Eros: diferenças entre revisões

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{{mais-notas|data=Dezembro de 2010}}
{{Info/Divindade
[[Ficheiro:William-Adolphe Bouguereau (1825-1905) - A Young Girl Defending Herself Against Eros (1880).jpg|thumb|left|250px|''Jovem defendendo-se de Eros'' - [[pintura]] de [[William-Adolphe Bouguereau|Bouguereau]] ([[1825]]–[[1905]])]]
|nome_divindade =Eros
{{Mitologia grega olimpico}}
|imagem =William-Adolphe Bouguereau (1825-1905) - A Young Girl Defending Herself Against Eros (1880).jpg
'''Eros''' (em [[língua grega|grego]] Ἔρως; no [[panteão]] [[Mitologia romana|romano]] [[Cupido]]) era o [[Divindade|deus]] [[Mitologia grega|grego]] do [[amor]], um dos [[Erotes]]. Primeiramente foi considerado como um [[deuses Olímpicos|deus olímpicos]], filho de [[Afrodite]] com [[Ares]], ou apenas de Afrodite, conforme as versões. Ele é normalmente sempre retratado em pinturas acompanhado da mãe.
|imagem_tamanho =250px
|legenda =''Jovem defendendo-se de Eros''<br>Por [[William-Adolphe Bouguereau]]
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|casado_com =[[Psiquê]]
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'''Eros''' (em [[língua grega{{Lang-gr|grego]]'' Ἔρως;''}}, nona [[panteão]]mitologia [[Mitologia romana|romanogrega]] [[Cupido]]), era o [[Divindade|deus]] [[Mitologia grega|grego]] do [[amor]], um dos [[Erotes]]. Primeiramente foi considerado como um [[deuses Olímpicos|deus olímpicos]], filho de [[Afrodite]] com [[Ares]], ou apenas de Afrodite, conforme as versões. Ele é normalmente sempre retratado em pinturas acompanhado da mãe.
 
[[Hesíodo]], em sua ''[[Teogonia]]'', considera-o filho de [[Caos (mitologia)|Caos]], portanto um [[deuses primordiais|deus primordial]]. Além de o descrever como sendo muito belo e irresistível, levando a ignorar o bom senso, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos.<ref>[Hesíodo, ''Teogonia''.]</ref>
.
 
Já [[Platão]], no ''[[Banquete]]'', descreve assim o nascimento de Eros:
 
* {{Quote2|''Quando nasceu Afrodite, os deuses banquetearam, e entre eles estava Poros (o Expoente), filho de [[MétrisMétis]]. Depois de terem comido, chegou [[Pínia]] (a Pobreza) para mendigar, porque tinha sido um grande banquete, e ela estava perto da porta. Aconteceu que [[Poros]], embriagado de [[néctar]], dado que ainda não havia vinho, entrou nos jardins de [[Saturno (mitologia)|Saturno]] e, pesado como estava, adormeceu. Pínia, então, pela carência em que se encontrava de tudo o que tem Poros, e cogitando ter um filho de Poros, teve relações sexuais com ele e concebeu Eros. Por isso, Eros tornou-se seguidor e ministro de Afrodite, porque foi gerado durante as suas festas natalícias; e também era por natureza amante da beleza, porque Afrodite também era bela.''}}
[[Imagem:Rubens, Peter Paul - Cupid (Eros) Carves the Bow - 1614.jpg|thumb|''Eros''<br><small>Por [[Peter Paul Rubens]], 1614<br>[[Antiga Pinacoteca]], [[Munique]]</small>]]
* {{Quote2|''Pois que Eros é filho de [[Pínia]] e [[Poros]], eis qual é a sua condição. É sempre pobre não é de maneira alguma delicado e belo como geralmente se crê; mas sujo, hirsuto, descalço, sem teto. Deita-se sempre por terra e não possui nada para cobrir-se, descansa dormindo ao ar livre sob as estrelas, nos caminhos e junto às portas. Enfim, mostra claramente a natureza da sua mãe, andando sempre acompanhado da pobreza. Ao invés, da parte do pai, Eros está sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. É corajoso, audaz e constante. Eros é um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gosta de invenções e é cheio de expediente para consegui-las. É filósofo o tempo todo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não é nem mortal nem imortal; no mesmo dia, em um momento, quando tudo lhe sucede bem, floresce bem vivo e, no momento seguinte, morre; mas depois retorna à vida, graças à natureza paterna. Mas tudo o que consegue pouco a pouco sempre lhe foge das mãos. Em suma, ''Eros nunca é totalmente pobre nem totalmente rico' ''.}}
 
