Catedral de Santiago de Compostela: diferenças entre revisões

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Segundo a tradição [[Catolicismo|católica]], o [[apóstolo]] [[Santiago Maior]] difundiu o [[cristianismo]] na [[península Ibérica]]{{HarvRef|Orlandis|1990|p=63–71}}{{HarvRef|Lligadas|2005|p=117}} nos anos 36–37 ou 40. No ano 44 foi [[Decapitação|decapitado]] em [[Jerusalém]] por ordem de {{Lknb|Herodes Agripa|I}} (neto de [[Herodes, o Grande]]) e os seus restos mortais foram depois trasladados para a [[Galiza]] numa barca de pedra.<ref name=fmas35 /> Devido às perseguições dos [[Império Romano|romanos]] aos cristãos da [[Hispânia]], o seu túmulo foi abandonado no {{séc|III}}. Ainda segundo a lenda, este túmulo foi descoberto na segunda década do {{séc|IX}} pelo [[eremita]] [[Pelágio (eremita)|Pelágio]] (ou Paio) depois de avistar umas luzes estranhas no céu durante a noite. Tendo comunicado a descoberta ao bispo de [[Iria Flávia]], [[Teodomiro (bispo)|Teodomiro]], este reconheceu o feito como um [[milagre]]{{
Nota de rodapé|nome=invent|grupo=nt|
1=A alegada redescoberta do túmulo do apóstolo é conhecida como ''Inventio''. As fontes diferem quanto ao ano exato em que ocorreu e quem é que descobriu o túmulo. Geralmente são apontados os anos 812, 813 ou 814, mas também há autores que admitem que poderá ter sido entre 818, quando Quendulfo, o predecessor de Teodomiro como bispo de Iria ainda era vivo, e 842, ano da morte de {{Lknb|Afonso|II das Astúrias}}. Segundo algumas versões da história, teria sido [[Pelágio (eremita)|Pelágio]] que descobriu a sepultura, enquanto outras dizem que esta só foi descoberta quando o bispo [[Teodomiro (bispo)|Teodomiro]] foi ao local onde o eremita tinha avistado as luzes. Em qualquer dos casos, teria sido Teodomiro que identificou o túmulo como sendo de Santiago.{{Carece<ref dename=cms9 fontes/><ref name=sfelix />{{HarvRef|hist-euFletcher|data1984|p=dezembro de 201357}}
}} e informou da descoberta o rei {{Lknb|Afonso|II|das Astúrias}} das [[Reino das Astúrias|Astúrias]] e da [[Reino da Galiza|Galiza]]. O rei ordenou a construção de uma [[capela]] no local da sepultura, dedicada ao culto do apóstolo. Diz a lenda que o rei foi o primeiro peregrino do [[santuário]]. A capela foi substituída por uma primeira igreja em 829, a qual deu lugar em 899 a uma outra, em [[Arte pré-românica|estilo pré-românico]].<ref name=psilva54 /> Esta última foi construída a partir de 872 por ordem de {{Lknb|Afonso|III|das Astúrias}} {{Carece de fontes/bloco2|e foi consagrada por dezassete bispos|hist-eu|data.<ref name=dezembronav220 de 2013}}./> O local tornou-se um destino de peregrinação cuja popularidade e importância foi aumentando gradualmente.{{HarvRef|Garrido Torres|2000|p=100}}<!--- ***nota: provavelmente este trecho pode ser melhor referenciado com as fontes deste e outros artigos relacionados --->
 
