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[[Imagem:Inflation rate world.PNG|thumb|320px|direita|Mapa dos países segundo a variação nos Índices de Inflação em 2009]]
 
'''Inflação''' refere-se a um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, o que é a causa do aumento de preços; alguns economistas (como os da [[Escola Austríaca]]) preferem este significado, em vez de definir inflação pelo aumento de preços. Assim, por exemplo, alguns estudiosos da [[década de 1920]] nos [[Estados Unidos]] referem-se aà ''inflação'', ainda que os preços não estivessem a aumentar naquele período. Mas, popularmente, a palavra ''inflação'' é usada como aumento de preços, a menos que um significado alternativo seja expressamente especificado. Outra distinção também se faz, quando analisados os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a inflação traduz-se mais por uma desvalorização da [[moeda]] local frente a outras, e internamente exprime-se mais no aumento do volume de dinheiro e, aumento dos preços.
 
Um exemplo clássico de inflação foi o aumento de preços no [[Império Romano]], causado pela desvalorização dos [[denário]]s que, antes confeccionados em ouro puro, passaram a ser fabricados com todo tipo de impurezas. O imperador [[Diocleciano]], em vez de perceber essa causa, já que a [[Ciência Económica|ciência económica]] ainda não existia, culpou a avareza dos mercadores pela alta dos preços, promulgando em [[301]] o [[Édito Máximo]], que punia com a morte qualquer um que praticasse preços acima dos fixados.
 
A inflação pode ser contrastada com a [[reflação]], que é ou um aumento de preços de um estado deflacionado, ou alternativamente, uma redução na taxa de [[deflação]] (ou seja, situações em que o nível geral de [[preço]]s está caindo numa taxa decrescente). Um termo relacionado é ''desinflação'', que é uma redução na taxa de inflação, mas não o suficiente para causar deflação.
 
== Medição ==
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Assim, os índices de preços ao consumidor calculam a variação dos preços de bens e serviços entre dois períodos, ponderados pela participação dos gastos com cada bem no consumo total. Repare que o índice calcula o gasto com o mesmo consumo em dois períodos diferentes, o que faz com que não ocorra substituição no consumo.<ref>http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2004/06/ri200406b2p.pdf</ref>
 
O mais importante índice no Brasil é o [[IPCA]] (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE[[Instituto queBrasileiro éde Geografia e Estatística|IBGE]], utilizado para determinar as [[metas de inflação]]. O IPCA apura a variação de preços nos bens consumidos por famílias com renda de 1 a 40 [[salários mínimos]], em nove [[Regiões metropolitanas do Brasil|regiões metropolitanas]] ([[Região Metropolitana de Belém|Belém]], [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|Belo Horizonte]], [[Região Metropolitana de Curitiba|Curitiba]], [[Região Metropolitana de Fortaleza|Fortaleza]], [[Região Metropolitana de Porto Alegre|Porto Alegre]], [[Região Metropolitana do Recife|Recife]], [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]], [[Região Metropolitana de Salvador|Salvador]] e [[Região Metropolitana de São Paulo|São Paulo]]), no [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] e no município de [[Goiânia]].
 
Para se medir o andamento dos preços sem o efeito de distúrbios resultantes de choques temporários, exclui-se do [[Índice de preços no consumidor|IPC]] o preço do petróleo e dos bens alimentares não transformados – chamando-se esta medida "núcleo de inflação", ou "inflação subjacente".<ref>''Relatório de Inflação'', Vol. 2 (Comitê de Política Monetária, 2000), p. 90</ref>
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== História ==
=== Idade Média ===
A [[Europa]] com o período da [[Alta Idade Média]], viveu um extenso tempo desde o [[século XIII]] até [[1290]] com uma certa [[estabilidade de preços]], pois na época a [[Europa Ocidental]] era rica em [[minérios]] e a agricultura apresentava as condições certas para uma produção suficiente para alimentação da região, observando que apesar da produção da época ser considerada elevada, a distribuição para a população camponesa e artesã era desigual para os membros da Igreja e além disso, as alterações climáticas prejudicavam ou ajudavam na produção agrícola.
 
