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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|o [[diocese do Algarve|bispo de Silves]] e autor do '''Speculum Regum'''|Frei Álvaro Pais}}
'''Álvaro Pais''', em grafia antiga '''Álvaro Paes''' (c. 1330 - d. 1390) foi um [[oficial régio]] do século XIV português. Vassalo e chanceler-mor de D. Fernando I, foi o grande instigador do mestre de Avis em Lisboa.
 
==Filiação==
Cidadão Honrado de [[Lisboa]],<ref name="Autor, 1 1989, p. 149">"Mouzinho de Albuquerque", [[Fernando de Castro Pereira Mouzinho de Albuquerque e Cunha]], Edição do Autor, 1.ª Edição, Cascais, Volume III, 1989, p. 149</ref> serviu e foi [[Chanceler Mor]] dos Reis [[Pedro I de Portugal|D. Pedro I]] e [[Fernando I de Portugal|D. Fernando]].<ref>"Mouzinho de Albuquerque", [[Fernando de Castro Pereira Mouzinho de Albuquerque e Cunha]], Edição do Autor, 1.ª Edição, Cascais, Volume III, 1989, p. 147</ref>
Segundo [[Manuel José da Costa Felgueiras Gaio]], Álvaro Pais era irmão de Eria Pires casada com Lourenço Martins Gaio, [[Alcaide-Mor]] de [[Castelo de Leiria|Leiria]], sendo ambos filhos de Paio Soares. Dado o nome da filha, este Paio Soares terá casado com uma Eiria Pires.
 
==Biografia==
Desempenhou um importante papel na fase inicial da [[crise de 1383-1385]], contribuindo de forma decisiva para a aclamação do [[Mestre de Avis]] para [[Lista de reis de Portugal|Rei de Portugal]], e seu Aclamador ([[Crónica de Fernão Lopes]]).<ref>"Mouzinho de Albuquerque", [[Fernando de Castro Pereira Mouzinho de Albuquerque e Cunha]], Edição do Autor, 1.ª Edição, Cascais, Volume III, 1989, p. 148</ref> Terá desempenhado acção importante para o [[tumulto|levantamento popular]] subsequente ao assassínio do [[conde Andeiro]], que, segundo se presume, também terá sido perpetrado por inspiração sua, tendo aconselhado D. João a eliminá-lo.<ref name="Autor, 1 1989, p. 149"/>
Álvaro Pais, como refere [[Fernão Lopes]], era «homem honrado (isto é: nobre) de boa fazenda», a quem D. Fernando I, em paga dos seus bons serviços, dera «honra e acrecentamento». Não era portanto um plebeu ou burguês, como depois se disse, mas sim da pequena nobreza cidadã de Lisboa, ilustrada pelo serviço real, Cidadão Honrado de [[Lisboa]],<ref name="Autor, 1 1989, p. 149">"Mouzinho de Albuquerque", [[Fernando de Castro Pereira Mouzinho de Albuquerque e Cunha]], Edição do Autor, 1.ª Edição, Cascais, Volume III, 1989, p. 149</ref>
 
Álvaro Pais serviu e foi [[Chanceler-Mor]] ou [[Vedor]] da [[Chancelaria]] do Rei [[Fernando I de Portugal|D. Fernando I]].<ref>"Mouzinho de Albuquerque", [[Fernando de Castro Pereira Mouzinho de Albuquerque e Cunha]], Edição do Autor, 1.ª Edição, Cascais, Volume III, 1989, p. 147</ref> Dizem também que já era Chanceler Mor de [[Pedro I de Portugal|D. Pedro I]], mas não aparece na respectiva Chancelaria. Morou na torre que tinha o seu nome, junto à [[Muralha Fernandina]], no extremo ocidental da cidade de Lisboa.
Seu enteado pelo seu segundo casamento com Sentil Esteves — o Dr. [[João das Regras]] — também viria a salientar-se em defesa dos direitos ao trono de [[João I de Portugal|D. João, Mestre de Avis]]. Casou primeira vez com Leonor Giraldes, de quem teve Diogo Álvares Pais, casado com Inês Alves e com larga descendência, alguma pouco conhecida.
 