Em 997, [[Almançor]], o poderoso [[hájibe]] (governador) e comandante do exército do [[Califado de Córdova]], [[saque]]ou a cidade e arrasou a igreja, apenas deixando intacto o túmulo de Santiago. As portas e os sinos da igreja destruída foram levadas aos ombros pelos cativos cristãos para [[Córdova (Espanha)|Córdova]], onde foram usados numa [[mesquita]].{{HarvRef|Garrido Torres|2000|p=101}}<ref name=vaq447 /> Os sinos seriam recuperados em 1236, quando o rei {{Lknb|Fernando|III de Castela}} conquistou Córdova, sendo levados para a [[Catedral de Toledo]] por prisioneiros muçulmanos.{{Carece de fontes|hist-eu|data=dezembro de 2013}}
NotaNT|
1=A tradição traça várias semelhanças entre o saque de Almançor a Compostela e a invasão de [[Península Itálica|Itália]] por [[Átila]], cinco séculos antes. Da mesma forma que Átila parou quando estava às portas de Roma, segundo a lenda, devido a um ancião ter aparecido junto ao {{lknb|papa Leão|I}} quando este negociava com o caudilho huno, quando Almançor entrou no túmulo de Santiago encontrou ali um frade venerável que rezava em atitude de recolhimento. Algumas versões da lenda afirmam que o frade era o bispo [[Pedro de Mezonzo]]. Como Átila tinha feito com as portas de Roma, Almnçor levou as portas e sinos da igreja de Compostela. Segundo outra lenda, o comandante muçulmano teria poupado o túmulo porque quando se encaminhava para Compostela, o seu cavalo bebeu na pia de [[água benta]] da igreja paroquial de Maianca, no concelho de [[Oleiros (Galiza)|Oleiros]] e imediatamente se afundou na terra e no local onde ficaram as [[ferradura]]s surgiu uma fonte que atualmente se encontra atrás da igreja. Este acontecimento teria feito Almançor recuar diante do túmulo do santo.<ref name=vaq447 />
}}<!-- Os sinos seriam recuperados em 1236, quando o rei {{Lknb|Fernando|III de Castela}} conquistou Córdova, sendo levados para a [[Catedral de Toledo]] por prisioneiros muçulmanos.{{Carece de fontes|hist-eu|data=dezembro de 2013}} -->
 
A construção da catedral atual foi iniciada em 1075, durante o reinado de {{Lknb|Afonso|VI|de Leão e Castela}}, com o patrocínio do bispo [[Diego Páez]]. Uma inscrição na capela do [[Jesus Cristo|Salvador]] comemora o acontecimento: ''«Aos trinta anos do milésimo septuagésimo quinto depois da Encarnação do Senhor, em cujo tempo se fundou esta igreja de Santiago»''. Foi construída segundo o mesmo plano que a igreja de tijolo [[Mosteiro|monástica]] de [[Basílica Saint-Sernin de Toulouse|São Saturnino]] de [[Toulouse]], provavelmente o maior [[Arquitetura românica|edifício românico]] de [[França]].<ref name=gmor121 /> A construção foi interrompida em várias ocasiões, pelo que se consideram três fases construtivas, a primeira das quais foi terminada em 1088, quando o bispo Diego Páez foi preso por traição, o que originou a primeira paragem das obras.{{Carece<ref de fontes|hist-eu|arte|dataname=dezembro denav221 2013}}/>
 
A segunda fase de construção decorreu de 1100 a 1140, tendo sido iniciada quando o {{ilc|Conde da Galiza|lk=Reino da Galiza}} [[Raimundo de Borgonha]] nomeou [[Diego Gelmires]] bispo de Compostela em 1100 e terminado com a morte do último. As obras decorreram sob a direção de Bernardo, o Velho (''«um mestre maravilhoso»''), coadjuvado por Galperinus Robertus.{{
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A igreja ganha o estatuto de [[sé episcopal]] em 1075, substituindo [[Iria Flávia]], em grande medida graças à ação do bispo Gelmires e à sua importância crescente como lugar de peregrinação. O {{Lknb|papa Calisto|II}} (irmão de Raimundo de Borgonha) consolida-a como sé arcebispal em 1120.{{HarvRef|González López|1978|p=219–220}}<ref name=psilva176 /> Ao longo dos séculos seguintes, a catedral foi objeto de numerosas ampliações e reformas, tanto no exterior como no interior.
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***Texto antes da tradução da WP.GL:
 
