Carne-seca: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎Brasil: "carne do Ceará repetido no texto
Nómadas para Nômades
Linha 1:
[[Imagem:Carne do sertao.jpg|thumb|right|300px|Carne do sertão]]
A '''carne-seca''' é uma das formas mais antigas de [[conservação de alimentos]] para os povos de [[caça]]dores e [[pastorícia|pastores]] [[nomadismo|nómadasnômades]]. Tradicionalmente, seca-se [[carne de porco]], [[carne bovina|vaca]], [[carneiro]], [[rena]], [[peru]], [[cavalo]], [[avestruz]] e [[camelo]], entre as espécies [[Domesticação|domesticadas]], para além de várias espécies de animais selvagens. Existe evidência [[arqueologia|arqueológica]] de que o [[homem-de-neandertal]] secava carne de [[mamute]]. <ref> {{en}} [http://homegrownandhealthy.com/dried-meat-preserving-man/ Blunt, Jasmin (2013) "Dried Meat: Preserving Man" no ''site'' HomegrownAndHealthy.com]</ref>
 
A forma mais simples de se conservar carne consiste em cortá-la em pedaços que se possam colocar num lugar onde o ar seco retire a [[humidade]] da carne, mesmo sem qualquer espécie de cura; isto só é possível em climas que tenham uma estação seca e fria, como no [[norte da Europa]], ou na [[Mongólia]], onde a ''[[borts]]'' é uma forma tradicional de secar a carne. Noutras regiões, e dependendo da disponibilidade de sal, a [[salga]] de carne para ser seca é uma forma mais eficiente e foi utilizada, por exemplo, na [[América do Sul]]: os [[incas]] secavam carne de [[lhama]] com sal, num produto que eles chamavam ''charqui''; este processo foi, depois, transferido para o [[Brasil]], onde subsiste com o nome de '''[[charque]]''', e aparentemente para a [[América do Norte]], onde os nativos aprenderam a conservar carne de [[bisonte]]; eventualmente, os [[colono]]s europeus adotaram o processo, que veio a ser conhecido como ''[[Jerked beef|jerky]]'', uma corruptela de ''charqui'' da língua quíchua.