Jorge I da Geórgia: diferenças entre revisões

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|sucessor =[[Bagrate IV da Geórgia|Bagrate IV]]
|herdeiro =
|consorte =[[Maria de VaspuracanVaspurakan]]<br>[[Alde da Alânia]]
|filhos ='''Com Maria:'''<br>[[Bagrate IV da Georgia|Bagrate IV]]<br />[[Gurandukht (filha de Jorge I da Geórgia)|Guarandukht]]<br />Marta<br />[[Kata (filha de Jorge I da Geórgia)|Kata]]<br />'''Com Alde:'''<br>[[Demétrio de Anacópia|Demétrio]]
|dinastia =[[Bagrationi]]
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|morte ={{morte|16|08|1027|||998}}
|cidademorte =[[Mqinwarni]] ou [[Itaroni]]
|sepultamento=[[Catedral Bagrati]], [[CutaisiKutaisi]]
}}
'''Jorge I da Geórgia''' ({{langx|ka|გიორგი I||''Giorgi I''}}), da [[Casa de Bagrationi]], foi um [[rei da Geórgia]] entre 1014 e sua morte em 1027 que passou a maior parte de seu reinado numa sangrenta e infrutífera guerra territorial contra o [[Império Bizantino]].
 
== Primeiros anos ==
Jorge nasceu em 998 ou, de acordo com uma versão mais recente das "[[Crônicas Georgianas]]", em 1002, filho do rei [[Bagrate III da Geórgia|Bagrate III]]. Quando seu pai morreu, em 7 de maio de 1014, herdou os reinos da [[Reino da Abecásia|Abecásia]], [[CártliaKartli]] (''Kartli'') e a [[Cachétia]] reunidos num único domínio da Geórgia. Como seu predecessor, Jorge continuou a ser intitulado "rei dos abecásios (''"ap'xaz"'') e dos georgianos (''"k'art'veli"''). Fontes da época, porém, frequentemente omitiam um dos dois títulos para abreviá-lo.
 
A pouca idade do novo soberano foi imediatamente explorada pelos grandes nobres, que vinham sendo oprimidos pelo duro governo de Bagrate III. No ano da morte dele ou pouco depois, as províncias mais orientais da [[Cachétia]] (''Kakheti'') e [[Hereti]], que haviam sido conquistadas com muito esforço por Bagrate III, se revoltaram e reinstalaram um governo local sob a liderança de [[Kvirike III da Cachétia|Kvirike III]] {{nwrap|(r.| 1010/4|&ndash;1029}}), que também incorporou uma parte da região vizinha de [[Arran (Azerbaijão)|Arran]] (''Ran''), o que lhe deu condições de se auto-proclamar "rei dos cachétios e ranianos". Jorge I não conseguiu impedir a [[secessão]] e tentou se aliar ao novo reino ao invés de reincorporá-lo à Geórgia, o que deixou para os herdeiros de Kvirike uma reivindicação ao trono que perduraria muito tempo.
 
== Guerra e paz com os bizantinos ==
O maior evento político e militar do reinado de Jorge, a guerra contra o [[Império Bizantino]], tem sua raiz na década de 990, quando o príncipe georgiano [[David III Curopalata]], depois de sua fracassada revolta contra o [[imperador bizantino|imperador]] [[Basílio II]], teve que concordar em deixar como herança ao imperador suas extensas propriedades em [[Tao (região histórica)|Tao]] e redondezas. Todos os esforços realizados pelo enteado de David e pai de Bagrate IV, Bagrate III, para evitar a anexação foram em vão. Jovem e ambicioso, Jorge se lançou em uma campanha para restaurar o território georgiano dos curopalatas e ocupou Tao em 1015/6. Ele também se aliou ao [[califa fatímida]] do [[Califado Fatímida|Egito fatímida]], [[al-Hakim bi-Amr Allah|al-Hakim]] (r. 996&ndash;1021), um acordo que criou grande dificuldade para Basílio e impediu que o imperador respondesse rapidamente à ofensiva.
 
Além disso, os bizantinos estavam, na época, envolvidos em sua implacável guerra contra o [[Primeiro Império Búlgaro|Império Búlgaro]] no ocidente. Mas tão logo a [[Conquista bizantina da Bulgária|Bulgária foi conquistada]] e al-Hakim morreu, Basílio liderou seu exército contra o [[Reino da Geórgia]]. Uma [[Guerras bizantino-georgianas|custosa guerra]] se arrastou por dois anos e terminou em uma [[Batalha de Svindax|vitória decisiva de Basílio]] que forçou Jorge a concordar com um tratado de paz cujos termos o obrigaram não apenas a abandonar seus direitos sobre Tao, mas render diversos outros domínios no sudoeste a Basílio e deixar seu filho de três anos de idade, [[Bagrate IV da Geórgia|Bagrate]], como refém na corte bizantina. Depois do tratado, o [[Católico-Patriarca de Toda Geórgia|católico-patriarca]] [[Melquisedeque I da Geórgia]] visitou [[Constantinopla]] e conseguiu ajuda financeira para a construção do ''"[[Svetitskhoveli]]"'' (literalmente, o "Pilar Vivo"), uma grande [[Igreja Ortodoxa Georgiana|catedral ortodoxa]] na cidade georgiana oriental de [[MtschetaMtskheta]].
 
Depois disso, Basílio manteve a paz com a Geórgia, permitindo inclusive que o príncipe Bagrate voltasse para casa dois anos depois (1025). Porém, o novo imperador, [[Constantino VIII]], sucessor de Basílio, decidiu trazê-lo de volta, mas o enviado imperial não conseguiu mais recuperar o garoto, que já estava seguro com os georgianos. As relações entre os dois estados se deteriorou rapidamente a partir daí, principalmente depois que uma conspiração organizada por um Nicéforo Comneno, um [[arconte]] de [[VaspuracanVaspurakan]], e que supostamente teria tido o envolvimento de Jorge I, foi descoberta.
 
Jorge I estava evidentemente se preparando para vingar sua derrota, mas morreu subitamente em [[Trialeti]] em 16 de agosto de 1027. Foi enterrado na [[Catedral Bagrati]] em sua capital, [[CutaisiKutaisi]]. Uma cova recém-descoberta que teria sido roubada no século XIX foi proposta como sendo de Jorge I.
 
Jorge I estava evidentemente se preparando para vingar sua derrota, mas morreu subitamente em [[Trialeti]] em 16 de agosto de 1027. Foi enterrado na [[Catedral Bagrati]] em sua capital, [[Cutaisi]]. Uma cova recém-descoberta que teria sido roubada no século XIX foi proposta como sendo de Jorge I.
 
== Família ==
Jorge I casou-se duas vezes. A primeira com uma [[Reino da Armênia (medieval)|princesa armênia]] [[Maria de VaspuracanVaspurakan]], com quem teve:
* [[Bagrate IV da Geórgia]], seu sucessor.
* [[Gurandukht (filha de Jorge I da Geórgia)|Guarandukht]]