O primeiro que se edificou foram as capelas do deambulatório: A capela do [[Jesus Cristo|Salvador]], a de [[São Pedro]] e a de [[São João]].{{dn}} Em 1105 Gelmires consagrou as capelas de [[São João Batista]], [[Martinho de Tours|São Martinho]] e [[Cruz cristã|Santa Cruz]]. Em 1112 remataram os trabalhos dos braços do [[Cruzeiro (arquitectura)|cruzeiro]]. Em 1117 uma [[revolta]] dos burgueses da cidade contra Gelmires afetou à catedral, e a [[fachada das Pratarias]] veio-se tocada pelo lume: ainda assim em 1140 estão rematados seis trechos das naves maiores. O resto dos trechos foram concluídos em 1160, após o qual houve uma paragem na construção até que, em 1168, o [[Mestre Mateus]] ficou como mestre de obras. Nesta altura, ele e sua oficina tornaram-se artífices do [[Pórtico da Glória]] e remataram a catedral que, numa celebração solene, consagrou o arcebispo [[Pedro Muñiz]] em 21 de abril de 1211.
 
Durante toda a Idade Média a Catedral veio ser a representação material do poder senhorial do arcebispado compostelano, sendo o palco de muitos dos feitos mais importantes da [[história da Galiza]].
 
=== Descoberta do sepulcro ===
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===Descoberta do sepulcro===
As origens do culto a Santiago na [[Galécia]] perdem-se nos anais dos tempos. Em finais do {{séc|VII}} difunde-se no noroeste da península Ibérica a lenda de que o apóstolo teria sido enterrado nessas terras, depois de as evangelizar. A evangelização da Hispânia por Santiago é mencionada pelo arcebispo hispânico [[Isidoro de Sevilha]] {{nwrap||560|636}} no seu tratado ''“De Ortu et Obitu Patrum”'' e pelo bispo [[Inglaterra|inglês]] [[Adelmo]] de [[Abadia de Malmesbury|Malmesbury]] {{nwrap||639|709}}.<ref name=rlib /><ref name=sapiens />{{
NotaNT|
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}} Segundo esta lenda, na primeira década do {{séc|IX}} (é comum referir especificamente o ano 813),<ref group=nt name=invent /> oito séculos depois da morte do apóstolo Santiago, um eremita chamado Pelágio (ou Paio), juntamente com outros fiéis, viu umas luzes estranhas perto de um lugar conhecido como Solovio, num bosque chamado Libredón,{{
NotaNT|
1=Segundo a tradição, o local de onde o eremita Pelágio avistou as luzes é o mesmo onde se ergue desde o {{séc|X}} a [[Igreja de São Félix de Solovio]].{{Carece<ref de fontes|hist-eu|dataname=dezembro desfelix 2013}}/>
}} e comunica a ocorrência a Teodomiro, bispo de Iria Flávia. Depois de três dias de jejum, o bispo e o seu séquito deslocaram-se ao local e descobriram entre o matagal um monumento construído em placas de [[mármore]], constituído por um pequeno edifício abobadado em ruínas. Numa câmara do interior havia um túmulo em mármore e um altar, pelo que não tiveram dévidadúvida alguma de que se tratava do sepulcro do apóstolo e dos seus dois discípulos Atanásio e Teodoro.<ref name=flor64 /><ref name=vil64 />
 
