Aculturação: diferenças entre revisões

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* [[Etnocídio]]
 
{{referências}}'''Os processos através dos quais os indivíduos
adquirem cultura'''
 
MESQUITA e DUARTE (1996:4). Aculturação é a modificação dos
modelos culturais em consequência do contacto directo e contínuo com outro
meio. O termo aculturação
era unicamente utilizado por 10 etnólogos mas actualmente é empregue para
designar todas as adaptações culturais inerentes a uma mudança de meio
geográfico, profissional ou social como, por exemplo, a integração dos
emigrantes no país de acolhimento e meio de socialização.
 
Segundo
ASSIS e NEPOMUCENO (2008:3). O processo cultural denominado pela Antropologia
como '''Endoculturação ou inculturação''' é aquele por meio do qual os
indivíduos aprendem o modo de vida da sociedade na qual nascem, adquirem
e internalizam um sistema de valores, normas, símbolos, crenças e
conhecimentos.
 
Endoculturação
significa interiorização, assimilação, apropriação, absorção, aprendizagem. É
um processo social que se inicia na infância mediado pela família, pelos
amigos, posteriormente, a partir da escola, da religião, do clube, do trabalho,
do partido político e de tantos outros grupos sociais.
 
A
Endoculturação acontece de forma sistemática, quando se dá através de
mecanismos e instituições que se utilizam de metodologias formais para a
transmissão do conhecimento e de forma assistemática, quando os indivíduos
adquirem o conhecimento a partir da experiência do quotidiano, sem que haja uma
demarcação formal dos ensinamentos.
 
A
'''aculturação''' é o processo de troca e/ou fusão entre culturas. Através do
contacto prolongado ou permanente, duas ou mais culturas permutam entre si seus
valores, conhecimentos, normas, hábitos, costumes, símbolos, enfim, seus traços
culturais. Nesse processo, uma cultura se caracteriza como doadora e a outra
como receptora, o que não significa dizer que este seja um processo de via
única, ou seja, quando em contacto, todas as culturas podem sofrer mudanças,
pois ocorre aí um processo de influxo recíproco (ULLMANN, apud ASSIS 2008:5).
 
De forma muito
apropriada, Coelho apud ASSIS (2008:6) define a aculturação como sendo
resultante de uma pluralidade de formas de intercâmbio entre diversos modos culturais
erudita, popular, empresarial, que geram processos de adaptação, assimilação,
empréstimo, sincretismo, interpretação, resistência, ou rejeição de componentes
de um sistema identitário por um outro sistema identitário.
 
De acordo ASSIS A
aculturação ocorre mediante três possibilidades:
 
ü  '''Livre'''
– Quando se dá de forma espontânea, pacificamente.
Quando não há nenhum tipo de dificuldade, confronto ou choque entre as
culturas. Pode ocorrer através do que chamamos de ''sincretismo''. A Macumba, por exemplo, resulta da união de elementos
do feiticismo africano, do cristianismo, do espiritismo e também de rituais
indígenas.
 
ü  '''Forçada'''
– Quando é imposta por coerção, não há opção de
escolha por parte da sociedade que tem sua cultura suplantada. Podemos pensar
em fatos do passado, como a imposição do baptismo cristão.
 
ü  '''Planejada'''
– Quando a aculturação é previamente pensada,
meticulosamente elaborada com objectivos específicos a serem atingidos. Quando
se planeja uma nova função ou modificação na própria cultura ou em outra
cultura. Um bom exemplo seria as políticas públicas que visam promover
transformações no modo de vida das pessoas. No caso de uma epidemia como a
cólera, necessário se faz pensar em medidas que mudem o hábito das pessoas: não
acumular água para evitar proliferação do mosquito transmissor da malária;
lavar as mãos e as frutas antes das refeições para evitar a cólera.
 
Ramos apud SOUSA
(2006:42), define aculturação como um modo de mudança cultural provocada pelo
contacto entre culturas.
 
'''Bibliografia'''
 
ASSIS,
C. Lobão, NEPOMUCENO. C. Maria. ''Processos
culturais: Endoculturação e aculturação''. 21. Ed. UFRN 2008.
 
SOUSA,
J. E. X. Furtado. ''Os imigrantes
ucranianos em Portugal e os cuidados de saúde.'' 1ª Ed. LISBOA, 2006.
 
MESQUITA, Raul DUARTE Fernanda. ''Dicionário de Psicologia.'' Ed, Plátano,
S.A. 1ª Edição, 1996.
 
[[Categoria:Conceitos antropológicos]]