Cogumelo alucinógeno: diferenças entre revisões

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No [[Brasil]], nas décadas de [[década de 1960|60]] e [[década de 1970|70]], não era incomum ver jovens que buscavam determinada espécie destes cogumelos nos pastos dos estados do sul. Estes nasciam sobre o esterco do gado e eram colhidos para se fazer um chá: o "[[chá de cogumelos]]", que devido à [[psilocibina]] e psilocina fazia com que se "abrissem" mais um pouco [[as portas da percepção]]. Porém, quando ingerido em sua forma natural, ou com algum ingrediente a fim de modificar seu gosto forte, os efeitos se mostram mais intensos, já que a alta temperatura usada no "chá" destrói parte de seu potencial, deixando as moléculas de seu elemento ativo instáveis, contudo com o risco das reações adversas dessa combinação (há referências de mistura com [[leite condensado]] por alguns experimentadores de próprio risco). Os mais antigos textos sobre o seu uso na cultura [[asteca]], compilados pelo padre [[Bernardino de Sahagún]], referem-se a uma mistura do cogumelo teonanacatl com mel <ref>Furst, Peter, E. Cogumelos psicodélicos, - tudo sobre drogas, SP, Nova Cultural, 1989</ref>. Além disso, quando ingerido na forma sólida, o efeito vem de forma mais vagarosa, dando tempo ao usuário para perceber melhor o que está acontecendo, dentro e fora de sua mente. Experimentos de universidades geralmente utilizam espécimes secas ou cápsulas de seu elemento ativo.
== cavalo homen e galinhas ==
[[Ficheiro:Psilocybe semilanceata.jpg|thumb|190px|''[[Psilocybe semilanceata]]'']]
 
== Muscarina ==
[[Ficheiro:Muscarine.svg|thumb|140px|[[Muscarina]]]]
 
Cogumelos sem psilocina e/ou psilocibina, a exemplo o ''[[Amanita muscaria]]'' do qual se extrai a [[muscarina]], também são utilizados para fins considerados "recreativos", desde sua descoberta pelos exploradores europeus das práticas [[Xamanismo|xamanicas]] dos [[Sibéria|povos siberianos]]. Seu efeito porém, é distinto da psilocibina, com perda de consciência (delírio, estupor) equivalente aos efeitos da [[Datura stramonium]] e [[atropina]] ambos potentes estimuladores do [[sistema nervoso autônomo]], atuando os compostos da ''A. muscaria'' nos [[Receptor muscarínico|receptores muscarínicos]] da [[Acetilcolina]]. Pesquisas da distinção do efeito autonômico dos referidos nas experiências xamânicas e de viajantes europeus apontam para presença e efeito de outras substâncias nele contidas, mais especificamente o [[ácido ibotênico]] e muscimol com propriedades [[Drogas alucinógenas|psicodislépticas]] <ref>Erowid [http://www.erowid.org/plants/amanitas/amanitas.shtml Psychoactive Amanitas]</ref>.
 
== Uso étnico da maconaha e crak ==
 
Os astecas o chamavam genericamente de ''teonanacatyl'' ou carne dos deuses, os [[mazatecas]] o denominam ''ntsi-si-tho'' (ndi xi tjo) onde ''ntsi'' é um diminutivo carinhoso e o restante da palavra poderia ser traduzido como "aquele que brota".<ref>Estrada, Álvaro, A vida de Maria Sabina, a sábia dos cogumelos, SP, Martins Fontes, 1984</ref> O Psilocybe zapotecorum, cresce nos charcos e lugares alagados por isso são chamados de apipiltzin (filhos das águas) por sua relação com o Deus das Chuvas (Tlaloc).<ref>Heim, Roger. História da descoberta dos cogumelos alucinógenos no México. In Bailly, J.C.; Guimard (org) A experiência alucinógena (Mandala). RJ, Civilização Brasileira, 1969</ref>