O bispo comunicou o achado ao rei das Astúrias e Galiza Afonso&nbsp;II, o Casto, que se deslocou imediatamente com a sua [[Corte (realeza)|corte]] ao local. O rei outorgou ao bispo as terras vizinhas do sepulcro, mais as suas respetivas rendas, e mandou construir uma pequena igreja sobre o cemitério (''compositum'') ''«supra corpus apostoli»'' ("por cima do corpo do apóstolo"), junto a um [[batistério]] e outra igreja dedicada ao Salvador.<ref name=flor64 /><ref name=vil64 /> Algum tempo depois, num documento datado de 4 de setembro de 834, o rei dizia:
{{Citação2|cinzabq=s|
1=Pois nos nossos dias revelou-se-nos o prezado tesouro do bem aventurado Apóstolo, ou seja, o seu santíssimo corpo. Ao conhecê-lo, com grande devoção e espírito de súplica, apressei-me a ir adorar e venerar tão precioso tesouro, acompanhado da minha corte, e dendemos-lhe culto no meio de lágrimas e orações como Patrono e Senhor de Espanha, e pela nossa própria vontade, outorgámos-lhe o pequeno obséquio antes referido, e mandámos construir uma igreja em sua honra.|
2=[[Afonso II das Astúrias|Afonso&nbsp;II, o Casto]], 4 de setembro de 834.{{Harvy|bloz|Bravo Lozano & Raurich|1999|p=5}}
}}
Esta pequena igreja foi a origem da catedral de Santiago de Compostela. Segundo alguns autores, o nome "compostela" deriva de ''compositum'' ("cemitério"), enquanto que outros estudiosos o nome tem origem em ''campus stellae'' ("campo das estrelas"), devido às luzes que bailavam sobre o cemitério e que indicaram a Pelágio a sua localização.{{Carece de fontes|hist-eu|data=dezembro de 2013}}
 
=== Igreja primitiva ===
Dada a importância religiosa e política do achado, como já foi referido, o rei Afonso&nbsp;II mandou construir uma igreja pequena e simples. Para tal foram derrubadas as colunas existentes e construída uma parede rodeando a arca de mármore e formando uma nave de planta retangular, com uma pequena [[abside]]. A igreja foi coberta com um teto em madeira. A antiga cela do sepulcro foi mantida na cabeceira.<ref name=nav219 /> Deste primeiro templo só se conserva o [[lintel]] da entrada e as bases das paredes. Aparentemente também existia um batistério a norte da igreja.{{Carece de fontes|hist-eu|data=dezembro de 2013}}
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**** Refazer ****
 
Durante as [[Escavação|escavações]] realizadas no subsolo da catedral foram descobertos um [[mausoléu]] romano com o pavimento em [[mosaico]] [[Arte paleocristã|paleocristão]] dos séculos III e IV e uma [[lápide]]. Esta última encontra-se atualmente no [[Convento de São Paio de Antealtares|Mosteiro de Antealtares]] e apresenta a seguinte inscrição: ''«Dedicado aos deuses [[manes]]. Atia Moeta, por disposição testamentária, mandou colocar este [[epitáfio]], ao sono eterno de Viria Moeta, a sua boníssima neta, falecida aos 16 anos, e dotou o seu próprio enterro.»'' [[Antonio López Ferreiro|López Ferreiro]] encontrou no centro dos restos das [[basílica]]s anteriores à atual uma cripta quadrangular delimitada mor um muro de pedra. Este espaço estava dividido em duas partes; numa delas, onde estaria o túmulo do apóstolo, havia restos de um mosaico com decoração vegetal; na outra parte, muito danificada por obras posteriores, encontrou dois túmulos de tijolo que seriam dos discípulos de Santiago.{{Carece de fontes|hist-eu|data=dezembro de 2013}}
 
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No decurso de escavações levadas a cabo em 1879 por baixo da abside da catedral, dirigidas pelo historiador [[Antonio López Ferreiro|López Ferreiro]], quando [[Miguel Payá y Rico]] era arcebispo de Compostela, foram descobertas as fundações do sepulcro primitivo, denominado ''"Arca marmarica"'', com restos de um altar que constava de uma lage lisa sobre um [[fuste]] de pedra de pedra também ele liso. Era de planta quadrada, com cerca de oito metros de lado, e tinha outro corpo central, mais pequeno e retangular, construído com grandes [[perpianho]]s; as paredes exteriores eram em [[alvenaria]]. Tinha um [[pórtico]] com coulnas e era pavimentada com lajes de [[granito]]. A cobertura do sepulcro tinha uma orla de mosaico romano.<ref name=nav219 />
 
