Afrika Korps: diferenças entre revisões

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O '''''Deutsches Afrikakorps''''' (ou simplesmente '''''Afrika Korps'''''<ref>''Afrika Korps'' é derivado do nome original em alemão escrito corretamente em uma palavra. Estritamente falando, o termo se refere à formação inicial que, embora não difundido, tornou-se parte da pronúncia intermediária entre o alemão e italiano, no Norte de África. No entanto, muitas vezes é utilizada pela mídia e veteranos soldados aliados como um definição para todas as unidades alemãs no norte da África</ref>''' ou '''DAK'''{{Audio|De-Deutsches Afrikakorps-pronunciation.ogg|<small>ouvir</small>}}) é o conjunto das forças da [[Alemanha]] na [[Líbia]] durante a Campanha do Norte da [[África]] na [[Segunda Guerra Mundial]]. Foi formado a [[19 de Fevereirofevereiro]] de [[1941]], após o [[Oberkommando der Wehrmacht|OKW]] (Comando das Forças Armadas) ter decidido enviar uma força expedicionária para ajudar o exército italiano, que tinha sido alvo da contra-ofensiva britânica, a Operação Compasso. A força expedicionária alemã, comandada por [[Erwin Rommel]], no início consistia do 5º Regimento Panzer e de várias outras pequenas unidades.
 
== Comandantes ==
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* General der Panzertruppen [[Hans Cramer]] (28 fevereiro 1943 - 16 maio 1943)
 
[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 101I-783-0142-22, Nordafrika, Soldat mit Panzerbüchse.jpg|right|200px|thumb|Soldado alemão em campanha no Norte da África.]]A filosofia central de [[Rommel]] era atacar primeiro, com rapidez, mobilidade, surpreendendo e desorientando o inimigo. Devido as características da guerra no [[deserto]], o avanço de grandes distâncias, empurrando o inimigo para trás de suas linhas, era possível, utilizando-se da surpresa e do poder de fogo concentrado. O calcanhar de Aquiles era a logística de suprimentos, extremamente dificultada, já que os italianos, responsáveis pelo abastecimento das tropas, tinham que atravessar o mediterrâneo com seus navios para abastecer as tropas do Afrikakorps, e para dificultar ainda mais a operação logística, os desembarques de suprimentos e combustíveis ocorriam em [[Benghazi]] ou [[Trípoli]], tendo que percorrer longas distâncias em caminhões até a frente de batalha, mesmo tendo sido conquistados [[Tobruk]] e [[Batalha de Marsa Matruh|Mersa Matruh]], posições mais avançadas. Algum reabastecimento de combustível via aérea foi feito pela [[Luftwaffe]], mas em geral inexpressivo, pois esta também não vivia seus melhores momentos. Também a frente africana não era a prioridade do alto comando alemão, portanto não foram realizados os maiores esforços no sentido de atender as necessidades dessa frente.
 
[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 101I-783-0142-22, Nordafrika, Soldat mit Panzerbüchse.jpg|200px|thumb|esquerda|Soldado alemão em campanha no Norte da África.]]
Algumas unidades se tornaram notáveis em combate, incluindo a 15 ª Divisão, 21 ª Divisão Panzer, divisão inicialmente criada como uma divisão de infantaria e, lentamente, atualizada para uma divisão totalmente motorizada. A seguir foi redefinida como 90ª Divisão Ligeira Afrika. Outras como 164ª Divisão Ligeira Afrika, a 999ª Divisão Ligeira Afrika, e também a 334ª Divisão de Infantaria, e da Brigada Luftwaffenjäger-1 ou [[Brigada_Paraquedista_Ramcke|Fallschirmjäger-Ramcke]] ''Ramcke Parachute Brigade'' (Brigada de Paraquedistas Ramcke, em homenagem a seu comandante [[Hermann-Bernhard_Ramcke]]). Havia também oito divisões italianas (das dez divisões italianas no norte da África), sob o comando de Rommel no Exército Panzer Afrika, incluindo duas divisões blindadas, duas divisões motorizadas, três divisões de infantaria, e a Divisão de Paraquedistas Folgore<ref>Esta Divisãodivisão Paraquedistaparaquedista (185ª ''Divisione Paracadutisti Folgore''), pertencia ao [[Exército Italiano]], operando de [[1941]] a [[1943]], tendo seu grande destaque na [[Batalha de El Alamein]], no Egito. O contingente havia sido criado para a operação da Invasãoinvasão de [[Malta]], no entanto foi deslocada para Africaa África do Norte, para apoiar o Exército Alemão. Na Batalha de El Alamein, foi sacrificada para permitir a retiradas das Divisões Panzer, estes resistiriam até o final da batalha, sendo inclusive elogiados por Churchill na Câmara dos Comuns em 21 de novembro de 1942: ''"Devemos todos nos curvar frente àqueles últimos, que foram os leões da Divisão Folgore"'' <sup>África Korps; Carrel, Paul; Editora Flamboyant, 1964.</sup></ref>
 
