Ístria: diferenças entre revisões
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Esses dados referem-se a todo o marquesado da Ístria, que administrativamente compreendia também áreas não pertencentes à penínsulas – entre as quais as ilhas de [[Cherso (ilha)|Cherso]] e [[Lussino]] – cuja população tinha ligeira maioria croata, com prevalência italiana em [[Lussinpiccolo]], naquele tempo uma das mais dinâmicas cidades de toda a costa adriática oriental) e a [[ilha de Veglia]] – ou localidades [[Carso|cársicas]] no confim stentrional, cujo pertencimento à Ístria não era de aceitação geral como [[Castelnuovo d'Istria]] (habitada prevalentemente por eslovenos). Por essa razão os dados foram criticados por historiadores e linguistas italianos como [[Matteo Bartoli]]. Outra crítica que é feita ao censo de 1910 refere-se à nacionalidade dos funcionários designados a efetuar a coleta e que, sendo empregados comunais tinham a possibilidade de maipular os resultados do censo.<ref>Perciò nei comuni con amministrazione italiana (circa 70% dei comuni istriani vedi:''Istria. Storia, cultura, arte'' di Dario Alberi, 2ª ed., Trieste 2001, p. 103), il numero degli Italiani poteva essere sopravvalutato, così come nei comuni con amministrazione slava (30% dei comuni istriani), lo poteva essere quello degli sloveni o dei croati (vedi: ''Irredentismo adriatico'' di Angelo Vivante, Firenze 1912, p. 158-164; ''Autour de Trieste'' di Carlo Schiffrer, 1946, p. 16-17)</ref>.
Segundo o historiador esloveno Darko Darovec ''alcança-se em Ístria uma série de disputas ligadas à manipulação política por parte italiana'' <ref>''Rassegna di storia istriana'' di Darko Darovec, Biblioteca Annales, Koper/Capodistria, 1993, versão online: http://razor.arnes.si/~mkralj/istra-history/i-index.html).</ref>
Segundo um outro historiador esloveno Bogdan C. Novak, em vez disso, ''os escritores italianos acusaram à sua vez as autoridades austríacos de ter favorecido os eslavos no censo de 1910, servindo-se de empregados eslavos para colher dados nas zonas rurais. Principalmente na Ístria, esses funcionários registraram como croatas muitos italianos que tinham nomes eslavos (...) os escritores italianos afirmavam portanto que era mais próximo à realidade os censos austríacos anteriores a 1910, dos quais resultava um percentual de italianos mais alto. Os resultados precedentes foram de fato confirmados no censo italiano de 1921, do qual resultou uma relação entre italianos e eslavos correspondente àqueles das estatísticas austríacas precedentes.''<ref>''Trieste, 1941-1954, la lotta politica, etnica e ideologica'' di Bogdan C. Novak, pag.22 Milano 1973, tradução italiana de: Trieste, 1941-1954. ''The ethnic, political and ideological struggle'', di Bogdan C. Novak, Chicago-London 1970</ref>. Fora da região istriana houve algumas tentativas também da parte italiana de alteração de dados: o caso mais notável foi o de Trieste, punido com máximo rigor pelas autoridades austríacas que fizeram repetir, sempre em 1910, as coletas do censo.<ref>(ibid. pag.22).</ref>.
Em linhas gerais, os italianos eram maioria absoluta em toda a faixa costeira ocidentais e em quase todas as principais cidades no interior, o que havia causado em época moderna uma série de dicotomias ligadas à diferenciação étnica de base: os italianos em geral eram citadinos, mais ricos e mais instruídos e dominavam as classe intelectuais; eslovenos e croatas em vez disso eram em geral camponeses e mais pobres e somente no final do século XIX começaram a exprimir no seu interior uma classe intelectual. Foi frequente na Idade Moderna o processo de italianização ligado ao deslocamento das famílias do campo em direção à cidade ou ligado à melhoria econômica. Assiste-se ao singular fenômeno pelo qual entre os maiores irredentistas filoitalianos havia também personagens a famílias de origem eslava, italianizadas no tempo.
No {{Séc|XIX}}, com o nascimento e desenvolvimento dos movimentos nacionais italiano, croata e esloveno, iniciaram os primeiros atritos entre italianos de um lado e eslavos de outro. A Ístria era uma das terras reclamadas pelo [[irredentismo]] italiano. Os irredentistas afirmavam que o governo austro-húngaro encorajava a imigração de mais eslavos na região para contrastar o nacionalismo dos italianos.<ref>[http://www.enotes.com/topic/Italian_irredentism_in_Istria irredentismo italiano in Istria (in inglese)]</ref>
Natáveis foram os benefícios sobre a economia da península, que nos últimos anos de domínio habsbúrgico melhorou, graças ao turismo balneário proveniente das regiões do império.
== Subdivisões administrativas no Império Austro-Húngaro ==
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