Eduardo VI de Inglaterra: diferenças entre revisões

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Suas duas irmãs eram atenciosas com ele e frequentemente o visitavam – em certa ocasião, Isabel lhe deu uma camisa "de seu próprio trabalho".<ref> {{harvnb|Skidmore|2007|p=26}} </ref> Eduardo "tomou satisfação especial" pela companhia de Maria, apesar de desaprovar o gosto dela por danças estrangeiras; "Amo mais você", escreveu a ela em 1546.<ref> {{harvnb|Loach|1999|p=16}}; {{harvnb|Skidmore|2007|pp=38–37}} </ref> Henrique convidou seus filhos para passarem o [[Natal]] de 1543 junto com ele, sinalizando uma reconciliação com as filhas que havia anteriormente deserdado e ilegitimizado. Na primavera, ele as recolocou na linha de sucessão através da Terceira Lei de Sucessão, que também garantia um conselho regencial durante a minoridade de Eduardo.{{nota de rodapé|Maria e Isabel permaneceram tecnicamente ilegítimas, sucedendo a coroa devido a nomeação de Henrique. Elas, por exemplo, poderiam perder seus direitos se casassem sem a aprovação do Conselho Privado.<ref> {{harvnb|Ives|2009|pp=142–143}}; {{harvnb|Loades|1996|p=231}} </ref> }}<ref> {{harvnb|Guy|1988|p=196}}; {{harvnb|Mackie|1952|pp=413–414}} </ref> Essa harmonia familiar desacostumada deve-se muito a influência da sexta e última esposa de Henrique, [[Catarina Parr]],<ref> {{harvnb|Starkey|2004|p=720}} </ref> quem Eduardo logo se afeiçoou. Ele a chamava de sua "mais querida mãe" e em setembro de 1546 escreveu a ela: "Eu recebi tantos benefícios de você que minha mente mal pode compreendê-los".<ref> {{harvnb|Skidmore|2007|p=34}} </ref>
 
Outras crianças foram trazidas para brincar com ele, incluindo a neta de sir Guilherme Sidney, que quando adulta lembrou do príncipe como "uma criança maravilhosa e doce, de condição muito leve e generosa".<ref> {{harvnb|Skidmore|2007|pp=28–29}} </ref> Ele foi educado junto com os filhos de nobres, "nomeados para participarem com ele" em uma espécie de mini corte. Entre eles estava Barnabé Fitzpatrick, filho de uma pariato irlandês, que se transformou em um amigo próximo e duradouro.<ref> {{harvnb|Jordan|1968|p=44}} </ref> Eduardo era mais dedicado aos estudos que seus colegas de classe, aparentemente superando todos, motivado por seu "dever" e para competir com a maestria acadêmica da irmã Isabel. Seus arredores e possessões eram regiamente esplêndidos: caras [[tapeçaria]]s flamencas foram penduradas em seus quartos e suas roupas, livros e talheres foram incrustados com ouro e pedras preciosas.<ref> {{harvnb|Skidmore|2007|pp=35–36}} </ref> Como o pai, Eduardo era fascinado pelas artes militares, com muitos de seus quadros o mostrando carregando uma adaga de ouro com a empunhadura cheia de joias, uma imitação de Henrique.{{nota de rodapé|Tais retratos eram inspirados na [[:Ficheiro:Workshop of Hans Holbein the Younger - Portrait of Henry VIII - Google Art Project.jpg|pintura]] de [[Hans Holbein, o Jovem|Hans Holbein]] de Henrique VIII em 1537 para um mural no [[Palácio de Whitehall]], em que o rei confronta o espectador.<ref name=skidmore3692> {{harvnb|Skidmore|2007|p=36}}; {{harvnb|Strong|1969|p=92}} </ref> }}<ref name=skidmore3692/> O ''Chronicle'' de Eduardo detalha entusiasticamente as campanhas militares inglesas contra a [[Reino da Escócia|Escócia]] e a [[Reino da França|França]], além de aventuras como a quase captura de [[João Dudley, 1.º Duque de Northumberland|João Dudley]] perto de [[Musselburgh]] em 1547.<ref> {{harvnb|Loach|1999|pp=53–54}} </ref>
 
==="O Rude Cortejo"===