Capitania de Pernambuco: diferenças entre revisões

A capitania de Pernambuco, em seu auge territorial, abrangia os atuais estados federativos de Pernambuco, [[Alagoas]], [[Paraíba]], [[Rio Grande do Norte]], [[Ceará]] e a porção oeste do atual estado da Bahia, região à época denominada "Comarca do São Francisco", que hoje corresponde ''grosso modo'' à mesorregião estatística do [[Mesorregião do Extremo Oeste Baiano|Extremo Oeste Baiano]]. O Além São Francisco, outra denominação da região, em 1824 foi desmembrado de Pernambuco por ordem do imperador dom [[Pedro I do Brasil|Pedro I]] como punição pela participação da elite política pernambucana no movimento separatista da [[Confederação do Equador]]. Provisoriamente a administração da região foi passada à competência de Minas Gerais e em 1827 foi transferida à Bahia, à qual foi definitivamente incorporada<ref>[http://www.pe-az.com.br/editorias/historia/374-comarca-do-sao-francisco Comarca do São Francisco: Pernambuco de A a Z]</ref><ref> A formação territorial do Oeste Baiano: a constituição do “Além São Francisco” (1827-1985), por Paulo Roberto Baqueiro Brandão, professor assistente da Universidade Federal da Bahia (Campus de Barreiras) [http://www.portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/viewFile/4304/3163]</ref>. Sem sombra de dúvidas a extensão latitudinal original de Pernambuco com uma sede e sua Acrópole localizada a norte, mais próxima dos mercados europeus hanseáticos foi decisivo para que este protetorado ultramarino tivesse maior sucesso inclusive atraindo seu donatário a investir pesadamente na zona. O facto de a coroa ter atribuído esse território grande ao mesmo possivelmente adveio de análises das expedições de coletas de dados em décadas, que mostrou que essa zona divergia por exemplo em momento geofísico da zona um pouco mais a norte, o que favorecia bacias de menor porte e portanto uma rede hidrográfica bem mais fragmentada (a influência do platô Atlântico mineiro e por mera resultante do São Francisco e idem da frente de convergência do Atlântico Sul actuando de modo cumulativo em tanto tempo, é de certo um dos factores chaves que explicam por que a Borborema meridional tendeu seus rios para o sul enquanto a setentrional para leste e norte gerando tais divergências cruciais), e portanto necessitando de um certo somatório de bacias menores para ser economicamente sustentável e viável as exportações do donatário. A existência do São Francisco meramente fortaleceu isso como fronteira natural entre a zona pernambucana e a zona abaixo desta (o estágio geofísico da latitude alagoana também influenciado pela existência destes factores apresenta características relativamente antigas, o inverso do planalto pernambucano menos antigo mas que resultou também em bacias menores que ao invés do platô principal adveio dos sistemas sedimentares do leste).