Principado da Ibéria: diferenças entre revisões
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|evento_início =Fundação por [[Guaram I da Ibéria|Guaram I]]
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|evento1 =[[Adarnase IV da Ibéria|Adarnase IV]] se declara [[rei dos georgianos]]
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'''Principado da Ibéria''' ({{langx|ka|ქართლის საერისმთავრო}}) é um termo utilizado para descrever um regime [[aristocracia|aristocrático]] que se estabeleceu na região da moderna [[Geórgia]] entre os séculos VI e IX quando a maior autoridade política era a de uma sucessão de príncipes. O principado foi fundado logo depois que os [[persas sassânidas]] suprimiram a [[dinastia real]] [[Dinastia
Foi durante o período do principado que se consolidou a [[Igreja Ortodoxa Georgiana|Igreja Georgiana]] e que surgiram os [[bagrátidas georgianos]]. Foi também o primeiro período de intensa atividade literária na [[língua georgiana]] na história da região e uma era de unificação política dos diversos enclaves [[feudalismo|feudais]] georgianos que acabariam se unificando no futuro [[Reino da Geórgia]] no início do século XI.
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Quando o rei de uma Ibéria unificada, [[Bacúrio III da Ibéria|Bacúrio III]], morreu em 580, o governo sassânida da Pérsia aproveitou a oportunidade para abolir a monarquia ibérica. Os nobres concordaram sem resistir e os herdeiros da [[casa real]] se refugiaram nas fortalezas das terras altas — a linhagem principal [[cosroidas|cosroida]] na [[Cachétia]] e o [[ramo cadete]] dos [[guaramidas]] em [[Klarjeti]] e [[Javakheti]]. Porém, o controle direto persa implicou em pesados tributos e uma energética promoção do [[zoroastrismo]] na região que era majoritariamente cristã. Portanto, quando o [[imperador bizantino]] [[Maurício (imperador)|Maurício]] iniciou sua [[Guerra bizantino-sassânida de 572—591|campanha militar]] contra o [[Império Sassânida]] em 582, os nobres ibéricos solicitaram sua ajuda para restaurar a monarquia. Maurício prontamente respondeu e, em 588, enviou seu protegido, [[Guaram I da Ibéria|Guaram I]], dos guaramidas, como novo monarca da Ibéria. Porém, Guaram não foi coroado rei, mas apenas reconhecido como "príncipe presidente" com o [[título bizantino]] de [[curopalata]]. O tratado romano-sassânida de 591 confirmou esta nova situação, mas deixou a Ibéria em uma parte romana e outra persa na cidade de [[Tbilisi]]<ref name="Suny, p. 25">Suny, p. 25.</ref>.
Assim, a criação do principado marcou o início da ascendência aristocracia dinástica na Ibéria e foi uma solução de compromisso para acomodar a rivalidade bizantino-sassânida pelo controle do Cáucaso. Os príncipes presidentes da Ibéria, como maior força política local, deveriam ser confirmados e sancionados pela corte em [[Constantinopla]]. Nas fontes georgianas, receberam vários nomes: ''[[eristavi|erist'avt'-mt'avari]]'', ''eris-mt'avari'', ''erist'avt'-erist'avi'' ou apenas
Oferecendo proteção ao Principado da Ibéria, os imperadores bizantinos tentaram de todas as formas limitar a influência persa e, posteriormente, [[expansão muçulmana|islâmica]] no Cáucaso, mas os príncipes nem sempre foram consistentes nesta aliança pró-bizantina e, por absoluto pragmatismo político, às vezes reconheciam a [[suserania]] de poderes regionais rivais<ref>Rapp, Stephen H., "Sumbat Davitis-dze and the Vocabulary of Political Authority in the Era of Georgian Unification", ''Journal of the American Oriental Society'', '''120'''.4 (October–December 2000), pp. 570-576.</ref>.
O sucessor de Guaram, o segundo príncipe presidente, [[Estêvão I da Ibéria|Estêvão I]], reorientou a política georgiana para os persas numa tentativa de reunir as duas metades de seu país, o que lhe custou a vida quando o imperador [[Heráclio]] atacou Tbilisi em 626<ref>Suny, p. 26.</ref>. Heráclio reinstalou no trono um membro mais pró-bizantino dos cosroidas, que, apesar disso, foi forçado a reconhecer a suserania do [[califa omíada]] na década de 640, apenas para se revoltar, sem sucesso, contra seus novos mestres na década de 680. Sem o Principado da Ibéria, os cosroidas se retiraram para seu [[apanágio]] na Cachétia, onde governaram como príncipes locais até a extinção da família por volta de 800. Os guaramidas retornaram ao trono e enfrentaram a difícil missão de manobrar entre os interesses dos árabes e dos bizantinos. Os primeiros, preocupados principalmente em manter o controle das cidades e rotas comerciais, tomaram Tbilisi e criaram ali o [[Emirado de Tbilisi]] na década de 730, expulsando os príncipes ibéricos para [[Uplistsikhe]], de onde conseguiam exercer apenas uma limitada influência sobre os demais senhores georgianos, todos entrincheirados em seus castelos para tentar alguma autonomia em relação aos árabes<ref>Suny, p. 29.</ref>. Os guaramidas foram sucedidos por um curto período pelos [[nersianidas]] entre 748 e 779/80 e desapareceram para sempre em 786, ano de uma sangrenta campanha de repressão contra os rebeldes nobres georgianos organizada por [[Khuzayma ibn Khazim]],
A
{{Âncora|Príncipe da Ibéria}}
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*[[Guaram III da Ibéria|Guaram III]], dos guaramidas, ''ca.'' 693–''ca.'' 748
*[[Adarnase III da Ibéria|Adarnase III]], dos [[C]], ''ca.'' 748–''ca.'' 760
*[[
*[[Estêvão III da Ibéria|Estêvão III]], dos guaramidas, 779/780–786
*[[
*[[
*[[David I da Ibéria|David I]], dos bagrátidas, 876–881
*[[Gurgen I de Tao|Gurgen I]], dos bagrátidas, 881–891 (com sobreposição com a restauração do reino por Adarnase IV)
Linha 95:
* [[David II da Ibéria|David II]], 923–937
* [[Sumbat I da Ibéria|Sumbat I]], 937–958
* [[
* [[Gurgen da Geórgia]], 994–1008
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== Reunificação ==
{{AP|Reino da Geórgia}}
* [[
{{Referências|col=2}}
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