Auxêncio de Milão: diferenças entre revisões

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Em [[359]] Auxêncio desempenhou um papel relevante no [[Concílio de Rimini]], que apoiou os semi-arianos doutrina estabelecida no [[Concílio de Sirmio]] de [[351]]. Auxêncio foi deixado imperturbável em sua diocese, depois da morte de Constâncio "pelo imperador pagão [[Juliano, o Apóstata]] (morto em [[363]]).
 
Sob as seguintes imperadores cristãos, [[Joviano]] e [[Valentiniano I]], <ref name="BBK"/> houve muitas tentativas, infrutíferas, dos defensores da fé de Nicéia para depor Auxêncio. Mas sua doutrina teológica passou a ser amplamente atacada e, em [[364]] [[Hilário de Poitiers]]. <ref>"A campannha anti-ariana de Hilário de Poitiers e o ''Liber Contra Auxentium''. História da Igreja (61.1): s. 7-22. Março 1992.</ref> em uma disputa, realizada em Milão, por ordem do imperador Valentiniano I. Sua submissão era apenas aparente, no entanto, e ele permaneceu poderoso o suficiente para obrigar a saída de Hilário de Milão. Também [[Eusébio de Vercelli]] e [[Atanásio de Alexandria]] tentaram obter a deposição de Auxêncio, mas sem sucesso. Ele se tornou tão proeminente que teve seu nome mencionado especificamente no decreto de condenação adotado pelo [[Concílio de Roma]], em [[369]], que o pontífice [[Papa Dâmaso I|Dâmaso I]], então bispo de Roma, por iniciativa de Atanásio, convocara em defesa da doutrina Nicena. <ref name="catholic"/>
 
A política de Valentiniano, embora niceno, não se envolve em questões religiosas. Tolerante ele permite a permanência dos quatro únicos bispos arianos no ocidente: Auxêncio, [[Valente de Mursa]], [[Ursácio de Singiduno]] e [[Germínio de Sirmione]]. <ref>HASTENTEUFEL, Zeno - Infância e adolescência da igreja, pg 81</ref>
 
Em [[372]] o papa [[Papa Dâmaso I|Dâmaso I]] convocou em Roma um [[Concílio de Roma|sínodo]] que condenou explicitamente Auxêncio como herege. Auxêncio, porém, permaneceu em Milão até sua morte em [[374]], mesmo que o padre niceno Filastro (mais tarde bispo de [[Bréscia]] ) tenha vindo à Milão, em apoio à população católica. Auxêncio foi sucedido pelo Niceno [[Ambrósio]]. A principal fonte de informações sobre a vida de Auxêncio é o ''Liber contra Auxentium'' constante da biblioteca da [[Ordem beneditina]], escrito por Hilário de Poitiers.