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{{PU-FO43|Paideia|Paidéia}}, ({{lang-grc|παιδεία}} ''paideia'') refere-se ao sistema de educação e formação educacional das culturas grega e [[Helenismo|helenistas]] (greco-romana) que incluíam temas como ginástica, gramática, [[retórica]], música, matemática, geografia, história natural e [[filosofia]],<ref name="Paideia">{{Citar web | url=http://global.britannica.com/EBchecked/topic/438425/paideia|título=Paideia|acessodata=15/03/2014|autor=|data= |formato= |publicado= Encyclopædia Britannica|páginas=|língua=|citação=}}</ref> ou as chamadas [[artes liberais]].<ref name="DavenportFronto2014">Caillan Davenport; Marcus Cornelius Fronto; Jennifer Manley. ''[http://books.google.com/books?id=WbAJAgAAQBAJ&pg=PA83 Fronto: Selected Letters]''. A&C Black; 2014. ISBN 978-1-78093-442-6. p. 83.</ref> A ''paideia'' era um campo de competição formal especialmente para membros da elite, os ''agones'' de retórica (competições) existiam desde a escola e em grande número em festivais locais e regionais.<ref name="Peachin2011">Michael Peachin. ''[http://books.google.com/books?id=RDSI1V12ueIC&pg=PA309 The Oxford Handbook of Social Relations in the Roman World]''. Oxford University Press; 2011. ISBN 978-0-19-518800-4. p. 308 – 309.</ref>
 
== História ==
===Grécia===
O conceito formou-se na [[Grécia Antiga]], e mais especificamente em [[Atenas]]. Inicialmente, a palavra ''paideia'' (de ''paidos'' - criança) significava simplesmente "criação de meninos". e seu escopo era limitado a uma instrução elementar em [[ginástica]] e música - "música" no sentido das disciplinas presididas pelas [[Musas]]. O sistema de educação, antes do século V a.C., que veio a ser conhecido como "Sistema Antigo", não era bem estruturado, o ensino podia ser ministrado conforme a aptidão e disponibilidade dos professores e alunos, e era muito dependente da iniciativa individual. Refere [[Platão]] que o ensino não tinha uma duração determinada, mas uma vez deixada a adolescência esperava-se que a pessoa passasse a completar sua educação por conta própria na vida em sociedade. Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.<ref name="Lynch">Lynch, John Patrick. ''Aristotle's School; a Study of a Greek Educational Institution''. University of California Press, 1972, pp. 33-34</ref>
 
===A paideia na Grécia===
Aparentemente os jovens recebiam a educação em dois espaços distintos: um para a ginástica e outro para a música, mas a princípio qualquer lugar podia ser aproveitado. Contudo, a formação em ginástica exigia equipamentos especiais, encontrados em geral nas [[palestra]]s, que eram simples "escolas de luta", mantidas por privados e existentes em grande número, ao passo que os [[ginásio]]s públicos eram poucos, mas mais estruturados, e em geral destinados à prática esportiva de adultos e ao preparo dos atletas que deveriam participar dos Jogos, entre outros usos, que incluíam o treinamento dos [[efebo]]s que ingressavam na vida militar, ministrado por oficiais do governo. Este treinamento também fazia parte da paideia, uma vez o exercício militar era obrigatório e parte importante na vida da Grécia Antiga, embora pouco se saiba com segurança sobre ele.<ref>Lynch, pp. 35-36</ref>
O conceito formou-se difusamente no [[período Arcaico]] da [[Grécia Antiga]], e cristalizou-se mais especificamente em [[Atenas]] no [[período Clássico]]. O desenvolvimento do conceito tem gerado considerável debate entre os historiadores, havendo muitas opiniões divergentes, e mesmo na Grécia ele era entendido de várias formas, que mudaram ao longo do tempo. No entanto, havia um padrão genérico nitidamente reconhecido. Inicialmente, a palavra ''paideia'' (de ''paidos'' - criança) significava simplesmente "criação de meninos", e seu escopo era limitado a uma instrução em [[ginástica]] e música - "música" no sentido das disciplinas presididas pelas [[Musas]], que incluíam, entre outros, elementos de história, eloquência, dança, religião e música propriamente dita. Tinha entre seus objetivos mais centrais a transmissão dos costumes coletivos, e de fato era a expressão e reflexo desses mesmos costumes que passavam de geração em geração. De acordo com Kevin Robb, os gregos reconheciam que paideia era em suma a aceitação dos modelos dos ancestrais, na forma como um jovem à medida que cresce aceita e imita o modo de vida de seus pais e seus "ídolos" - em geral os melhores atletas e guerreiros -, um processo de transmissão de cultura que o autor pondera ser tão velho quanto a espécie humana. Uma vez que no período Arcaico a transmissão da cultura estava fundamentada essencialmente na oralidade, o resumo da civilização grega Arcaica compilado por [[Homero]] em suas obras poéticas teve um importante papel no sentido de organizar esse corpo de conhecimento e tradições coletivas, e a ampla autoridade que Homero ganhou entre os gregos garantiu sua perpetuação de uma forma relativamente estável por muito tempo. Não por acaso a educação envolvia a memorização e récita da poesia homérica, concebida também como instrumento didático e [[moral]]izante, e não apenas um deleite para os sentidos ou um simples entretenimento.<ref>Robb, Kevin. ''Literacy and Paideia in Ancient Greece''. Oxford University Press, 1994, pp. 33; 165-180</ref>
 
