Saturno (mitologia): diferenças entre revisões

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Os romanos, com receio que o deus abandonasse o seu lugar (na [[República]] depositava-se no seu templo o tesouro do Estado), prenderam a sua estátua com faixas de [[lã]] e não a libertavam senão quando se realizavam as [[Saturnais]]. Com efeito, estas festas populares, celebradas anualmente por volta do [[solstício de inverno]] - daí a ligação deste deus com o signo de [[Capricórnio]] na astrologia - pretendiam ressuscitar por um certo tempo a época maravilhosa em que os homens tinham vivido sem contrariedades, sem distinções sociais, numa paz inviolada. Era uma semana de repouso livre e feliz, durante a qual todas as atividades profissionais eram suspensas - até as [[campanha|campanhas militares]] eram interrompidas - e se realizavam inúmeros [[banquete]]s, onde os cidadãos substituíam a [[toga]] pela [[túnica]] e serviam seus [[escravo]]s que, desobrigados das suas funções habituais, falavam sem papas na língua.
 
Estas festividades desembocavam, inevitavelmente, em grandes [[orgia]]s. O culto de Saturno não se propagou com a mesma amplitude em todo o mundo romano, tendo sido objeto de um fervor excepcional junto das populações da [[África]]. "''[[Dominus]] Saturnus''" representa para estas o deus fertilizador da terra e, igualmente, o [[sol]], assim como a [[lua]]. Espécie de divindade suprema do céu, instalada muitas vezes em substituição dos deuses [[fenício]]s, o Saturno africano foi, como [[Moloque]], apreciador de vítimas humanas. Estas práticas cessaram sob o [[Império Romano]] e foram substituídas por libações e sacrifícios de [[Bos taurus|touro]]s e de [[Ovis|carneiros]].
 
== Saturno e Filira ==