Porém, durante o mandato de [[Eduardo II]] entre [[1309]] atée 1329, houve a elevação inflacionária entre 6% áe 7% ao mês até [[1329]], quando Eduardo II morreu, descendendo [[Eduardo III]], em que iniciou a [[Guerra dos Cem Anos]] ([[1336]]-[[1450]]). Entre [[1336]] até [[1350]], a inflação anual era de 96% a 104% , até a epidemia de [[Peste bubônica]] quando a inflação disparou para 300% ao ano, pela [[Escassez (economia)|escassez]] alimentar e de [[Mão de obra|mão-de-obra]].
 
=== Inflação na Alemanha ===
Entre janeiro de [[1919]] e novembro de [[1923]], o índice inflacionário alemão variou em um [[trilhão]] por cento (1.000.000.000.000%). Chegou-se ao ponto de queimar dinheiro em lareiras para aquecer-se contra os rigorosos invernos. Tudo isso deve-se ao [[Tratado de Versalhes]] imposto pelos países vencedores da [[Primeira Guerra Mundial|I Guerra]], que acabou com sua infra-estruturainfraestrutura e aniquilou sua economia, sem contar com a destruição causada pela guerra.
 
=== Histórico do quadro inflacionário no Brasil ===
Os índices de inflação no [[Brasil]] são medidos de diversas maneiras. Duas formas de medir a inflação ao consumidor são o [[INPC]], aplicado à famílias de baixa renda (aquelas que tenham renda de um a seis salários mínimos) e o [[IPCA]], aplicado à famílias que recebem um montante de até quarenta [[salário mínimo|salários mínimos]].
 
Até [[1994 no Brasil|1994]] a [[Economia do Brasil|economia brasileira]] sofreu com inflação alta, entrando num processo de [[hiperinflação]] na [[Década de 1980|década de 80]]. Esse processo só foi interrompido em 1994, com a criação do [[Plano Real]] e a mudança da [[moeda]] para o [[Real (moeda)|real]] (R$), atual moeda do país. Atualmente a inflação é controlada pelo [[Banco Central do Brasil|Banco Central]] através da [[política monetária]] que segue o regime de metas de inflação.
 
====Índices da inflação ([[IBGE]])====
[[Imagem:Inflacao.PNG|thumb|esquerda|Gráfico inflação no Brasil entre [[1930]] e 2005]]
* [[Década de 1930]] = média anual de 6,1%;
* [[Década de 1940]] = média anual de 12,8%;
* [[Década de 1950]] = 19,5%
* [[Década de 1960|Décadas de 1960]] e [[Década de 1970|1970]] = 40,1%
* Década de 1980 = 330%
* Entre [[1990 no Brasil|1990]] a 1994 =média anual de 764%
* Entre [[1995 no Brasil|1995]] a [[2000 no Brasil|2000]] = média anual de 8,6%
 
====Metas de inflação====
Desde [[1999 no Brasil|1999]], o Brasil está sob o regime de metas de inflação, para orientar sua política monetária. Desta forma, a [[oferta de moeda]] pelo Banco Central segue uma estratégia para atingir uma banda de inflação determinada pelo [[Conselho Monetário Nacional]].
 
