Governador Supremo da Igreja da Inglaterra: diferenças entre revisões

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O '''Governador Supremo da Igreja de Inglaterra''' (em [[língua inglesa|inglês]]: ''Supreme Governor of the Church of England'') é um título possuído pelo [[Lista de monarcas britânicos|monarca britânico]], que dá direito a ele de liderar a [[Igreja de Inglaterra]].<ref name="monarchtoday">[http://www.royalinsight.gov.uk/output/Page4708.asp The Monarchy Today > Queen and State > Queen and Church > Queen and Church of England]</ref> Mesmo que a autoridade do monarca sobre a Igreja de Inglaterra não seja total, a situação ainda é muito relevante para a Igreja e ainda mais como simbólica. O Governador Supremo nomeia formalmente os altos membros da Igreja sobre o conselho do [[primeiro-ministro do Reino Unido]], que, por sua vez, é aconselhado por líderes da Igreja.<ref name="monarchtoday"/>
 
== História ==
O título foi criado por [[Isabel I de Inglaterra|Isabel I]]. O seu pai, [[Henrique VIII de Inglaterra|Henrique VIII]], foi o responsável pelo rompimento da Igreja inglesa com a autoridade da [[Igreja Católica Romana]] após o [[Papa]] tê-lo [[excomunhão|excomungado]] em 1533, por Henrique ter anulado o seu casamento com [[Catarina de Aragão]]. Em 1536, Henrique rompeu em definitivo com Roma, apreendendo os bens da Igreja na Inglaterra e declarado a [[Igreja de Inglaterra]] como a igreja oficial, com ele na chefia. O [[Ato de Supremacia]] de 1534 confirmou o estatuto do Rei como tendo supremacia sobre a Igreja e exigia que a nobreza prestasse juramento reconhecendo a supremacia de Henrique.<ref name="Catholic Encyclopedia: Henry Viii">[http://www.newadvent.org/cathen/07222a.htm Catholic Encyclopedia: Henry VIII]</ref> A filha de Henrique, [[Maria I de Inglaterra|Maria I]], tentou restaurar fidelidade da Igreja com o Papa e revogou o Ato de Supremacia em 1555.<ref>[http://www.newadvent.org/cathen/09766a.htm Catholic Encyclopedia: Mary Tudor]</ref> Isabel subiu ao trono em 1558 e, no ano seguinte, o [[Parlamento de Inglaterra|Parlamento]] aprovou o [[Ato de supremacia de 1559]], que restaurou o ato inicial.<ref>[http://history.hanover.edu/texts/engref/er79.html Elizabeth's Supremacy Act (1559)]</ref> No entanto, para aplacar os críticos, os nobres eram obrigados a prestar o [[Juramento de Supremacia]], e o monarca passou a ter o título de como ''Governador Supremo da Igreja'', em vez de ''[[Chefe Supremo]]''. Esta formulação evitou a acusação de que a monarquia usurpou a divindade de [[Jesus]] Cristo, a quem a Bíblia identifica como Chefe da Igreja.<ref>Efésios 5:23</ref>
 
[[Fidei Defensor|Defensor da Fé]] fazia parte do título do monarca britânico desde que este foi concedido a Henrique VIII pelo [[Papa Leão X]], em 1521, em reconhecimento do papel que Henrique teve na oposição à [[Reforma Protestante]].<ref name="Catholic Encyclopedia: Henry Viii"/> O Papa retirou o título, mas foi mais tarde reconferido pelo Parlamento, no reinado de [[Eduardo VI de Inglaterra|Eduardo VI]].
 
=== Os Trinta e Nove Artigos ===
O que se segue está escrito e reconhecido no Prefácio dos ''[[Trinta e Nove Artigos de Religião]]'' de 1562. Ele afirma que:
 
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"Sendo por Ordenação de Deus, de acordo com o Nosso justo Título, Defensor da Fé e Governador Supremo da Igreja, dentro destes Nossos domínios, Nós asseguramo-la mais agradável por este Nosso Majestoso Gabinete, e pelo Nosso próprio zelo religioso, para conservar e manter a Nossa Igreja empenhada no Dever, na Unidade da verdadeira religião, e na obrigação de Paz (...) Temos, portanto, após madura deliberação, bem como com os Conselhos de tantos dos Nossos Bispos que possam ser convenientemente chamados juntos, pensamento apto a fazer presente Declaração seguinte (...) Que Nós somos o Governador Supremo da Igreja da Inglaterra ... "
</blockquote>
 
O Artigo 37.º torna esta reivindicação da [[real supremacia]] mais explícito:
 
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|}
 
{{ref-sectionreferências}}
 
{{Anglicanismo}}