Platão definiu paideia como "[...] a essência de toda a verdadeira educação ou paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um [[cidadão]] perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento".<ref>Jaeger, Werner. ''Paidéia, a Formação do Homem Grego''. Martins Fontes, 1995, p. 147</ref> [[Aristófanes]] disse mais ou menos o mesmo, declarando em ''[[As Nuvens]]'' que o objetivo da educação não era simplesmente adquirir o domínio sobre as matérias ministradas, mas produzir igualmente a excelência moral, enlaçando as potencialidades mentais e físicas em um caráter bem formado, de tal maneira que o homem pudesse ser um melhor cidadão.<ref name="Lynch"/> Como diz Jaeger, os gregos deram o nome de paideia a "todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por ''Bildung'' ou pela palavra latina, cultura." Daí que, para traduzir o termo paideia "não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição, literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os gregos entendiam por paideia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez."<ref>Jaeger, p. 1</ref> Na sua abrangência, o conceito de paideia não designa unicamente a técnica própria para, desde cedo, preparar a criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos escolares. A paideia, vem por isso a significar "cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o estado de um espírito plenamente desenvolvido, tendo desabrochado todas as suas virtualidades, o do homem tornado verdadeiramente homem".<ref>Marrou, H.I. ''História da Educação na Antiguidade''. São Paulo: EPU, 1966, p. 158</ref>
Um [[pedagogo]] - um [[escravo]], na época - conduzia o jovem, com sua lanterna iluminadora, até os centros ou assembleias, onde ocorriam as discussões que envolviam pensamentos críticos, criativos, resgates de cultura, valorização da experiência dos anciãos etc. Supõe-se que, no processo sócio-histórico, esse mesmo pedagogo libertou-se, talvez de tanto dialogar nos acompanhamentos do jovem até as assembleias, tornando-se um personagem da paideia, e seu consuma(dor).
 
O conceito formou-se na [[Grécia Antiga]], e mais especificamente em [[Atenas]]. Inicialmente, a palavra ''paideia'' (de ''paidos'' - criança) significava simplesmente "criação de meninos". e seu escopo era limitado a uma instrução elementar em [[ginástica]] e música - "música" no sentido das disciplinas presididas pelas [[Musas]]. O sistema de educação, antes do século V a.C., que veio a ser conhecido como "Sistema Antigo", não era bem estruturado, o ensino podia ser ministrado conforme a aptidão e disponibilidade dos professores e alunos, e era muito dependente da iniciativa individual. Refere [[Platão]] que o ensino não tinha uma duração determinada, mas uma vez deixada a adolescência esperava-se que a pessoa passasse a completar sua educação por conta própria na vida em sociedade. Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.<ref name="Lynch">Lynch, John Patrick. ''Aristotle's School; a Study of a Greek Educational Institution''. University of California Press, 1972, pp. 33-34</ref>
 
Aparentemente os jovens recebiam a educação em dois espaços distintos: um para a ginástica e outro para a música, mas a princípio qualquer lugar podia ser aproveitado. Contudo, a formação em ginástica exigia equipamentos especiais, encontrados em geral nas [[palestra]]s, que eram simples "escolas de luta", mantidas por privados e existentes em grande número, ao passo que os [[ginásio]]s públicos eram poucos, mas mais estruturados, e em geral destinados à prática esportiva de adultos e ao preparo dos atletas que deveriam participar dos Jogos, entre outros usos, que incluíam o treinamento dos [[efebo]]s que ingressavam na vida militar, ministrado por oficiais do governo. Este treinamento também fazia parte da paideia, uma vez o exercício militar era obrigatório e parte importante na vida da Grécia Antiga, embora pouco se saiba com segurança sobre ele.<ref>Lynch, pp. 35-36</ref> Depois da fixação literária da poesia homérica, de início transmitida oralmente, a instrução na leitura e escrita também passou a fazer parte da educação da juventude, a qual passou em boa parte a depender da [[alfabetização]]. Contudo, esse desenvolvimento aconteceu lentamente, e até o século V a.C. a [[literacia]] permaneceu baixíssima mesmo entre a elite.<ref>Robb, pp. 183-185</ref>
 
