Élia Zenonis: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 30:
Basilisco e Verina se aproveitaram da situação para iniciar uma conspiração com objetivo de derrubar Zenão. Em 475, uma revolta popular contra o imperador irrompeu na capital. Com o apoio dos militares liderados por Estrabão, Illo e [[Armato]], os revoltosos conseguiram tomar o controle de Constantinopla. Verina convenceu seu genro a deixar a cidade e Zenão então fugiu para sua terra natal levando consigo alguns dos isaurianos da capital e o tesouro imperial. Basilisco foi aclamado ''[[augusto (honorífico)|augusto]]'' em 9 de janeiro de 475.
 
Zenonis foi declarada ''[[augusta (honorífico)|augusta]]'' imediatamente depois do vitorioso [[golpe de estado]] e [[Marcos (filho de BasilíscoBasilisco)|Marcos]], o primogênito do novo casal imperial, foi declarado primeiro [[césar (título)|césar]] e, depois, um ''augusto'', co-imperador com o pai. Basilisco e Zenonis apoiaram a causa [[monofisita]]<ref name="penelope.uchicago.edu"/> primeiro restaurando dois de seus líderes, o [[patriarca de Alexandria]] [[Timóteo II de Alexandria|Timóteo II]] e [[patriarca de Antioquia|o de Antioquia]], [[Pedro, o Pisoeiro]], aos seus respectivos trono e, em seguida, por sugestão de Timóteo, emitindo uma carta circular aos [[bispo]]s (''Enkyklikon'') em 9 de abril de 475 urgindo-os a aceitarem como válidos apenas os três primeiros [[concílio ecumênico|concílios ecumênicos]] e a rejeitarem o [[Concílio de Calcedônia]]<ref name="catholic">{{1913CE|Pope St. Simplicius}}</ref>. Todos os bispos deveriam assinar o édito. Ainda que a maioria dos bispos orientais tivesse aceitado a carta, o [[patriarca de Constantinopla|patriarca]] [[Acácio de Constantinopla]] se recusou e, com o apoio da população da cidade que cada vez mais desdenhava Basilisco, enrolou em panos pretos os [[ícone]]s em [[Hagia Sophia|Santa Sofia]]<ref>[[Evágrio Escolástico]].</ref>;
 
De acordo com algumas passagens no "[[Suda]]", Zenonis era amante de um sobrinho do marido, [[Armato]]. [[J. B. Bury]] cita a passagem da seguinte forma: ''"Basilisco permitiu que Armato, mesmo sendo seu parente, que se associasse livremente com a imperatriz Zenonis. A amizade dos dois se tornou íntima, pois eram ambos pessoas de beleza extraordinária e eles ficaram extravagantemente apaixonados um pelo outro. Eles costumavam trocar olhares, viravam com frequência a cabeça para trocarem sorrisos; e a paixão a que eles eram obrigados a esconder era a causa de tristeza e agonia. Eles contaram o problema para Daniel, um [[eunuco]], e para Maria, uma [[parteira]], o que não curou a doença pelo remédio de fazê-los ficar juntos. Então Zenonis convenceu Basilisco a conceder ao amante o cargo mais alto na cidade"''<ref name="penelope.uchicago.edu"/>. O trecho faz referência ao fato de Zenonis ter supostamente convencido Basilisco a nomear Armato para o cargo de [[mestre dos soldados na presença]] (''magister militum praesentialis''). Ele também recebeu um [[cônsul romano|consulado]] em 476, juntamente com o próprio Basilisco<ref name="armatos">[[Suda]], s.v. ''Ἁρμάτος''.</ref><ref>[[Prosopografia do Império Romano Tardio]], vol. 2</ref>