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== Biologia ==
[[Ficheiro:Cochineal drawing.jpg|250px|thumb|Cochonilhas fêmea (à esq.) e macho (à dir.)]]
Originário do [[México]], medeMede de 3 a 5 milímetros de comprimento, é geralmente marrom ou amarelo, e se alimenta parasitando a seiva de [[Cactaceae|cactos]] e plantas e da umidade ali presente. Dentro da classe dos insetos, as cochonilhas são classificadas na ordem [[Hemiptera]], sendo parentes próximas das [[cigarrinha]]s, [[cigarra]]s e dos [[pulgão|pulgões]]. São conhecidas mais de 67.500 espécies de Hemiptera.
 
Originário do [[México]], mede de 3 a 5 milímetros de comprimento, é geralmente marrom ou amarelo, e se alimenta parasitando a seiva de [[Cactaceae|cactos]] e plantas e da umidade ali presente. Dentro da classe dos insetos, as cochonilhas são classificadas na ordem [[Hemiptera]], sendo parentes próximas das [[cigarrinha]]s, [[cigarra]]s e dos [[pulgão|pulgões]]. São conhecidas mais de 67.500 espécies de Hemiptera.
 
Para defender-se da predação por outros insetos, produz [[ácido carmínico]], que extraído de seu corpo e ovos é utilizado para fazer o corante alimentício que leva seu nome.
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=== História ===
O corante cochonilha é conhecido e utilizado desde asa antiguidade clássica,<ref>Rodrigues, Sérgio. [http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/curiosidades-etimologicas/vermelho-da-cor-do-verme/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+SobrePalavras+%28Sobre+Palavras%29 Vermelho da cor do verme]. Publicado em 07 de abril de 2015.</ref> tendo sido também utilizado pelas civilizações [[asteca]] e [[maia]]. A História relata que onze cidades conquistadas por [[Montezuma]] no [[século XV]] pagaram-lhe um tributo em forma de dois mil cobertores de algodão e quarenta sacos de corante cada uma.<ref name="tym">{{cite web | author=Threads In Tyme, LTD | title=Time line of fabrics | work= | url=http://threadsintyme.tripod.com/id63.htm | accessdate=July 14 | accessyear=2005 }}<br /></ref> Durante o [[Nova Espanha|período colonial mexicano]], a produção do corante cochonilha (conhecido por ''grana fina'') cresceu rapidamente. Produzido quase exclusivamente em [[Oaxaca]], por produtores indígenas, a cochonilha se tornou o segundo produto em valor exportado do México, superado apenas pela prata.<ref name="behan">{{cite web | author=Jeff Behan | title=The bug that changed history | work= | url=http://www.gcrg.org/bqr/8-2/bug.htm | accessdate=June 26 | accessyear=2006 }}<br /></ref> O corante era consumido em larga escala na [[Europa]] e seu valor era tão alto no mercado industrial que seu preço chegou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Londres e Amsterdam.
 
Após a [[Guerra da Independência do México]], entre [[1810]]–[[1821]], o monopólio da produção de cochonilha chegou ao fim. Produções em larga escala começaram a ser feitas na [[Guatemala]] e nas [[Ilhas Canárias]]. Introduzido na ilha da Madeira no século XIX,através de uma planta chamada tabaibeira,cedo galgou terreno e tornou-se uma praga que no verão produz um saboroso fruto chamado tabaibo. A demanda por cochonilha diminuiu ainda mais quando surgiu no mercado a [[alizarina]], derivada das raízes da [[garança]] (''[[Rubia tinctorum]]''), em 1869 e durante o resto do século XIX com os corantes sintéticos. Isto representou um grande choque para a Espanha, já que diversas fábricas produtoras de corante cochonilha faliram por não conseguirem competir com seu processo praticamente artesanal de cultivo do inseto em face da escala industrial dos corantes sintéticos com seus preços em queda devido ao aumento na produção.