As escavações realizadas debaixo da nave maior da catedral evidenciaram também a presença de uma [[necrópole]] cujo uso se prolongou pelo menos desde a construção da igreja até à primeira metade do {{séc|XII}} e que ocupou o espaço de outra necrópole anterior, usada entre os séculos IV e VII. Os enterramentos estendiam-se ao longo da frente ocidental da igreja e em seu redor, com túmulos feitos com pedras e cobertos por lajes, outros escavados na rocha do subsolo e outros constituídos por uma lápide monolítica, por vezes com inscrições; foram também descobertos ainda [[sarcófago]]s monolíticos. Foram ainda encontrados dois recintos funerários adjacentes à basílica; num deles foi encontrado o túmulo de Teodomiro.{{Carece de fontes|hist-eu|data=dezembro de 2013}}
 
=== Igreja pré-românica ===
Durante o reinado de [[Afonso III das Astúrias|Afonso&nbsp;III, o Grande]], devido ao número crescente de peregrinos e às pequenas dimensões da igreja, decidiu-se construir um novo templo, de maiores dimensões e com melhor construção do que o existente. A nova igreja foi construída em estilo [[Arte pré-românica|estilo pré-românico]], com três naves e uma abside quadrangular, que integrou a igreja anterior no [[Presbitério (arquitetura)|presbitério]]. As sepulturas de Santiago e dos seus discípulos não foram mexidas.<ref name=nav220 />
 
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No verão de 997, Santiago de Compostela foi atacada por [[Almançor]], o governante ''[[de facto]]'' do [[Califado de Córdova]]. Prevendo esse ataque, o bispo [[Pedro de Mezonzo]] tinha mandado evacuar a cidade. As hostes de Almançor incendiaram a cidade e o templo pré-românico,<ref name=vil64 /> mas respeitaram o sepulcro do apóstolo, um gesto que é comparado ao de [[Átila]] ao poupar [[Roma]]. Antes de incendiar a igreja, o comandante muçulmano teria dado de beber ao se cavalo de uma pia de [[água benta]] existente perto da porta de Pratarias.<ref name=vaq447 /> A conservação do sepulcro permitiu que o Caminho de Santiado continuasse apesar da destruição do santuário, o qual voltou a ser reconstruído cerca do ano 1000 pelo bispo Pedro de Mezonzo.<ref name=vil64 />
 
=== Igreja românica ===
O templo do século X também se mostrou pequeno para atender às numerosas peregrinações que acorriam a Santiago de Compostela. Sob o impulso do rei [[Afonso VI de Leão e Castela|Afonso&nbsp;VI, o Bravo]] e do bispo [[Diego Páez]] em 1075 foram iniciadas as obras para construir uma grande catedral [[Arquitetura românica|românica]], as quais ficaram a cargo dos mestres de obras Bernardo, o Velho, que concebeu e desenhou o projeto, e do seu ajudante Galperinus Robertus. Segundo [[Códice Calixtino]], trabalharam na construção 50 canteiros. A destituição do bispo Diego Páez em 1088 fez parar as obras por algum tempo.{{Harvy|navasc|Navascués<ref & Sarthou|1997|pname=221}}nav221 />
 