Mas, se até então o objectivo fundamental da educação era a formação [[aristocaracia|aristocrática]] do homem individual como ''[[kalokagathia|kalos agathos]]'' ("Belo e Bom"), a partir do século V a.C., exige-se algo mais da educação. O Sistema Antigo, baseada na [[ginástica]], na [[música]] e na [[gramática]] deixava de ser suficiente. Platão já definira paideia como "[...] a essência de toda a verdadeira educação ou paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um [[cidadão]] perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento".<ref>Jaeger, Werner. ''Paidéia, a Formação do Homem Grego''. Martins Fontes, 1995, p. 147</ref> [[Aristófanes]] disse mais ou menos o mesmo, declarando em ''[[As Nuvens]]'' que o objetivo da educação não era simplesmente adquirir o domínio sobre as matérias ministradas, mas produzir igualmente a excelência [[moral]], enlaçando as potencialidades mentais e físicas em um caráter bem formado, de tal maneira que o homem pudesse ser um melhor cidadão. Contudo, esse ideal de maior amplitude somente se cristalizaria após o surgimento do [[Sofismo]].<ref name="Lynch"/>
[[Image:Plato's Academy mosaic from Pompeii.jpg|thumb|''A Academia de Platão em Atenas''. Mosaico em [[Pompeia]], ca. séc. I]]
O Sofismo trouxe muitos filósofos estrangeiros para Atenas, exercendo profundo impacto no sistema educativo grego, minimizando os aspectos ginásticos e enfatizando os intelectuais. Ao mesmo tempo, eles objetivaram atuar não tanto no preparo dos infantes, mas instituíram como que um "segundo grau" na educação, criando cursos de aperfeiçoamento que antes não eram facilmente acessíveis nem eram sistematizados. Eles divulgaram suas ideias agressivamente com uma intensa propaganda, centrada nos locais de maior visibilidade, como a [[ágora]] e os ginásios públicos, e contribuíram para a profissionalização dos professores. Apesar disso, seus esforços não foram coordenados. Os mestres agiam independentemente, itineravam por várias cidades e locais ministrando aulas privadas em assuntos que elegiam ao seu critério individual, e não instituindo verdadeiras escolas no sentido moderno, instituições estáveis com currículo fixo. Sua influência, por outro lado, se fez sentir nas instituições tradicionais de Atenas, como o [[Liceu]] e a [[Academia]], que a partir do século IV a.C. se tornaram centros importantes de ensino avançado. Platão daria uma contribuição fundamental ao transformar o sistema anárquico dos sofistas em uma escola permanente de nível superior na sua [[Academia Platônica]].<ref>Lynch, pp. 39-41</ref>
 
Mas, se até então o objectivo fundamental da educação era a formação [[aristocaracia|aristocrática]] do homem individual como ''[[kalokagathia|kalos agathos]]'' ("Belo e Bom"), a partir do século V a.C., exige-se algo mais da educação. O Sistema Antigo, baseada na ginástica e na música, deixava de ser suficiente. Mas um ideal de maior amplitude somente se cristalizaria após o surgimento do [[Sofismo]]. O Sofismo trouxe muitos filósofos estrangeiros para Atenas, exercendo profundo impacto no sistema educativo grego, minimizando os aspectos ginásticos e enfatizando os intelectuais e literários. Ao mesmo tempo, eles objetivaram atuar não tanto no preparo dos infantes, mas instituíram como que um "segundo grau" na educação, criando cursos de aperfeiçoamento que antes não eram facilmente acessíveis nem eram sistematizados. Eles divulgaram suas ideias agressivamente com uma intensa propaganda, centrada nos locais de maior visibilidade, como a [[ágora]] e os ginásios públicos, e contribuíram para a profissionalização dos professores. Apesar disso, seus esforços não foram coordenados. Os mestres agiam independentemente, itineravam por várias cidades e locais ministrando aulas privadas em assuntos que elegiam ao seu critério individual, e não instituindo verdadeiras escolas no sentido moderno, instituições estáveis com currículo fixo. Sua influência, por outro lado, se fez sentir nas instituições tradicionais de Atenas, como o [[Liceu]] e a [[Academia]], que a partir do século IV a.C. se tornaram centros importantes de ensino avançado.<ref>Lynch, pp. 39-41</ref> Platão daria uma contribuição fundamental ao transformar o sistema anárquico dos sofistas em uma escola permanente de nível superior na sua [[Academia Platônica]], colocando a transmissão da paideia na dependência da instrução literária, jurídica e filosófica.<ref>LynchRobb, ppp. 39232-41238</ref>
==Interpretações==
 