Especificamente, temos o seguinte quadro inflacionário pelo IPCA cheio, no período 1999-2015 <ref>http://www.bcb.gov.br/Pec/metas/TabelaMetaseResultados.pdf</ref>:
* [[1999 no Brasil|1999]] = 9,52% (Teto da meta de 10%)
* 2000 = 6,59% (Teto da meta de 8%)
* [[2001 no Brasil|2001]] = 7,67% (Teto da meta de 6%)
* [[2002 no Brasil|2002]] = 12,53% (Teto da meta de 5,5%)
* [[2003 no Brasil|2003]] = 9,3% (Teto da meta de 5,25%)
* [[2004 no Brasil|2004]] = 7,6% (Teto da meta de 8%)
* [[2005 no Brasil|2005]] = 5,69% (Teto da meta de 7%)
* [[2006 no Brasil|2006]] = 3,14% (Teto da meta de 6,5%)
* [[2007 no Brasil|2007]] = 4,46% (Teto da meta de 6,5%)
* [[2008 no Brasil|2008]] = 5,90% (Teto da meta de 6,5%)
* [[2009 no Brasil|2009]] = 4,31% (Teto da meta de 6,5%)
* [[2010 no Brasil|2010]] = 5,91% (Teto da meta de 6,5%)
*[[2011 no Brasil|2011]] = 6,50% (Teto da meta de 6,5%)
*[[2012 no Brasil|2012]] = 5,84% (Teto da meta de 6,5%)
*[[2013 no Brasil|2013]] = 5,91% (Teto da meta de 6,5%)
*[[2014 no Brasil|2014]] = 6,41% (Teto da meta de 6,5%)
*[[2015 no Brasil|2015]] = Sem dados oficiais;
 
====Moedas brasileiras====
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== Classificação de processos inflacionários ==
Os processos inflacionários podem ser classificados, segundo algumas características como:
* '''''Inflação prematura''''' - processo inflacionário gerado pelo aumento dos [[preço]]s sem que o [[pleno emprego]] seja atendido.
* '''''Inflação reprimida''''' - processo inflacionário gerado pelo congelamento dos [[preço]]s por parte do governo.
* '''''Inflação de custo''''' - processo inflacionário gerado pelo aumento dos [[custo]]s de [[produção]].
:Por causa de uma redução na oferta de [[fatores de produção]], o seu preço aumenta. Com o custo dos fatores de produção mais altos, a produção se reduz e ocorre uma redução na [[oferta]] dos [[bens de consumo]] aumentando seu [[preço]]. A inflação de custo ocorre ''[[ceteris paribus]]'' quando a produção se reduz.
* '''''Inflação de demanda''''' - processo inflacionário gerado pelo aumento do [[consumo]] com a economia em [[pleno emprego]]. Ou seja, os preços sobem por que há aumento geral da [[demanda]] sem um acompanhamento no crescimento da [[oferta]].
:Esse tipo de inflação é causada também pela emissão elevada de [[moeda]] e aumento nos níveis de [[investimento]], pois, ''ceteris paribus'', passa a haver muito dinheiro à cata de poucas mercadorias. Uma das formas utilizadas para o controle de uma crise de inflação de demanda, é uma redução na oferta de moeda, que gera uma redução no [[crédito]], e consequente desaceleração econômica. Outras alternativas são os aumentos de [[tributos]], elevação da [[taxa de juros]] e das restrições de crédito.
:* '''''Inflação estrutural''' - ''Há ainda aqueles que discutem a chamada ''inflação (por razão) estrutural'', proposta pela [[CEPAL]], que tem a ver com alguma questão específica de um determinado mercado, como pressão de [[sindicatos]], tabelamento de preços acima do valor de mercado (caso do salário mínimo), imperfeições técnicas no mecanismo de compra e venda.
:* '''''[[Inflação inercial]]''' - '' onde há um círculo vicioso de elevação de preços, taxas e [[contratos]], com base em índices de inflação passados.
:* '''''Inflação de Expectativasexpectativas''' - ''Quase na mesma linha, podemos citar ainda a ''Inflação de Expectativas'', consequência de um aumento de preços provocados pelas projeções dos [[Agente económico|agentes]] sobre a inflação.
 