Cinco anos mais tarde, as obras estavam novamente em marcha, impulsionadas pelo recentemente nomeado administrador da diocese, [[Diego Gelmires]], com o apoio do novo bispo [[Dalmácio]] e posteriormente também de [[Raimundo de Borgonha]], nomeado {{ilc|Conde da Galiza|lk=Reino da Galiza}} em 1095. Em 1101, o Mestre Estêvão abandona a cidade de Compostela, deixando completas as capelas do [[deambulatório]] e iniciadas as obras da [[fachada das Pratarias]]. A partir daí os trabalhos prosseguiram com regularidade; em 1111 foram terminadas as obras no [[Cruzeiro (arquitetura)|cruzeiro]] em 1122 (a acreditar no Códice Calixtino) foi colocada a última pedra.<ref name=navasc222 /> Diego Gelmires foi teve um papel fulcral não só na construção da catedral como na intensa atividade de construção vivida na cidade nessa época. Tendo sido nomeado bispo em 1100, em 1120 tornou-se o primeiro arcebispo de Compostela. Apesar de ter havido várias paragens nas obras, a grande quantidade de esmolas conseguidas possibilitou que a igreja voltasse ao culto e fosse consagrada em 1128.{{Carece de fontes|hist-eu|data=dezembro de 2013}}
 
Cerca de 1140 deu-se início a mais uma fase de construção, quando já estava, construídos e cobertos seis tramos das naves. Nesta fase as obras estiveram a cargo do [[Mestre Mateus]], que respeitou a organização arquitetónica precedente e que em 1168 começou a construir o [[Pórtico da Glória]]. Não obstante as obras terem prosseguido por boa parte do {{séc|XIII}}, a catedral foi consagrada definitivamente em abril de 1211.<ref name=navasc222 /><ref name=consag group=nt /> Nos motivos esculpidos nos [[Capitel|capitéis]] da nave central é patente a evolução dos diretores da obra: nos primeiros — a contar do cruzeiro — aparecem parelhas de animais fantáticos e reais (águias, leões, pombas e sereias) e, ocasionalmente, figuras humanas; os quatro últimos tramos já são claramente obra da oficina de Mateus: folhas lisas ou espiraladas, por vezes com figuras humanas assomando-se entre elas, monstros, leões, dragões e lobos.{{Carece de fontes|hist-eu|arte|data=dezembro de 2013}}
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Há numerosas rotas de peregrinação compostelana, que foram criadas ao longo dos séculos. A rota (ou, com maior rigor, o conjunto de rotas, pois há algumas variantes) mais concorrida é o [[Caminho Francês]], cujos pontos de entrada mais usados em Espanha são os [[Passo de montanha|portos de montanha]] de [[Somport]] (via toledana), nos [[Pirenéus]] [[Aragão|aragoneses]] e de [[Roncesvalles]], nos Pirenéus [[Aragão|navarros]] e percorre o norte da península, passando por [[Pamplona]], [[Logronho]], [[Burgos]], [[Leão (Espanha)|Leão]], [[Astorga (Espanha)|Astorga]] e [[Ponferrada]]. É um percurso de grande riqueza histórica, cultural e artística, ao qual se juntam outras rotas.{{Carece de fontes|hist-eu|data=dezembro de 2013}} desde a década de 1980 que o Caminho tem vindo a ser percorrido por cada vez mas peregrinos; o número de peregrinos registados que em 1987 foi de {{formatnum:2905}}, saltou para {{formatnum:270800}} no ano jubilar de 2010; no ano jubilar de 1993 foi {{formatnum:99436}} e em 2009 (não jubilar, portanto menos concorrido) foi {{formatnum:145877}}.<ref name=datest />
 
=== Reformas dos séculos XVII e XVIII ===
Durante os séculos XVII e XVIII foram levadas a cabo transformações profundas na catedral, tendo sido introduzidos elementos [[Arquitetura barroca|barroco]], tanto no interior como no exterior da basílica. As obras começaram a partir de 1643, quando {{Lknb|Filipe|IV|de Espanha}} outorga um renda anual para financiar as obras na cabeceira. Em 1649 chega a Santiago {{ilc|José Vega y Verdugo||José de Vega y Verdugo}}, que introduz verdadeiramente o barroco na catedral. Em 1657 o arquiteto [[Madrid|madrileno]] [[Pedro de la Torre]] inicia a remodelação da capela maior.{{Carece de fontes|arte|data=dezembro de 2013}}
 
