Ana da Dinamarca: diferenças entre revisões

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Na Inglaterra, Ana mudou suas energias para patrocinar às artes e construir sua própria corte, hospedando um dos [[Salão literário|salões]] culturais mais ricos da Europa. Ela sofreu vários ataques de doenças depois de 1612 e gradualmente se retirou do centro da vida da corte. Apesar de ter sido relatado que Ana sempre foi uma protestante, evidências sugerem que ela se converteu ao catolicismo em algum momento de sua vida.
 
Historiadores tradicionalmente consideraram Ana como uma rainha sem-peso, frívola e auto-indulgente. Entretanto, reavaliações recentes reconheceram sua independência assertiva e, em particular, sua significância dinâmica como patrona das artes durante a era [[jacobita]].
 
== Família ==
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=== Reputação ===
 
Ana é tradicionalmente vista pelos historiadores, que enfatizam a sua trivialidade e extravagância, com desdém.<ref>Croft, 55.</ref> Juntamente com Jaime, há uma tendência por parte da tradição histórica para lhe dar pouca importância, tradição essa que começa com os historiadores anti-Stuart em meados do [[século XVII]], que viam no comodismo e vaidade da corte jacobina as origens da [[Guerra civil inglesa|Guerra Civil inglesa]]. O historiador [[David Harris Wilson]], nos seus instintos [[liberais]], dá o seguinte veredicto condenatório na sua biografia de Jaime de [[1956]]: ''"Ana tinha pouca influência sobre o seu marido. Não conseguia partilhar dos seus interesses intelectuais e confirmava a adversão ridícula com a qual Jaime via as mulheres. Valha-nos Deus! O rei casou-se com uma esposa estúpida.” '' <ref>Willson, 95.</ref> A biógrafa do século XIX, Agnes Strickland condena as acções de Ana para ganhar a custódia do príncipe Henrique: ''“O carácter de Ana da Dinamarca deve ter sido muito baixo aos olhos de todos, tanto como mulher como rainha por ter (…) preferido ceder o mero instinto da maternidade com o risco de envolver o marido, o filho e o seu reino no conflito e miséria de um bem-estar pouco natural."'' <ref>Strickland (1848), 276.</ref>
 
Contudo, nas últimas duas décadas tem havido uma reavaliação de Jaime como um governante capaz que alargou o poder real na Escócia e manteve os seus reinos em paz durante o seu reinado,<ref>Croft</ref> que tem sido acompanhada por uma reavaliação de Ana como uma figura política influente e mãe assertiva, pelo menos no período em que o casamento real permaneceu estável.<ref>McManus, 82.</ref> [[John Leeds Barroll]] defende na sua biografia cultural de Ana que as suas intervenções políticas na Escócia foram mais significantes, e certamente mais incómodas do que o que foi anteriormente dito; e [[Clare McManus]], entre outros historiadores culturais, destaca a influência de Ana no florescer cultural jacobino, não só como mecenas de escritores e artistas, mas também como uma artista em nome próprio.<ref>Barroll, Anna of Denmark, Queen of England: A Cultural Biography</ref>
 
== Mecenas das artes ==