Partindo de Trípoli, o Afrikakorps correu a costa do norte da [[Africa]], derrotando os ingleses, passando pela [[Cirenaica]], Gazala, [[Tobruk]], indo em direção ao [[Egito]], onde pretendia tomar posse de fontes combustíveis que ajudariam o Afrikakorps a manter seus tanques rodando. A essa altura, os ingleses vinham reestruturando suas forças no Egito, visando um contra ataque. Essa reestruturação deveu-se principalmente ao plano de arrendamento fechado com os [[Estados Unidos]], conseguido com muito tato por [[Winston Churchill]], onde o general [[Bernard Montgomery]] começa a receber muitos [[Sherman]]´s e todo tipo de material bélico e suprimentos. Passamos já da metade de [[1942]]. A virada Britânica deu-se em [[El Alamein]], onde os combustíveis do Afrikakorps praticamente acabam, e a ofensiva passa a ser dos ingleses. Começa então o caminho de volta para o Afrikakorps, sem que este tivesse tido autorização dode [[FührerAdolf Hitler]] para reorganizar atrás das linhas (a famosa ordem dedo [[HitlerFührer]] - Vitória ou morte) até a rendição do que sobrou do exército de Rommel em [[Medjez el Bab]], em maio de [[1943]]. Rommel encontrava-se já evacuado do teatro africano, em fevereiro de [[1943]], internado em um hospital na [[Alemanha]].
 
Em 7 de abril de 1943, ao final dos combates, o destino e a história registaria um fato que tentaria mudar o destino da Segunda Guerra Mundial. Um caça-bombardeiro inglês, mergulha e atinge carro do Tenentetenente-Coronelcoronel Stauffenberg ([[Claus Schenk Graf von Stauffenberg]]), que comandava uma retirada. O mesmo tomba gravemente ferido, sendo socorrido imediatamente por um carro-hospital que acompanhava a retirada. Os homens da Blindada 90 (Regimento de Artilharia Blindada 90), o acompanharam sem saber que aquele homem posteriormente uniria-se aà [[resistência alemã]] e entraria para a história.<ref>África Korps; Carrel, Paul; Editora Flamboyant, 1964, pag 422</ref>
 
== Capitulação ==
Na tarde de 12 de maio o Generalgeneral [[Hans-Jürgen von Arnim|von Arnim]], Comandante-chefe do Afrika Korps ofereceu ao inimigo a capitulação do Grupo de Exércitos e do Afrika Korps. O Generalgeneral [[Hans Cramer|Cramer]] enviou sua última mensagem:
 
:''Ao Comando Superior da Wermacht. Munições atiradas até ao fim, armas e equipamentos destruídos. o Afrika Korps, de acordo com as ordens lutou até ao final. O Afrika Korps deverá renascer. Assinado Cramer.''
 
Em 12 de maio às 18:00 a 90ª Ligeira capitulou. Em 13 de maio às 11:00 a 164ª Divisão Ligeira Afrika depôs as armas. Ao final, 130.000 soldados alemães foram aprisionados, 18.594 ficaram para trás enterrados no [[Egito]], na [[Líbia]] e na [[Tunísia]], mais de 3.400 desaparecidos. O número de alemães que findaram seus dias, quer durante vôosvoos sobre o [[Mediterrâneo]], quer no fundo do mar ainda é desconhecido. As autoridades italianas indicam uma cifra de 13.748 mortos, destes somam-se 8.821 desaparecidos
 
Rendeu-se aos aliados em [[12 de maio]] de [[1943]], nos arredores de [[Túnis]], na atual [[Tunísia]], 773 dias após o início da ofensiva que colocou a forças aliadas no Norte da África de joelhos, capitulava o Lendáriolendário Afrika Corps.
 
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== {{Bibliografia}} ==
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* África Korps; Carrel, Paul; Editora Flamboyant, 1964.
* Memórias de Rommel, 4° edição; Rommel, Erwin; Editora Aster Lisboa.
* Coleção 70º Aniversário da Segunda Guerra Mundial - Fascículo 18, Abril Coleções 2009
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== {{Ver também}} ==
* [[Tobrouk (militar)|Tobrouk]]
 
== {{Ligações externas}} ==
{{commonscat|Afrika Korps}}
* {{Link|pt|2=http://www.grandesguerras.com.br/artigos/text01.php?art_id=7 |3=Grandesguerras - ''A vida no Afrika Korps''}}