Ciríaco II de Constantinopla: diferenças entre revisões
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'''Ciríaco''' foi [[patriarca de Constantinopla]] entre 595 e 606
== Título de patriarca "ecumênico" ==
[[Gregório, o Grande]], recebeu os legados portando as cartas [[sínodo|sinodais]] que anunciavam sua consagração, parte pelo desejo de não perturbar a paz na Igreja e parte pelo respeito pessoal que nutria por Ciríaco. Porém, em sua resposta ele advertiu-o contra o pecado de causar divisões na Igreja, claramente aludindo ao fato de ele usar o termo "bispo ecumênico"<ref>[[Gregório, o Grande]], ''Ep''. lib. vii. 4, ''[[Patrologia Latina]]'' lxxvii. 853</ref>. Do ponto de vista pessoal, Gregório parece muito amigável em relação a Ciríaco.
Ciríaco por sua vez não atendeu ao desejo de Gregório de que ele se abstivesse de utilizar o título, pois Gregório escreveu depois tanto para ele quanto para o [[imperador bizantino]] [[Maurício (imperador)|Maurício]] {{nwrap|r.|582|602}}, declarando que ele não poderia permitir que seus legados permitissem que ele permanecesse em [[comunhão (cristianismo)|comunhão]] com o patriarca enquanto ele mantivesse o título. Na última dessas cartas, ele compara a alegação ao título ao pecado do [[Anticristo]], uma vez que ambos exibiriam o pecado do [[orgulho]] sem limites. ''"Quisquis se universalem sacerdotem vocat, vel vocari desiderat, in elatione sua Antichristum praecurrit"'' ("Quem quer que se intitule um padre universal ou deseje assim ser chamado é o precursor do Anticristo")<ref>[[Gregório, o Grande]] ''Ep''. 28, 30</ref>. Numa carta para [[Anastácio de Antioquia]], que lhe tinha escrito para protestar contra as perturbações na paz da Igreja, Gregório defende sua conduta com base na [[injúria]] provocada por Ciríaco em todos os outros [[patriarca]]s ao assumir o título e lembra Anastácio que não são apenas os [[heresia|heréticos]], mas também [[heresiarca]]s, tinham sido anteriormente patriarcas de Constantinopla (como [[Nestório]], por exemplo). Ele também deprecia o uso do termo em bases gerais<ref>[[Gregório, o Grande]] ''Ep''. 24</ref>. A despeito de tudo isso, Ciríaco permaneceu firme em sua [[sé episcopal]] e parece ter convocado - ou mediado - um concilio para autorizar o uso do termo, pois em 599
Ciríaco parece ter dividido com o imperador Maurício a sua impopularidade, o que provocou a sua deposição e morte<ref>[[Teófanes, o Confessor]] ''Crônicas'', A.M. 6094; [[Nicéforo Calisto Xantópulo]] [[História Eclesiástica|H. E.]] xviii. 40; [[Teofilacto]] Hist. viii. 9</ref>. Ele ainda, porém, teve influência suficiente para conseguir arrancar de [[Focas]], em sua coroação, uma [[confissão de fé]] [[ortodoxia doutrinária|ortodoxa]] e uma promessa de não perturbar a Igreja<ref>[[Teófanes, o Confessor]] ''Crônicas'', A.M. 6094</ref>. Ele também resistiu nobremente às tentativas de Focas de arrastar a imperatriz [[Constantina (imperatriz)|Constantina]], viúva de Maurício, e suas filhas de seu santuário em uma igreja de Constantinopla<ref>[[Teófanes, o Confessor]] ''Crônicas'', A.M. 6098</ref>.
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Talvez algum ressentimento de sua oposição à sua vontade deva ter induzido Focas a concordar imediatamente com as alegações do [[Papa Bonifácio III]] de que [[Roma]] deveria ser considerada a primeira entre todas as igrejas, em prejuízo das alegações de Constantinopla de ser um episcopado ecumênico<ref>''Vita Bonifacii III'', em [[Philippe Labbe|Labbe]], ''Acta Concil''. t. v. 1615</ref>.
Ciríaco morreu em 606
== {{Ver também}} ==
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