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Na atualidade, cada uma das fachadas forma com as respetivas praças conjuntos urbanísticos magníficos. A [[Fachada do Obradoiro|fachada barroca do Obradoiro]] foi realizada por [[Fernando de Casas Novoa]] em 1738 e protege o Pórtico da Glória, uma obra-prima da [[Escultura do românico|escultura românica]], concluída pelo Mestre Mateus em 1188. A porta de Acibechería é também barroca; foi iniciada por [[Lucas Ferro Caaveiro]] e [[Clemente Fernández Sarela]] e terminada por Lois Monteagudo. A única fachada medieval que ainda subsiste, ainda que também com modificações, é a das Pratarias, construída pelo Mestre Estevo em 1103.{{Carece de fontes|arte|data=dezembro de 2013}}
 
=== A fachada ocidental do Mestre Mateus ===
Quando se diz que o [[Mestre Mateus]] completou os últimos tramos da nave principal da catedral, está falar-se da cripta ou catedral velha, do Pórtico da Glória e da fachada ocidental que se abria para o que é hoje a [[Praça do Obradoiro]]. Esta fachada conservou-se intacta até que no início do {{séc|XVI}} se fizeram as primeiras modificações, que consistiram no fecho dos arcos de acesso à igreja (então aberta dia e noite para os peregrinos) com grandes portas, o que implicou a retirada das primeiras estátuas e outros elementos da fachada exterior. Foram também feitas outras modificações, como a instalação de novas escadarias de acesso ao templo, mas seria a construção da fachada barroca de Casas Novoa em 1738 que modificaria substancialmente a fachada originalmente românica de Mateus, da qual apenas se mantiveram os dois corpos inferiores das torres laterais.{{Carece de fontes|arte|data=dezembro de 2013}}
 
Linha 476 ⟶ 466:
Nas paredes da nave podem ver-se doze cruzes que foram usadas no dia da consagração, em abril de 1211. Estão distribuídas simetricamente: seis na nave principal, (três em cada lado), duas em cada um dos braço do cruzeiro (igualmente uma em cada lado) e as restantes duas no deambulatório, em ambos os lados da capela do Salvador. Quase todas estão no local onde foram originalmente colocadas, embora algumas tenham sido elevadas ou deslocadas: as duas mais próximas do Pórtico da Glória e a que está sobre a porta da capela do Espírito Santo.{{
NotaNT|
1=A distribuição das cruzes e os seus textos podem ser vistas em {{Citar web|url=http://www.arquivoltas.com/21-lacoruna/01-santiago-19a.htm|titulo=Santiago de Compostela: Catedral|acessodata=6 de dezembro de 2013|nocaps=x|ultimo=García Omedes|primeiro=Antonio|publicado=Introduccion al Arte Romanico|obra=arquivoltas.com|lingua3=es|arquivourl=http://wayback.archive.org/web/20131016124757/http://www.arquivoltas.com/21-lacoruna/01-Santiago-19a.htm|arquivodata=16 de outubro de 2013}}
}}
 
Linha 500 ⟶ 490:
A catedral dispõe de dois grandes [[Órgão (instrumento musical)|órgãos]], situados na parte central, abarcando dois tramos altos da nave principal. Foram doados pelo [[António de Monroy|arcebispo Monroy]] e foram fabricados entre 1708 e 1712 por encomenda do capítulo catedralício ao mestre Manuel de la Viña. A caixa é da autoria do arquiteto Antonio Afonsín e do escultor Miguel Romay. Em 1978 os dois órgãos foram fundidos num só; a consola foi então substituída e forma incluídos mecanismos eletrónicos e digitais.{{Harvy|jimgom|Jiménez Gómez|2004|p=9–12}} Os órgão são coroados por uma imagem de Santiago Matamoros, à esquerda, e da aparição da Virgem a Santiago, à direita.{{Carece de fontes|arte|data=dezembro de 2013}}
 