Em 1369, Álvaro Pais, vassalo del-rei e Vedor da sua Chancelaria, com sua mulher Sentil Esteves, vizinhos de Lisboa, compraram uma Quinta em Varatojo a Mestre Pedro, [[Cirurgião]], e sua mulher Maria Gonçalves, Quinta esta que deixou a Santo Elói de Lisboa Helena da Costa, segunda mulher de seu bisneto por varonia [[Pedro Vaz de Melo]]. O dito Mestre Pedro comprara essa Quinta em 1344 a Diogo Afonso Botelho, [[Escudeiro]], vassalo del-rei, e a sua mulher Inês Martins, moradores em [[Paços]], termo de [[Vila Real]].
{{Referências}}
 
Desempenhou um importanteimportantíssimo papel na fase inicial da [[criseCrise de 1383-1385]], contribuindo de forma decisiva para a aclamação do [[Mestre de Avis]] para [[Lista de reis de Portugal|Rei de Portugal]], e seu Aclamador ([[Crónica de Fernão Lopes]]).<ref>"Mouzinho de Albuquerque", [[Fernando de Castro Pereira Mouzinho de Albuquerque e Cunha]], Edição do Autor, 1.ª Edição, Cascais, Volume III, 1989, p. 148</ref> Terá desempenhado acção importante para o [[tumulto|levantamento popular]] subsequente ao assassínio do 2.º [[condeConde de Ourém]] [[João Fernandes Andeiro]], que, segundo se presume, também terá sido instigado e perpetrado por inspiração sua, tendo aconselhado D. João a eliminá-lo.,<ref name="Autor, 1 1989, p. 149"/> convenceu o mestre de Avis a tomar o poder e lhe deu o célebre conselho: "desse o que não era seu, prometesse o que não tinha e perdoasse a quem lhe errava, que assim iria bem...".
 
Como diz Fernão Lopes, foi sepultado no [[Campo de São Domingos]], com letreiro e suas armas: um [[lebréu]] de orelhas cortadas, com coleira (desconhecem-se as cores e metais).
 
==Casamentos e descendência==
Casou primeira vez com Leonor Geraldes ou Giraldes, de quem teve [[Diogo Álvares Pais]], casado com Inês Alves e com larga descendência, alguma pouco conhecida.
 
Seu enteado pelo seu segundo casamento antes de 1369 com Sentil ou Gentil Esteves, falecida em Lisboa em 1390 — o Dr. [[João das Regras]] — também viria a salientar-se em defesa dos direitos ao trono de [[João I de Portugal|D. João, Mestre de Avis]]. CasouÁlvaro primeiraPaes vezera compadrasto Leonordo Giraldes,famoso dedoutor quemJoão tevedas DiogoRegras Álvares(João de PaisAregas), casadoe comfoi Inêspor Alvessua eindicação comque largaeste descendênciafoi nomeado Chanceler, algumaem poucosua conhecidasubstituição.
 
Sentil ou Gentil Esteves fez [[Testamento]] nas suas casas de morada em [[Lisboa]], jazendo doente, a 9 de Junho de 1428 da [[Era de César]] (1390 da [[Era de Cristo]]), deixando herdeiro seu filho o Doutor João Afonso (João das Regras) e testamenteiros o dito seu filho e seu marido Álvaro Paes, "vedor mor da chancelaria d'el rei dom Fernando".
No dia 12 seguinte fez uma adenda ao dito testamento, onde nomeadamente roga "ao Doutor Joham das Regras meu filho que tome por capellam da capella de seus Avoos delle, & por mym Sancho Martins priol de Pereira, criado do dicto Alvaro Paes & meu em quanto el viver".
 
{{Referências}}
 
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