Maurício Grabois: diferenças entre revisões

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'''Maurício Grabois''' ([[Salvador (Bahia)|Salvador]], [[2 de outubro]] de [[1912]] — [[Xambioá]], [[25 de dezembro]] de [[1973]]) foi umterrorista, guerrilheiro e [[político]] brasileiro, um dos fundadores do [[Partido Comunista do Brasil]] (PCdoB) e um de seus dirigentes desde a criação do partido até sua morte na [[Guerrilha do Araguaia]], em 25 de dezembro de 1973. Foi um dos principais líderes [[comunismo|comunistas]] do [[Brasil]], junto com [[Luís Carlos Prestes]], [[Carlos Marighella]] e [[João Amazonas]].
 
== Juventude e militância ==
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Com a orientação do [[Komintern]] para que os partidos comunistas apoiassem os governos locais que lutassem contra o [[Eixo]] e a entrada do Brasil na [[Segunda Guerra Mundial]] do lado aliado, em [[1943]], o PCB organizou a [[Conferência da Mantiqueira]]. A comissão organizadora do evento foi chefiada por Grabois. Na ocasião, foi eleito para o [[Comitê Central]] do partido.
 
A derrubada de [[Getúlio Vargas]] e a legalização do PCB levaram o partido a entrar na vida democrática institucional brasileira, e Grabois foi eleito [[deputado federal]]<ref name="Eremias"/> como companheiro de chapa de Prestes, eleito senador. Participou da [[Constituição brasileira de 1946|Assembleia Constituinte]] de [[1945]]-[[1946]] e liderou a bancada comunista, que tinha então 14 deputados (entre eles [[Jorge Amado]]), [[João Amazonas]], [[Carlos Marighella]] e [[Luiz Carlos Prestes]]. Também foi membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
 
Em [[1947]], no entanto, o registro do partido foi cassado, e o PC do B passou a ser ilegal, mas continuando a existir e atuar na clandestinidade. Grabois trabalhou como relator do programa do partido e ajudou a organizar o IV Congresso do PCB em [[1954]], sendo reeleito para o Comitê Central.
 
Em [[1956]], [[Nikita Khrushchov]] faz um discurso no XX Congresso do [[Partido Comunista da União Soviética|PCUS]] denunciando os crimes de [[Josef Stalin]] e renegando o legado do líder soviético. A mudança de orientação (conhecida como [[Revisionismo]]) provoca a reorganização do PCB e, em 1962, junto com [[João Amazonas]], [[Pedro Pomar]], [[Anexo:Lista de guerrilheiros do Araguaia|Carlos Danielli]] e outros, Grabois reorganiza o Partido Comunista do Brasil, mas com a sigla PCdoB.
 
== Luta armada ==
A partir de [[1964]], quando os militares dão um [[golpe de Estado]] no Brasil e tomam o poder, os comunistas se dividem entre os que defendem a oposição clandestina, aliada aos democratas de centro-direita (depois organizados no [[Movimento Democrático Brasileiro|MDB]]) e os que optam pelo combate aberto ([[guerrilha]] urbana e rural). Maurício Grabois foi um dos principais defensores da posição em defesa da [[luta armada]] no partido. Em [[1966]], uma conferência aprova a adoção de "táticas revolucionárias" para tentar derrubar o [[regime militar de 1964|regime militar]] e implantar um regime comunista no Brasil.
 
Para dar início a uma guerrilha na [[Floresta Amazônica]], Grabois chegaestabeleceu-se na região do Araguaia, onde foi um dos primeiros a chegar para organizar uma forte linha de resistência ao regime da época. Chega à região do [[Araguaia]] em dezembro de [[1967]], para organizar o levante revolucionário. Levou para lá o filho [[André Grabois]], morto em combate em [[1972]]. Grabois comandou por seis anos a chamada [[Guerrilha do Araguaia]], no [[estado]] do [[Pará]], até ser morto por forças do Exército no dia de natal de 1973, junto com mais três companheiros, um deles seu [[genro]], [[Anexo:Lista de guerrilheiros do Araguaia|Gilberto Olímpio Maria]].<ref name="Eremias"/>
 
== Diário ==