== Efeitos ==
=== Distorções ===
A inflação é responsável por diversas distorções na economia. As principais distorções acontecem na [[Distribuição de Renda]] (já que assalariados não tem a mesma capacidade de repassar os aumentos de seus custos, como fazem [[empresário]]s e [[governo]]s, ficando seus [[Orçamento|orçamentos]] cada vez mais reduzidos até a chegada do reajuste), na [[Balança de Pagamentos]] (inflação interna maior que a externa causa encarecimento do produto nacional com relação ao importado o que provoca aumento nas [[importações]] e redução nas [[exportações]]), na Formação de Expectativas (diante da imprevisibilidade da economia, o empresariado reduz seus [[investimento]]s), no [[Mercado de Capitais]] (causa migração de aplicações monetárias para aplicações em ''bens de raiz'' ([[Terra (economia)|terra]], [[imóveis]]), e também a chamada Ilusão Monetária, que seria a interpretação errada da relação de ajuste do [[salário nominal]] com o [[salário real]], por definição e que gera por sua vez a percepção errada de maior renda e consequentemente decisões equivocadas. As pessoas, julgando-se mais ricas, demandam mais [[Bem (economia)|bens]] e [[Serviço (economia)|serviços]] e, com oferta a pleno emprego, causa dessa forma a inflação.
 
=== O papel da inflação na economia ===
Um efeito da inflação de pequena escala é que se torna mais difícil renegociar alguns preços, e particularmente contratos e [[salários]], para valores mais baixos — então com o aumento geral de preços é mais fácil para que os preços relativos se ajustem. Muitos valores são bastante [[elasticidade (Economia)|inelásticos]] para baixo, e tendem a subir; logo, os esforços para manter uma taxa zero se o nível aumenta, irão punir outros setores com queda de preços, [[lucros]] e [[Emprego|empregos]]. Por conta disso alguns economistas e executivos vêemveem essa inflação suave como um mecanismo de "lubrificação" do comércio. Segundo algumas escolas de economia, esforços para manter uma estabilidade completa de preços podem também levar à [[deflação]] (queda constante de preços), que podempode ser bastante destrutiva, estimulando [[falência]]s, [[concordata]]s e finalmente a [[recessão]], que é o "descontrole" ou "descomando", da economia, alertado por [[Keynes]], em sua obra que foi editada finalmente em [[1936, conhecida desde então por todos os economistas do "Mundo das Ciências Econômicas"]].
 
Muitos na comunidade financeira lembram do "risco escondido" da inflação como um incentivo essencial para o [[investimento]], ao invés da simples [[poupança]], [[riqueza]] acumulada. A inflação, desta perspectiva, é vista como a expressão no mercado do valor temporal do [[dinheiro]], ou mais precisamente [[moeda]], no chamado "[[economês]]" (linguagem do mundo da ciência econômica). Ou seja, se um [[real (moeda)|real]] hoje é mais valioso que um real daqui a um ano, devido à desvalorização dos [[meios de produção]], fonte desse real, então, deve haver uma desvalorização também do real na economia como um todo, no futuro. Desta perspectiva, a inflação representa a incerteza - valorização de "algo" que na verdade não existe, ou seja sobre o valor ou "renda, composta da e na moeda no e do futuro".
 
Segundo os economistas da Escola Austríaca, a inflação (no sentido clássico), provoca efeitos sobre a estrutura de produção da economia. Numa re-acomodaçãoreacomodação, no que seria uma forma de se fazer algo para a sociedade, redistribuindo rendas e causando uma desproporcionalidade sem rejeição, em relação ao volume de demanda para os vários [[setores da economia]], o que Keynes, concorda, já que os preços não mudam todos juntos (''ceteris paribus''); e sim cada um com diferente intensidade [[Econometria|econométrica]]. No caso de inflação monetária, da moeda, em si, em que a moeda é injetada no [[mercado de crédito]] (que é a moeda); o que, acaba por se tornar em [[investimentos]] ineficientes aos que são criados, e o que leva finalmente, às [[crises econômicas]].
 