Junto aos pilares que flanqueiam a capela-mor há duas estátuas com função de caixa de [[esmola]]s: [[Santiago Alfeu]]{{dn}} num dos dos lados e Maria Salomé, mãe do apóstolo Santiago, no outro. A estátua do primeiro é do {{séc|XIV}} e tem uma cartela onde se lê ''«Ecce arca Hoperis Beati Iacobi Apostoli»'' ("arca da esperança do apóstolo Santiago"). A estátua de Salomé é de 1527.{{Carece de fontes|arte|data=dezembro de 2013}}
 
Num pilar do cruzeiro há uma pequena coluna adossada de bronze, do {{séc|XIII}}, que segundo a tradição contém o báculo do apóstolo e o do italiano São Franco de Sena, peregrino de Santiago que recuperou a vista graças ao apóstolo.{{Carece de fontes|arte|data=dezembro de 2013}}
Linha 601 ⟶ 591:
<ref name=rlib>{{Citar web|url=http://www.religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=10022|titulo=Santiago y los orígenes del cristianismo en España|acessodata=27 de novembro de 2013|data=23 de julho de 2010|obra=www.religionenlibertad.com|lingua3=es|arquivourl=http://wayback.archive.org/web/20120127164857/http://www.religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=10022|arquivodata=27 de janeiro de 2012}}</ref>
 
<ref name=sapiens>{{Citar web|ultimo=Ocaña Eiroa|primeiro=F. J.|ano=1999|nocaps=x|url=http://www.sapiens.ya.com/rojea/camino/18.htm|titulo=Santiago en los textos literarios|datali=27 de novembro de 2013|obra=www.sapiens.ya.com|lingua3=es|arquivourl=http://wayback.archive.org/web/20090812135014/http://www.sapiens.ya.com/rojea/camino/18.htm|arquivodata=12 de agosto de 2009}}</ref>
 
{{Harvy|name=flor64|florrisco|Flórez & Risco|1765|p=64–65}}
Linha 612 ⟶ 602:
 
<ref name=anoc>
{{Citar web|url=http://venacompostela.com/ano-santo-compostelano|titulo=¿Qué es un Año Santo Compostelano?|datali=27 de novembro de 2013|nocaps=x|ultimo=Santana|primeiro=José María|publicado=Asociación social y cultural Porta do Camiño|obra=venacompostela.com|lingua3=es|arquivourl=http://wayback.archive.org/web/20120205052202/http://venacompostela.com/ano-santo-compostelano|arquivodata=27 de novembro de 2013}}</ref>
 
{{Citar whc.unesco list|ref=un669|669|Caminho de Santiago de Compostela|27 de novembro de 2013}}
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<ref name=rurp1>{{Citar web|url=http://www.ruralpoint.com/destinos-galicia/santiago-de-compostela.html|titulo=Santiago de Compostela|acessodata=30 de novembro de 2013|publicado=www.ruralpoint.com|lingua3=es|arquivourl=http://www.webcitation.org/6LVPlObLw|arquivodata=30 de novembro de 2013}}</ref>
 
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*{{Citation|last=González López|first=Emilio|year=1978|title=Grandeza e decadencia do reino de Galicia|publisher=Galaxia|lingua3=gl|pages=437|isbn=9788471543035|url=http://books.google.pt/books?id=iM4x6g715gkC&pg=PA219|accessdate=27 de novembro de 2013}}
 
*{{Citation|last=Jiménez Gómez|first=Enrique|date=agosto de 2004|title=In corpore et anima: el despertar de los órganos|journal=Música de órgano'04|publisher=Glares gestión cultural|location=Santiago de Compostela|lingua3=es|url=http://www.organfocus.com/features/events/FolletoOrganoSantiago102004.pdf|accessdate=6 de dezembro de 2013|archiveurl=http://wayback.archive.org/web/20130313043645/http://www.organfocus.com/features/events/FolletoOrganoSantiago102004.pdf|archivedate=13 de março de 2013|format=PDF|ref=jimgom}}
 
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