{{Mitologia grega olimpico}}
* Pois que Eros é filho de [[Pínia]] e [[Poros]], eis qual é a sua condição. É sempre pobre não é de maneira alguma delicado e belo como geralmente se crê; mas sujo, hirsuto, descalço, sem teto. Deita-se sempre por terra e não possui nada para cobrir-se, descansa dormindo ao ar livre sob as estrelas, nos caminhos e junto às portas. Enfim, mostra claramente a natureza da sua mãe, andando sempre acompanhado da pobreza. Ao invés, da parte do pai, Eros está sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. É corajoso, audaz e constante. Eros é um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gosta de invenções e é cheio de expediente para consegui-las. É filósofo o tempo todo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não é nem mortal nem imortal; no mesmo dia, em um momento, quando tudo lhe sucede bem, floresce bem vivo e, no momento seguinte, morre; mas depois retorna à vida, graças à natureza paterna. Mas tudo o que consegue pouco a pouco sempre lhe foge das mãos. Em suma, ''Eros nunca é totalmente pobre nem totalmente rico''.
Certa vez, Afrodite desabafado com [[Métis]] (ou [[Têmis]]), queixando-se que seu filho continuava sempre criança, a deusa lhe explicou que era porque Eros era muito solitário. Haveria de crescer se tivesse um irmão. Anteros nasceu pouco depois e, Eros começou a crescer e tornar-se robusto.
 
Eros casou-se com [[Psiquê]], com a condição de que ela nunca pudesse ver o seu rosto, pois isso significaria perdê-lo. Mas Psiquê, induzida por suas invejosas irmãs, observa o rosto de Eros à noite sob a luz de uma vela. Encantada com tamanha beleza do deus, se distrai e deixa cair uma gota de cera sobre o peito de seu marido, que acorda. Irritado com a traição de Psiquê, Eros a abandona. Esta, ficando perturbada, passa a vagar pelo mundo até se entregar à morte. Eros, que também sofria pela separação, implora para que Zeus tenha compaixão deles. Zeus o atende e Eros resgata sua esposa e passam a viver no [[Olimpo]], isso após ela tomar um pouco de [[ambrosia]] tornando-a imortal. Com [[Psiquê]], teve [[Hedonê]], prazer.
 
=== Representação ===
[[FileImagem:Enrique Simonet - El Juicio de Paris - 1904.jpg|thumb|282x282px|''Eros e Sua Mãe Afrodite ''. O Julgamento de Pàris Páris<br><small>Pintura de [[Enrique Simonet]]</small>]]
Eros é sempre retratado como um garotinho alado, de cabelos louros, com aparência de inocente e travesso que jamais cresceu (que sem dúvida simboliza a eterna juventude do amor profundo). Portando um arco e flecha e até mesmo com uma tocha acesa. Sempre pronto a atingir de forma certeiras suas flechas "envenenadas" com amor e a paixão. Os alvos sempre sendo a região do coração e do figadofígado.
 
í
Em várias culturas a aljava, o arco, a flecha, a tochas e os olhos vendados simbolizam que o amor se diverte com todas as pessoas de que ele domina, pois o amor é cego, e avassalador.
 
[[File:Enrique Simonet - El Juicio de Paris - 1904.jpg|thumb|282x282px|Eros e Sua Mãe Afrodite . O Julgamento de Pàris Pintura de Enrique Simonet]]
== Ver também ==
* [[Cupido]]