João Malalas: diferenças entre revisões

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'''João Malalas''' ([[lingua grega{{langx|el|grego]]: ''Ἰωάννης Μαλάλας'', ||''Ioannes Malalas'')}}; ([[{{dni|||491]]|si}} - [[{{morte|||578]]}}) foi um cronista [[Império Bizantino|bizantino]] de [[Antioquia]]. Malalas é provavelmente uma [[siríaco|palavra siriacasiríaca]] para "''rhetor''",reitor ou "''orador''"; foi aplicada pela primeira vez a ele por [[João Damasceno]] (a forma Malelas surgiu pela primeira vez com o reinado de [[{{lknb|Constantino |VII]] ''Porphyrogenitus'')Porfirogênito.{{HarvRef|name=Thurn1|Thurn|2000|p=1}}
 
== História ==
Malalas foi educado na Antioquia e provavelmente foi um jurista lá, mas mudou-se para [[Constantinopla]], em algum ponto no reinado de [[Justiniano I]] (talvez após o saque [[Império Sassânida|persa]] de Antioquia em [[540]]{{HarvRef|Horrocks|1997|p=180}}). Durante sua vida realizou viagens para [[Salónica|Tessalônica]] e [[Banias]].<ref name=Thurn1 />
 
Malalas foi educado na Antioquia e provavelmente foi um jurista lá, mas mudou-se para [[Constantinopla]], em algum ponto no reinado de [[Justiniano I]] (talvez após o saque [[Império Sassânida|persa]] de Antioquia em [[540]]{{HarvRef|Horrocks|1997|p=180}}). Durante sua vida realizou viagens para [[Salónica|TessalônicaSalonica]] e [[Banias]].<ref name=Thurn1 />
Ele escreveu uma ''Chronographia'' (''Χρονογραφία'') em 18 livros, o começo e o fim dos quais são perdidos. Em seu estado atual, começa com a história mística do [[Egito]], e termina com a expedição a África romana sob o tribuno Marciano, sobrinho de Justiniano, em [[563]] (seu editor Thurn acredita que originalmente terminou com a morte de Justiniano), é centrado, principalmente, em Antioquia e (nos livros posteriores) Constantinopla. Exceto para a história de Justiniano e seus antecessores imediatos, possui pouco valor histórico; o autor "confiando em [[Eusébio de Cesareia]] e outros compiladores, juntando mitos, histórias biblícas e história real".{{HarvRef|Treadgold|1997|p=267}} O livro 18, lido como o reinado de Justiniano, está bem familiarizado com, e colorido por, propaganda oficial. O escritos é um defensor da Igreja e do Estado, um defensor dos princípios monárquicos. (No entanto, a teoria que identifica-o com o patriarca [[João Escolástico]] é quase certamente incorreta{{HarvRef|Thurn|2000|p=2}}).
 
Ele escreveu uma ''Chronographia'' (''Χρονογραφία'') em 18 livros, o começo e o fim dos quais são perdidos. Em seu estado atual, começa com a história mística do [[Egito]], e termina com a expedição a África romana sob o tribuno Marciano, sobrinho de Justiniano, em [[563]] (seu editor Thurn acredita que originalmente terminou com a morte de Justiniano), é centrado, principalmente, em Antioquia e (nos livros posteriores) Constantinopla. Exceto para a história de Justiniano e seus antecessores imediatos, possui pouco valor histórico; o autor "confiando em [[Eusébio de Cesareia]] e outros compiladores, juntando mitos, histórias biblícasbíblicas e história real".{{HarvRef|Treadgold|1997|p=267}} O livro 18, lido como o reinado de Justiniano, está bem familiarizado com, e colorido por, propaganda oficial. O escritos é um defensor da Igreja e do Estado, um defensor dos princípios monárquicos. (No entanto, a teoria que identifica-o com o patriarca [[João Escolástico]] é quase certamente incorreta{{HarvRef|Thurn|2000|p=2}}).
O trabalho é importante como o primeiro exemplo sobrevivente de uma crônica escrita não para o aprendizado, mas para a instrução dos monges e pessoas comuns, e sua linguagem mostra um compromisso com a língua cotidiana, embora "ainda seja muito mais um estilo de escrita. Em particular, ele emprega a terminologia técnica de clichês burocráticos incessantemente, e, em um período de transição do latim para a terminologia do governo grego, ainda usa palavras latinas emprestadas ao lado de seus substitutos gregos (...) A impressão geral criada pelo estilo de Malalas é de uma simplicidade, o que reflete um desejo de comunicação direta de informações na língua cotidiana dos negócios em que evoluiu sob a influência da fala grega."{{HarvRef|Horrocks|1997|p=179-181}} Ela obteve grande popularidade, e foi utilizado por vários escritores até o [[século IX]]; foi foi traduzida para o eslavo, provavelmente, no [[século X]], e suas partes foram utilizadas pela Antiga Rússia na [[Crónica de Néstor|Primeira Crônica]].<ref name=Malalas /> Ela está preservada em uma forma abreviada em um único manuscrito agora em [[Universidade de Oxford|Oxford]], assim como em vários fragmentos.
 
O trabalho é importante como o primeiro exemplo sobrevivente de uma crônica escrita não para o aprendizado, mas para a instrução dos monges e pessoas comuns, e sua linguagem mostra um compromisso com a língua cotidiana, embora "ainda seja muito mais um estilo de escrita. Em particular, ele emprega a terminologia técnica de clichês burocráticos incessantemente, e, em um período de transição do latim para a terminologia do governo grego, ainda usa palavras latinas emprestadas ao lado de seus substitutos gregos (...) A impressão geral criada pelo estilo de Malalas é de uma simplicidade, o que reflete um desejo de comunicação direta de informações na língua cotidiana dos negócios em que evoluiu sob a influência da fala grega."{{HarvRef|Horrocks|1997|p=179-181}} Ela obteve grande popularidade, e foi utilizado por vários escritores até o [[século {{séc|IX]]}}; foi foi traduzida para o eslavo, provavelmente, no [[século {{séc|X]]}}, e suas partes foram utilizadas pela Antiga Rússia na [[Crónica de Néstor|Primeira Crônica]].<ref name=Malalas /> Ela está preservada em uma forma abreviada em um único manuscrito agora em [[Universidade de Oxford|Oxford]], assim como em vários fragmentos.
 
{{Referências|col=2|refs=
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== {{Bibliografia}} ==
 
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* {{Citar livro|sobrenome=Thurn|nome=Johannes|título=Ioannis Malalae Chronographia|ano=2000|isbn=3-11-008800-2|ref=harv}}
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* {{Citar livro|sobrenome=Treadgold|nome=Warren|título=A History of Byzantine State and Society|ano=1997|isbn=0-8047-2421-0|ref=harv}}
 
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