana|África]]), enquanto [[Marco Antônio]] ficou com a Gália para contrabalançar<ref>Boatwright et al., ''The Romans, From Village to Empire'', p.272 ISBN 978-0-19-511876-6</ref>.
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|nation = [[Império Romano]]
|era = [[Antiguidade Tardia]]
|capital =[[Narbo Márcio]] (I)<br>
|title_leader =
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Em 314 d.C., durante a [[reforma de Diocleciano|reforma administrativa]] de [[Diocleciano]] (r. 284-305), a Gália Narbonense e a Gália Aquitânia passaram a fazer parte da [[Diocese de Vienne]], cuja capital estava mais ao norte, na cidade de ''[[Vienna Allobrogum]]'' ([[Vienne (Isère)|Vienne]]). Ela foi depois rebatizada de [[Diocese das Sete Províncias]] (''Septem Provinciarum''), uma clara demonstração que Diocleciano havia demovido as províncias para uma unidade administrativa menor, subordinada às [[diocese romana|dioceses]]. Nesta época, a província foi dividida em três outras menores, todas na mesma diocese:
* '''Narbonense I''' ou '''Narbonense Prima''', com capital em ''Narbo Martius''. Limitada a leste pelo Ródano e pelo Mediterrâneo, a oeste pelas [[Gália Aquitânia|três Aquitânias]] e ao sul pela Hispânia.
* '''Narbonense II''' ou '''Narbonense Secunda''', com capital em
* '''Vienense''', uma [[província consular]] com capital em ''Vienna Allobrogum''. Abrangia a região ocidental de Dauphiné e da Provença mais o [[Condado Venaissino]].
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* [[Antípolis]] ([[Antibes]])
* ''[[Apta Iulia Vulgientium]]'' ([[Apt (Vaucluse)|Apt]])
* [[Águas Sextias]]/[[Aquênsio (Gália Narbonense)|Aquênsio]] ([[Aix-en-Provence]])
* ''[[Forum Julii]]'' ([[Fréjus]])
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