A inflação, entretanto, além destas consequências, tem vários outros efeitos crescentemente negativos na economia. Efeitos que se relacionam com o "abatimento" de [[atividade econômica]] prévia. Desde que aA inflação é geralmente resultado de políticas erradas, governamentais;, segundo Keynes, para aumentar a disponibilidade de moeda, pois a moeda TEMtem QUEque SERser REALreal, dessa forma, a contribuição do governo para um ambiente inflacionário é vista como uma variação para mais ou para menos na chamada "[[taxa]] sobre a moeda em circulação", o "JUROjuro", como controle ou COMANDOcomando. Com o aumento ou diminuição da inflação;, aumenta ou diminui, desseo peso, sobre o dinheiro em circulação - isso por sua vez promove um aumento da velocidade, na fórmula de Keynes (vide obra), de circulação do dinheiro, mais precisamente ou econometricamente moeda, o que por sua vez reforça para mais ou para menos o processo inflacionário (veja [[teoria quantitativa da moeda]]) de Keynes, em um círculo virtuoso ou vicioso, que pode levar à [[hiperinflação]] ou ao [[equilíbrio]].
* A crescente ''incerteza'' pode desestimular o investimento e a [[poupança]].
* ''[[Redistribuição de renda|Redistribuição da renda]]''
** Haverá redistribuição da [[renda]], que se transfere progressivamente daqueles com rendas fixas (locatários, por exemplo) para aqueles com rendas mais flexíveis.
** De modo similar será beneficiado o indivíduo que emprestou dinheiro ou [[moeda]], a uma taxa fixa, pois a política, como vimos acima é dinâmica, e será prejudicado, na figura doo emprestador, que foi surpreendido pela inflação, muitas vezes se suicida, como em 1929.
* [[Comércio exterior]]: se a taxa de inflação for maior do que a praticada em outros países, uma tarifa fixa de comércio será solapada pelo enfraquecimento da posição do país na balança comercial.
* Aumento dos custos relativos a maior [[velocidade da moeda|velocidade de circulação do dinheiro]] ou mais precisamente [[moeda]] (o exemplo simples é das pessoas que precisarão ir mais ao [[banco]]). Também devem ser considerados os [[custos]], para [[Empresa|empresas]], da mudança continuada de preços (por exemplo, restaurantes que precisam constantemente refazer seus cardápios, ou cestas de [[aplicação financeira]] com vistas ao mundo real e não financeiro, com sua "ciranda").
* ''hiperinflação'': ou "ciranda" (vide processo hiperinflacionário da Nova República Brasileira ([[1985 no Brasil|1985]] - 1995), onde, se a inflação ficar totalmente fora de controle, interfere pesadamente no funcionamento normal da economia; prejudicando sua capacidade REALreal dade oferta de bens.
 
Numa economia em que alguns setores são "INDEXADOSindexados" ou "REALIZADOSrealizados" ou CORRIGIDOScorrigidos" quanto à inflação e outros não, a inflação age como uma redistribuição em sentido dos setores indexados (Oos REALreais, que verdadeiramente estáestão crescendo) e afastando-se dos setores não-indexados (os FALSOSfalsos, super valorizados, uma vez que a Economia se apresenta invertida, procure entender usando [[Cálculo]] [[Matemático]], em quadrantes diferentes de desenvolvimento [[Econômicodesenvolvimento econômico]]).
 
Por conta destes efeitos nefastos (em quadrantes diferentes, usando-se [[Matemática]] e o Cálculo da [[Econometria]]), os [[bancos centrais]] costumam definir a estabilidade de preços como um objetivo primordial de suas políticas, com uma inflação perceptível, mas baixa, como ideal.
 
Por outro lado, segundo alguns economistas de formação heterodoxa, tais como [[Celso Furtado]], a inflação não é um fenômeno meramente monetário: sua raiz está na questão distributiva, como [[Keynes]] também afirma, entre os [[grupos sociais]] de uma economia. Isto é, a inflação de preços é o meio pelo qual os grupos sociais ligados às atividades produtivas dispõem para ampliar a sua apropriação do acréscimo de renda criado no processo de [[crescimento econômico]], levando a economia para novos equilíbrios distributivos entre esses grupos. Conforme o argumento de Furtado, se a inflação fosse um efeito meramente monetário e neutro em relação ao lado real da economia (o lado da produção de bens e serviços), sem afetar a [[distribuição de renda]], o aumento generalizado de preços deveria ocorrer de forma proporcionalmente simétricosimétrica para todos os setores da economia e não é o que é empiricamente comprovado, defendendo a teoria de Keynes.
 
== Ver também ==