Germânia Inferior: diferenças entre revisões

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'''Germânia Inferior''' foi uma [[província romana|província]] do [[Império Romano]] localizada na margem ocidental do [[Reno]], no território da moderna [[Alemanha]]. De acordo com [[Ptolemeu (geógrafo)|Ptolemeu]] (''[[GeographiaGeografia (Ptolemeu)|GeographiaGeografia]]'' 2.9), a província abrangia a bacia do Reno desde a foz até a foz do ''Obringa'', um rio que tem sido identificado como sendo ou o [[Aar]] ou o [[rio Mosela|Mosela]]<ref>"Obringa" em Bruzen la Martiniere, ''Le Grand Dictionnaire Geographique'' Volume 6, 1737;
Albert Forbiger, ''Handbuch Der Alten Geographie'' Volume 3, Mayer und Wigand, 1848, [http://books.google.ch/books?id=AvwoAAAAYAAJ&pg=PA127 fn (***) p. 126f.]</ref>. Este território inclui o território atual de [[Luxemburgo]], o sul dos [[Países Baixos]], parte da [[Bélgica]] e parte da [[Renânia do Norte-Vestfália]].
 
 
== Geografia e história ==
O exército da Germânia Inferior aparece nas [[epigrafia|inscrições]] tipicamente como {{smallcaps|EX.GER.INF.}} (''Exercitus Germaniae Inferioris'') e incluía diversas [[legião romana|legiões]], com o número variando de acordo com o período: destas, a [[Legio I Minervia|I ''Minervia'']] e a [[Legio XXX Ulpia Victrix|XXX Úlpia Victrix]] eram as mais que mais frequentemente estavam na Germânia. A frota ''[[Classis Germanica]]'' da [[marinha romana]], encarregada de patrulhar o Reno e a costa [[Mar do Norte]], estava baseada em Castra Vetera e, posteriormente, e Colônia Agripinense.
 
Os primeiros confrontos entre o exército romano e os povos da Germânia Inferior ocorreram ainda durante as [[Guerras Gálicas]] de [[Júlio César]], que invadiu a região em {{AC|57 a.C.|x}} e, nos três anos seguintes, aniquilou diversas tribos, inclusive os ''[[eburones]]'' e os [[menápios]], a quem ele chamou de "germânicos", mas que eram provavelmente [[celtas]] ou, pelo menos, celto-germânicas. A influência germânica (principalmente através dos [[tungros]]) aumentou durante o período romano, levando à assimilação completa de todas os celtas da região.
 
A Germânia Inferior já tinha assentamentos romanos em {{AC|50 a.C.|x}} e foi, a princípio, parte da [[Gália Bélgica]]; ela foi separada numa província separada por volta de 80 ou 83 e, posteriormente, tornou-se uma [[província imperial]]. Ela estava ao norte da [[Germânia Superior]] (o adjetivo "Inferior" é uma referência à posição no curso do Reno, equivalendo ao "baixo Reno") e as duas juntas compunham a [[Germânia Menor]].
 
== Cidades ==
Os principais assentamentos romanos na província eram [[Castra Vetera]] e a [[Colônia Úlpia Trajana]] ([[Xanten]]), [[Corióvalo]] ([[Heerlen]]), [[Albaniana]] ([[Alphen aan den Rijn]]), [[Lugduno Batavoro]] ([[Katwijk]]), {{ilc|Fórum Adriano||Forum Hadriani}} ([[{{ilc|Voorburgo||Voorburg]]}}), [[Úlpia Noviômago Batavoro]] ([[Nimegue]]), [[TraiectoTrajeto (cidade)|Trajeto]] ([[Utreque]]), [[Atuatuca Tungroro]] ([[Tongeren]]), [[Bona]] e [[Colônia Agripinense]] ([[Colônia (Alemanha)|Colônia]]), a capital da província.
{{Clear}}{{Âncora|Germânia II|Germânia Secunda}}
 
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Como se atesta na ''[[Notitia Dignitatum]]'' do início do século {{séc|V}}, a província foi renomeada para '''Germânia Secunda''' (ou '''Germânia II''') no século {{séc|IV}} durante a [[reforma de Diocleciano|reforma administrativa]] do [[imperador romano]] [[Diocleciano]] ({{nwrap|r. |284-|305)}} e passou a se subordinar à [[Diocese da Gália]]. Até o fim do controle romano, ela foi uma província fortemente militarizada habitada por cidadãos romanos e [[francos ripuários]]. Sua capital permaneceu sendo Colônia Agripinense, que também tornou-se a sede do [[bispo de Colônia|bispo cristão]] encarregado da [[província eclesiástica]] que sobreviveu até a época da [[queda do Império Romano do Ocidente]].
 
Depois que a região foi abandonada pelos romanos, acabou tornando-se a centro do [[Reino Franco]].