O termo também significa a própria cultura construída a partir da [[educação]]. Era o ideal que os gregos cultivavam do mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a paideia combinava ''ethos'' (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado quanto como governante. O objetivo não era ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paideia também pode ser encarada como o legado deixado de uma geração para outra na sociedade.
Apesar dessas transformações, a paideia em si, no sentido de uma educação completa e tradicional de fundo cívico e moral, pouco mudou em relação à sua inicial concepção Arcaica, mais mudaram as formas como a educação era dada e as especialidades que passaram a ser incluídas na ideia de "educação completa", que se multiplicaram á medida que a civilização grega evoluía e se diversificava e a literacia estava acessível a uma população muito maior.<ref>Robb, p. 190-193</ref>
 
==A paideia no cristianismo==
Como diz Jaeger, os gregos deram o nome de paideia a "todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por ''Bildung'' ou pela palavra latina, cultura." Daí que, para traduzir o termo paideia "não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição, literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os gregos entendiam por paideia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez."<ref>Jaeger, p. 1</ref>
 
Depois do surgimento do [[cristianismo]], o conceito de paideia foi adotado pelos [[Padres da Igreja]], mas com o diferencial de colocarem a [[teologia]] como a base da educação. Como disse Davey Naugle, "neste contexto, o aprendizado era uma forma de disciplina cristã, uma parte do discipulado, e mesmo uma forma de culto". Mas além da teologia e da tradição judaico-cristã, eram assimiladas outras áreas do conhecimento, e mesmo a tradição clássica pagã foi largamente aproveitada, atualizando a paideia grega à luz da nova fé, e tendo agora [[Jesus]] como o mais perfeito [[pedagogo]].<ref name="Naugle">Naugle, Davey. ''The Greek Concept of Paideia''. Dallas Baptist University, s/d. </ref>
Na sua abrangência, o conceito de paideia não designa unicamente a técnica própria para, desde cedo, preparar a criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos escolares.
A paideia, vem por isso a significar "cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o estado de um espírito plenamente desenvolvido, tendo desabrochado todas as suas virtualidades, o do homem tornado verdadeiramente homem" (Marrou, 1966: 158).
 
Ao longo da [[Idade Média]] o conceito de uma educação total para a formação de uma pessoa completa, moral e útil à sociedade permaneceu vivo, e se multiplicaram os tratados que buscavam abranger a totalidade do conhecimento sobre o homem, a natureza e Deus. Este desejo de universalidade foi a base da educação medieval de alto nível, consagrada na fórmula do ''[[trivium]]'' e do ''[[quadrivium]]'', e deu as bases para a consolidação do sistema universitário.<ref name="Naugle"/>
==Paideia na atualidade==
 
==Atualidade==
[[Mortimer Adler]] - um [[filósofo]] [[Estados Unidos|norte-americano]] - tenta, com sua produção científica, resgatar a paideia hoje, na nossa contemporaneidade. Ele destaca a importância de ler, estudar e apreender as ideias dos grandes pensadores, e a vida toda, lutou por isso.
O conceito grego ainda gera grande interesse entre os historiadores, filósofos e educadores, foi o tema do XX Congresso Mundial de Filosofia organizado pela International Federation of Philosophical Societies em Boston em 1998, e muitos o têm proposto como uma fórmula válida para a sociedade contemporânea, considerando que ela tem se caracterizado pela fragmentação e superficialidade da educação e pela perda de referenciais morais sólidos.<ref>Tymianieczka, Anna-Teresa. "The Theme: Philosophy/Phenomenology of Life inspiring Education for Our Times". In Tymianieczka, Anna-Teresa (ed). ''Paideia''. Springer, 2000. pp. 2-3</ref><ref>Kato, Morimichi. ''Greek Paideia and its Contemporary Significance''. Tohoku University, s/d.</ref><ref>Livingstone, Richard Winn. ''Greek ideals and modern life''. Biblo & Tannen Publishers, 1969. p. 1</ref>
 
{{referências}}